Cartel do regime (Organização Criminosa)

Dragao_man

Tribuna Presidencial
1 Março 2007
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Vítor Pinto na CMTV a relembrar (e bem) que houveram ex jogadores do Rio Ave a CONFESSAREM EM TRIBUNAL que foram SUBORNADOS PARA PERDER CONTRA OS MERDAS! Por muito que queiram suprimir este FACTO convém sempre relembrar.

Só acrescentaria que a CONFISSÃO EM TRIBUNAL IMPLICA UM JURAMENTO! Logo é impossível terem ido para lá inventar, difamar e caluniar! Quem mente em tribunal SOB JURAMENTO VAI PRESO! Por isso eles sabiam bem das consequências quando foram prestar depoimento!
 
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Vlk

Tribuna Presidencial
3 Junho 2014
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Lisboa
Vítor Pinto a relembrar (e bem) que houveram ex jogadores do Rio Ave a CONFESSAREM EM TRIBUNAL que foram SUBORNADOS PARA PERDER CONTRA OS MERDAS! Por muito que queiram suprimir este FACTO convém sempre relembrar.

Só acrescentaria que a CONFISSÃO EM TRIBUNAL IMPLICA UM JURAMENTO! Logo é impossível terem ido para lá inventar, difamar e caluniar! Quem mente em tribunal SOB JURAMENTO VAI PRESO! Por isso eles sabiam bem das consequências quando foram prestar depoimento!
E do Marítimo também na televisão nacional.
 

8down

Tribuna
9 Agosto 2006
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Vítor Pinto na CMTV a relembrar (e bem) que houveram ex jogadores do Rio Ave a CONFESSAREM EM TRIBUNAL que foram SUBORNADOS PARA PERDER CONTRA OS MERDAS! Por muito que queiram suprimir este FACTO convém sempre relembrar.

Só acrescentaria que a CONFISSÃO EM TRIBUNAL IMPLICA UM JURAMENTO! Logo é impossível terem ido para lá inventar, difamar e caluniar! Quem mente em tribunal SOB JURAMENTO VAI PRESO! Por isso eles sabiam bem das consequências quando foram prestar depoimento!

Um caso parecido ficou resolvido num ano. Mas nao foi no benfiquistao, claro.
Quando releio que passado duas semanas do jogador ter dito que foi aliciado a Federaçao apresentou queixa, dà vontade de chorar. A FPF fez o quê nestes casos do Rio Ave?

 

Tiagotg999

Tribuna Presidencial
19 Maio 2016
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Serviu-lhe a carapuça com as declarações do Vítor Pinto na Liga d'ouro da CMTV 😂

Visualizar anexo 3292

p.s. Este gajo é mesmo 🤡
Oh césar, tira o capucho estilo guna, não te faz mais homem pá.

Já agora coisas giras:



.
Mensagem do boaventura para o "primeiro ministro" duma conversa com Carlos Santos, à data jogador do Boavista...
 

Dragaostki

Bancada lateral
10 Março 2012
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  • Artur Jorge
Notícia Expresso

As autoridades judiciárias estão a passar a pente fino a quase totalidade dos empréstimos feitos pelo Benfica de jogadores que comprou e foram imediatamente cedidos a clubes como o Santa Clara ou o Desportivo de Chaves, sem nunca terem jogado um minuto pelos encarnados. A suspeita é de que nunca foi intenção do Benfica usá-los no campo, mas sim como um incentivo para os emblemas que recebiam esses jogadores nos jogos contra adversários diretos do Benfica, como Sporting e FC Porto. Há igualmente suspeitas de que o dinheiro da compra, venda e empréstimo dos jogadores não tenha sido declarado na sua totalidade ao fisco.

Por isso as buscas desta segunda-feira, conduzidas pelo Ministério Público e executadas pela Polícia Judiciária e Autoridade Tributária — com a supervisão do juiz Carlos Alexandre — a Benfica, Sporting e Santa Clara, juntaram, numa só operação, alguns casos distintos que estão nas mãos da equipa especial do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), que investiga episódios de corrupção desportiva e crimes económicos no mundo do futebol.

