Os vendidos do jornal "O Jogo" acabaram de colocar uma notícia sobre o pior treinador português de todos os tempos, o Rui Vitória. Ainda por cima branquearam o facto de em todoas as equipas por onde passa tem sempre grandes estrelas, o que fazem com que incrivelmente consiga resultados.
Eia a peça de propaganda:
No verão de 2010, Rui Vitória foi um segredo bem guardado pelo Paços de Ferreira, que a meio da época transferira Paulo Sérgio - outra estreia na I Liga - para Guimarães e se despedira de Ulisses Morais. As notícias falavam (e bem) de Vítor Pereira, então no Santa Clara, e ninguém imaginava que o escolhido seria o até então treinador do Fátima. Carlos Barbosa conta, a sorrir, que esse "foi um ano fértil em treinadores..." "Tínhamos três opções: o Leonardo Jardim, que subiu o Beira-Mar e a quem estávamos atentos, porque tinha feito um bom trabalho em Chaves, na II B; o Vítor Pereira, também a fazer um trabalho interessante no Santa Clara; e o Rui Vitória." Conheciam-no do "bom trabalho" nos juniores do Benfica e do pequenino Fátima: "Depois de vermos o currículo dele, o que fazia com equipas que não eram de topo, sem nomes sonantes, com viagens diárias entre Vila Franca e Fátima, optámos pelo Rui Vitória: o futebol que as equipas dele jogavam, no meio daquelas dificuldades todas, tinha de ter qualidade."
Tal como viria a suceder com Fonseca, os "brilharetes" do Fátima na Taça de Portugal aguçaram a curiosidade. "Fomos pesquisar", recorda, e a descoberta foi "um pequeno milagre": "Dizíamos que era o milagre de Fátima, mas era o milagre de Rui Vitória, que tinha capacidade para chegar ao mais alto nível."
Desde então, o milagre continua: "Veio para Paços de Ferreira com uma equipa completamente escolhida por nós; o plantel estava feito. Fez um bom trabalho, saltou para o Vitória, onde de meio em meio ano mudava de equipa, sempre com jogadores que ninguém conhecia, e fez sempre excelentes épocas. Com montes de problemas! Com salários em atraso, dizia: "Primeiro paguem aos jogadores, que eu cá me vou aguentando." O que ele queria mesmo era ter a oportunidade de chegar a uma equipa grande." "Podia tê-lo feito mais cedo", revela o ex-presidente. "No estrangeiro", acenaram-lhe com bons projetos. "Podia, mas não quis. Não é uma pessoa obcecada pelo dinheiro, é obcecado pelo trabalho e pelo sucesso. Isso e a grande humildade é o que caracteriza os homens de sucesso".