O próprio Sinner admitiu na conferência pós-US Open que está disposto a melhorar o seu jogo e torná-lo menos previsível. Como é que há quem ache que vai relaxar por não haver outro jogador de topo?!
O Alcaraz pós-Wimbledon também fez um trabalho específico para melhorar a consistência e o serviço, o Sinner antes também foi melhorando alguns aspetos do seu jogo, e tornou-se muito mais completo.
Basicamente eles têm um ao outro para melhorar, não necessitam de mais ninguém.
E se falarmos em concorrência, temos de analisar as coisas com precisão.
O Federer ganhou 16 GS antes de 2011 (ano de explosão do Djokovic) e apenas 4 depois disso.
Desses 16, a maior parte deles foram conquistados antes do Nadal aparecer no topo do ténis.
Já o Nadal ganhou 14 dos 22 em Roland Garros, torneio em que anualmente não tinha concorrência, massacrava qualquer adversário e raramente perdia sets.
O próprio Djokovic ganhou vários GS de 2021 a 2023, anos em que o Nadal já estava em decadência e só conseguia ter resultados em terra.
É esta a grande diferença para o Alcaraz e o Sinner que além de serem praticamente da mesma idade e por isso terão sempre a concorrência um do outro, são os dois muito fortes nos 3 pisos como já pudemos ver nos últimos 2 anos.
Por tudo isto, tirar mérito às suas possíveis futuras conquistas é no mínimo injusto e ainda mais descabido é comparar o big 3 a estes 2 jovens que têm 2/3 anos ao mais alto nível (o máximo que se pode fazer é compará-los quando tinham a mesma idade).
Dizer que uns são melhores que outros é um exercício sem lógica a partir do momento em que 2 já acabaram a carreira, outro está quase a terminar e os outros 2 estão a iniciar e possivelmente ainda nem chegaram ao seu auge. É comparar o incomparável.
P.S: Este vídeo do Mouratoglou está mesmo muito bom.