O MALA CIAO

Um dos principais alvos foi o Benfica, que tem estado na mira da justiça sobretudo por causa do caso Mala Ciao, em que se investigam alegadas trocas de favores entre clubes e pagamento a jogadores para que estes joguem com especial afinco contra, especialmente, o Sporting e o FC Porto. Foi nas buscas de há dois anos no Estádio da Luz que inspetores e procuradores encontraram dados sobre transferências suspeitas dos encarnados para clubes como Desportivo das Aves, Desportivo de Chaves ou Académica de Coimbra. Uma delas foi a do jogador líbio Hamdou Elhouni, que foi comprado ao Santa Clara por um pouco menos de €500 mil, em junho de 2016. O futebolista nunca alinhou na equipa principal e foi cedido depois ao Desportivo de Chaves e vendido posteriormente ao Desportivo das Aves. “Os valores demasiado elevados deste e de outros jogadores que passaram pelo Benfica e por outros clubes chamaram a atenção”, conta uma fonte próxima do caso.

Paulo Gonçalves, acusado no e-toupeira, também está a ser investigado

Este caso de Elhouni — um jogador que um antigo dirigente do Santa Clara garante não ter aquele valor de mercado ou lugar numa equipa como o Benfica — está longe de ser o único que levou à grande operação desta segunda-feira, em Portugal continental e nos Açores. “Estamos a investigar vários jogadores cedidos pelo Benfica”, adianta a mesma fonte.

Nos últimos anos foram vários os futebolistas cujos direitos económicos o Benfica adquiriu e que foram imediatamente emprestados a outros clubes. Por exemplo, o cabo-verdiano Carlos Rodrigues, mais conhecido como “Ponck”, que o Benfica foi buscar ao Farense em janeiro de 2016, emprestando-o desde logo ao Paços de Ferreira, seguindo-se em agosto desse ano novo empréstimo ao Chaves; em julho de 2017, outro empréstimo ao Aves, que acabaria por ficar com os direitos económicos do atleta e, finalmente, transferi-lo para os turcos do Basaksehir, em julho de 2019.

Para o MP, não restam dúvidas de que os valores inflacionados estão diretamente ligados “à troca de favores e poder de influência” exercido pelo Benfica sobre outros clubes mais pequenos. “Investiga-se o aproveitamento destas transferências para outros objetivos, como o branqueamento de capitais, a troca de influências e de favores. E, em última análise, para a corrupção dos resultados desportivos”, diz a mesma fonte.

O Expresso sabe que uma das pessoas investigadas é Paulo Gonçalves, antigo assessor jurídico do clube, que foi acusado de corrupção ativa no caso e-toupeira, mas que tem marcado presença em alguns dos últimos negócios do Benfica relacionados com contratações. No entanto, nenhum responsável do Benfica foi constituído arguido depois destas buscas, assegura fonte do clube encarnado.

DINHEIRO DE SINGAPURA

A nota da Procuradoria-Geral da República de segunda-feira dizia o seguinte: “Investigam-se a aquisição dos direitos desportivos e económicos dos jogadores por parte de clubes nacionais de futebol, empréstimos concedidos a um dos clubes e a uma sociedade desportiva de um cidadão de Singapura com interesses em sociedades sediadas nas Ilhas Virgens Britânicas e a utilização das contas do mesmo clube e de outro para circulação de dinheiro.”

O cidadão de Singapura é Lau Lian Seng Glen, que detém 46% do capital da SAD do Santa Clara. O acionista não vive em Portugal, mas aparece com alguma frequência nas instalações do clube. É representado pelo empresário brasileiro Khaled Saleh e detém negócios imobiliários e de turismo com o presidente do Santa Clara, Rui Cordeiro, que foi constituído arguido.

Lau Glen foi durante vários anos presidente da Amedeo Resources, uma empresa com negócios na indústria petrolífera e de mineração controlada por Ghanim Al-Kuwari, um proeminente empresário do Qatar. O representante de Lau Glen na SAD do Santa Clara é ainda administrador e sócio da Amedeo Portugal, criada em outubro de 2019, com sede na Bobadela, Loures. Na mesma morada está a empresa Portadmiral (detida pela Capital United Group Limited, uma offshore controlada por Lau Glen), que detém metade da empresa Melo Cordeiro (do atual presidente do Santa Clara) e 90% da Alixir Capital (que adquiriu 51% da AzoresParque, antiga empresa municipal de Ponta Delgada). Segundo a revista “Sábado”, várias destas empresas foram alvo das buscas de segunda-feira. Contactado pelo Expresso, Khaled Saleh não fez comentários.

A HOLDIMO

As buscas aconteceram no mesmo dia em que a PJ também visitou Alvalade para, num processo distinto, recolher elementos sobre suspeitas de branqueamento de capitais envolvendo Álvaro Sobrinho, que é o segundo maior acionista da Sporting SAD (apenas atrás do clube). Através da Holdimo, o empresário angolano tem 29,8% da Sporting SAD, adquiridos num aumento de capital, em 2014, por via da conversão em ações do investimento de €20 milhões que a Holdimo tinha feito em 2011 no fundo de jogadores do Sporting.

EQUIPA ESPECIAL FOI REFORÇADA

O DCIAP reforçou a equipa especial de procuradores encarregada de investigar a criminalidade no futebol. Manuel Martins, que estava no DIAP do Porto, é o 5.º elemento. Quando foi nomeado, ainda antes da pandemia, houve polémica porque foi autorizado a trabalhar a partir do Porto. A equipa é liderada por Ana Catalão, que trabalhou com Rosário Teixeira e é uma das magistradas que assina a acusação da Operação Marquês. Vera Camacho, que esteve no DIAP de Lisboa, é corresponsável pela acusação contra Rui Pinto e acusou os funcionários do FCP que divulgaram e-mails do SLB. Hugo Neto vem do DIAP de Lisboa e investigou o caso Jogo Duplo; é um dos titulares do processo EDP. Cristiana Mota é oriunda do DIAP do Porto.
 

jcmp17

Não há derrotas quando é firme o passo
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  • Setembro/21
  • Alfredo Quintana
  • Reinaldo Teles
  • Campeão Nacional 19/20
Notícia Expresso

As autoridades judiciárias estão a passar a pente fino a quase totalidade dos empréstimos feitos pelo Benfica de jogadores que comprou e foram imediatamente cedidos a clubes como o Santa Clara ou o Desportivo de Chaves, sem nunca terem jogado um minuto pelos encarnados. A suspeita é de que nunca foi intenção do Benfica usá-los no campo, mas sim como um incentivo para os emblemas que recebiam esses jogadores nos jogos contra adversários diretos do Benfica, como Sporting e FC Porto. Há igualmente suspeitas de que o dinheiro da compra, venda e empréstimo dos jogadores não tenha sido declarado na sua totalidade ao fisco.

Por isso as buscas desta segunda-feira, conduzidas pelo Ministério Público e executadas pela Polícia Judiciária e Autoridade Tributária — com a supervisão do juiz Carlos Alexandre — a Benfica, Sporting e Santa Clara, juntaram, numa só operação, alguns casos distintos que estão nas mãos da equipa especial do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), que investiga episódios de corrupção desportiva e crimes económicos no mundo do futebol.

O MALA CIAO

Um dos principais alvos foi o Benfica, que tem estado na mira da justiça sobretudo por causa do caso Mala Ciao, em que se investigam alegadas trocas de favores entre clubes e pagamento a jogadores para que estes joguem com especial afinco contra, especialmente, o Sporting e o FC Porto. Foi nas buscas de há dois anos no Estádio da Luz que inspetores e procuradores encontraram dados sobre transferências suspeitas dos encarnados para clubes como Desportivo das Aves, Desportivo de Chaves ou Académica de Coimbra. Uma delas foi a do jogador líbio Hamdou Elhouni, que foi comprado ao Santa Clara por um pouco menos de €500 mil, em junho de 2016. O futebolista nunca alinhou na equipa principal e foi cedido depois ao Desportivo de Chaves e vendido posteriormente ao Desportivo das Aves. “Os valores demasiado elevados deste e de outros jogadores que passaram pelo Benfica e por outros clubes chamaram a atenção”, conta uma fonte próxima do caso.

Paulo Gonçalves, acusado no e-toupeira, também está a ser investigado

Este caso de Elhouni — um jogador que um antigo dirigente do Santa Clara garante não ter aquele valor de mercado ou lugar numa equipa como o Benfica — está longe de ser o único que levou à grande operação desta segunda-feira, em Portugal continental e nos Açores. “Estamos a investigar vários jogadores cedidos pelo Benfica”, adianta a mesma fonte.

Nos últimos anos foram vários os futebolistas cujos direitos económicos o Benfica adquiriu e que foram imediatamente emprestados a outros clubes. Por exemplo, o cabo-verdiano Carlos Rodrigues, mais conhecido como “Ponck”, que o Benfica foi buscar ao Farense em janeiro de 2016, emprestando-o desde logo ao Paços de Ferreira, seguindo-se em agosto desse ano novo empréstimo ao Chaves; em julho de 2017, outro empréstimo ao Aves, que acabaria por ficar com os direitos económicos do atleta e, finalmente, transferi-lo para os turcos do Basaksehir, em julho de 2019.

Para o MP, não restam dúvidas de que os valores inflacionados estão diretamente ligados “à troca de favores e poder de influência” exercido pelo Benfica sobre outros clubes mais pequenos. “Investiga-se o aproveitamento destas transferências para outros objetivos, como o branqueamento de capitais, a troca de influências e de favores. E, em última análise, para a corrupção dos resultados desportivos”, diz a mesma fonte.

O Expresso sabe que uma das pessoas investigadas é Paulo Gonçalves, antigo assessor jurídico do clube, que foi acusado de corrupção ativa no caso e-toupeira, mas que tem marcado presença em alguns dos últimos negócios do Benfica relacionados com contratações. No entanto, nenhum responsável do Benfica foi constituído arguido depois destas buscas, assegura fonte do clube encarnado.

DINHEIRO DE SINGAPURA

A nota da Procuradoria-Geral da República de segunda-feira dizia o seguinte: “Investigam-se a aquisição dos direitos desportivos e económicos dos jogadores por parte de clubes nacionais de futebol, empréstimos concedidos a um dos clubes e a uma sociedade desportiva de um cidadão de Singapura com interesses em sociedades sediadas nas Ilhas Virgens Britânicas e a utilização das contas do mesmo clube e de outro para circulação de dinheiro.”

O cidadão de Singapura é Lau Lian Seng Glen, que detém 46% do capital da SAD do Santa Clara. O acionista não vive em Portugal, mas aparece com alguma frequência nas instalações do clube. É representado pelo empresário brasileiro Khaled Saleh e detém negócios imobiliários e de turismo com o presidente do Santa Clara, Rui Cordeiro, que foi constituído arguido.

Lau Glen foi durante vários anos presidente da Amedeo Resources, uma empresa com negócios na indústria petrolífera e de mineração controlada por Ghanim Al-Kuwari, um proeminente empresário do Qatar. O representante de Lau Glen na SAD do Santa Clara é ainda administrador e sócio da Amedeo Portugal, criada em outubro de 2019, com sede na Bobadela, Loures. Na mesma morada está a empresa Portadmiral (detida pela Capital United Group Limited, uma offshore controlada por Lau Glen), que detém metade da empresa Melo Cordeiro (do atual presidente do Santa Clara) e 90% da Alixir Capital (que adquiriu 51% da AzoresParque, antiga empresa municipal de Ponta Delgada). Segundo a revista “Sábado”, várias destas empresas foram alvo das buscas de segunda-feira. Contactado pelo Expresso, Khaled Saleh não fez comentários.

A HOLDIMO

As buscas aconteceram no mesmo dia em que a PJ também visitou Alvalade para, num processo distinto, recolher elementos sobre suspeitas de branqueamento de capitais envolvendo Álvaro Sobrinho, que é o segundo maior acionista da Sporting SAD (apenas atrás do clube). Através da Holdimo, o empresário angolano tem 29,8% da Sporting SAD, adquiridos num aumento de capital, em 2014, por via da conversão em ações do investimento de €20 milhões que a Holdimo tinha feito em 2011 no fundo de jogadores do Sporting.

EQUIPA ESPECIAL FOI REFORÇADA

O DCIAP reforçou a equipa especial de procuradores encarregada de investigar a criminalidade no futebol. Manuel Martins, que estava no DIAP do Porto, é o 5.º elemento. Quando foi nomeado, ainda antes da pandemia, houve polémica porque foi autorizado a trabalhar a partir do Porto. A equipa é liderada por Ana Catalão, que trabalhou com Rosário Teixeira e é uma das magistradas que assina a acusação da Operação Marquês. Vera Camacho, que esteve no DIAP de Lisboa, é corresponsável pela acusação contra Rui Pinto e acusou os funcionários do FCP que divulgaram e-mails do SLB. Hugo Neto vem do DIAP de Lisboa e investigou o caso Jogo Duplo; é um dos titulares do processo EDP. Cristiana Mota é oriunda do DIAP do Porto.
Que surpresa...
 

WaywardPines

Tribuna Presidencial
11 Julho 2016
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  • Reinaldo Teles
Notícia Expresso

As autoridades judiciárias estão a passar a pente fino a quase totalidade dos empréstimos feitos pelo Benfica de jogadores que comprou e foram imediatamente cedidos a clubes como o Santa Clara ou o Desportivo de Chaves, sem nunca terem jogado um minuto pelos encarnados. A suspeita é de que nunca foi intenção do Benfica usá-los no campo, mas sim como um incentivo para os emblemas que recebiam esses jogadores nos jogos contra adversários diretos do Benfica, como Sporting e FC Porto. Há igualmente suspeitas de que o dinheiro da compra, venda e empréstimo dos jogadores não tenha sido declarado na sua totalidade ao fisco.

Por isso as buscas desta segunda-feira, conduzidas pelo Ministério Público e executadas pela Polícia Judiciária e Autoridade Tributária — com a supervisão do juiz Carlos Alexandre — a Benfica, Sporting e Santa Clara, juntaram, numa só operação, alguns casos distintos que estão nas mãos da equipa especial do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), que investiga episódios de corrupção desportiva e crimes económicos no mundo do futebol.

O MALA CIAO

Um dos principais alvos foi o Benfica, que tem estado na mira da justiça sobretudo por causa do caso Mala Ciao, em que se investigam alegadas trocas de favores entre clubes e pagamento a jogadores para que estes joguem com especial afinco contra, especialmente, o Sporting e o FC Porto. Foi nas buscas de há dois anos no Estádio da Luz que inspetores e procuradores encontraram dados sobre transferências suspeitas dos encarnados para clubes como Desportivo das Aves, Desportivo de Chaves ou Académica de Coimbra. Uma delas foi a do jogador líbio Hamdou Elhouni, que foi comprado ao Santa Clara por um pouco menos de €500 mil, em junho de 2016. O futebolista nunca alinhou na equipa principal e foi cedido depois ao Desportivo de Chaves e vendido posteriormente ao Desportivo das Aves. “Os valores demasiado elevados deste e de outros jogadores que passaram pelo Benfica e por outros clubes chamaram a atenção”, conta uma fonte próxima do caso.

Paulo Gonçalves, acusado no e-toupeira, também está a ser investigado

Este caso de Elhouni — um jogador que um antigo dirigente do Santa Clara garante não ter aquele valor de mercado ou lugar numa equipa como o Benfica — está longe de ser o único que levou à grande operação desta segunda-feira, em Portugal continental e nos Açores. “Estamos a investigar vários jogadores cedidos pelo Benfica”, adianta a mesma fonte.

Nos últimos anos foram vários os futebolistas cujos direitos económicos o Benfica adquiriu e que foram imediatamente emprestados a outros clubes. Por exemplo, o cabo-verdiano Carlos Rodrigues, mais conhecido como “Ponck”, que o Benfica foi buscar ao Farense em janeiro de 2016, emprestando-o desde logo ao Paços de Ferreira, seguindo-se em agosto desse ano novo empréstimo ao Chaves; em julho de 2017, outro empréstimo ao Aves, que acabaria por ficar com os direitos económicos do atleta e, finalmente, transferi-lo para os turcos do Basaksehir, em julho de 2019.

Para o MP, não restam dúvidas de que os valores inflacionados estão diretamente ligados “à troca de favores e poder de influência” exercido pelo Benfica sobre outros clubes mais pequenos. “Investiga-se o aproveitamento destas transferências para outros objetivos, como o branqueamento de capitais, a troca de influências e de favores. E, em última análise, para a corrupção dos resultados desportivos”, diz a mesma fonte.

O Expresso sabe que uma das pessoas investigadas é Paulo Gonçalves, antigo assessor jurídico do clube, que foi acusado de corrupção ativa no caso e-toupeira, mas que tem marcado presença em alguns dos últimos negócios do Benfica relacionados com contratações. No entanto, nenhum responsável do Benfica foi constituído arguido depois destas buscas, assegura fonte do clube encarnado.

DINHEIRO DE SINGAPURA

A nota da Procuradoria-Geral da República de segunda-feira dizia o seguinte: “Investigam-se a aquisição dos direitos desportivos e económicos dos jogadores por parte de clubes nacionais de futebol, empréstimos concedidos a um dos clubes e a uma sociedade desportiva de um cidadão de Singapura com interesses em sociedades sediadas nas Ilhas Virgens Britânicas e a utilização das contas do mesmo clube e de outro para circulação de dinheiro.”

O cidadão de Singapura é Lau Lian Seng Glen, que detém 46% do capital da SAD do Santa Clara. O acionista não vive em Portugal, mas aparece com alguma frequência nas instalações do clube. É representado pelo empresário brasileiro Khaled Saleh e detém negócios imobiliários e de turismo com o presidente do Santa Clara, Rui Cordeiro, que foi constituído arguido.

Lau Glen foi durante vários anos presidente da Amedeo Resources, uma empresa com negócios na indústria petrolífera e de mineração controlada por Ghanim Al-Kuwari, um proeminente empresário do Qatar. O representante de Lau Glen na SAD do Santa Clara é ainda administrador e sócio da Amedeo Portugal, criada em outubro de 2019, com sede na Bobadela, Loures. Na mesma morada está a empresa Portadmiral (detida pela Capital United Group Limited, uma offshore controlada por Lau Glen), que detém metade da empresa Melo Cordeiro (do atual presidente do Santa Clara) e 90% da Alixir Capital (que adquiriu 51% da AzoresParque, antiga empresa municipal de Ponta Delgada). Segundo a revista “Sábado”, várias destas empresas foram alvo das buscas de segunda-feira. Contactado pelo Expresso, Khaled Saleh não fez comentários.

A HOLDIMO

As buscas aconteceram no mesmo dia em que a PJ também visitou Alvalade para, num processo distinto, recolher elementos sobre suspeitas de branqueamento de capitais envolvendo Álvaro Sobrinho, que é o segundo maior acionista da Sporting SAD (apenas atrás do clube). Através da Holdimo, o empresário angolano tem 29,8% da Sporting SAD, adquiridos num aumento de capital, em 2014, por via da conversão em ações do investimento de €20 milhões que a Holdimo tinha feito em 2011 no fundo de jogadores do Sporting.

EQUIPA ESPECIAL FOI REFORÇADA

O DCIAP reforçou a equipa especial de procuradores encarregada de investigar a criminalidade no futebol. Manuel Martins, que estava no DIAP do Porto, é o 5.º elemento. Quando foi nomeado, ainda antes da pandemia, houve polémica porque foi autorizado a trabalhar a partir do Porto. A equipa é liderada por Ana Catalão, que trabalhou com Rosário Teixeira e é uma das magistradas que assina a acusação da Operação Marquês. Vera Camacho, que esteve no DIAP de Lisboa, é corresponsável pela acusação contra Rui Pinto e acusou os funcionários do FCP que divulgaram e-mails do SLB. Hugo Neto vem do DIAP de Lisboa e investigou o caso Jogo Duplo; é um dos titulares do processo EDP. Cristiana Mota é oriunda do DIAP do Porto.
Isto não passa de uma grande TANGA
Só agora ao fim destes dois anos após as denúncias dos emails é que vão fazer BUSCAS? Este tempo todo foi para que? Para eles limparem tudo?? Pro caralho a "justiça" portuguesa...
 
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