@MiguelDeco
O assunto não é simples. Ficam algumas considerações ad hoc.
Quanto aos escândalos de violência: desconhecemos se Bruno de Carvalho é o mandante/responsável material pelo sucedido. Neste momento, o presidente do Sporting não foi constituído arguido, não é acusado de nenhum crime e, havendo muita polémica em torna do caso, e eventuais indícios e teorias plausíveis, é impossível atribuir-lhe responsabilidade criminal neste momento. Não chega haver suspeitas. Já a responsabilidade
não direi moral pois soa a coisa impalpável
a responsabilidade factual, digamos, certamente ser-lhe-á atribuível (em parte), pois o seu comportamento tresloucado favoreceu a multiplicação do ódio e da violência. A censura justifica-se neste domínio, além dele entramos em terrenos movediços e especulativos. Veja-se que inúmeros órgãos de comunicação noticiaram que o treinador estaria na posse de provas comprometedoras para Bruno de Carvalho e entretanto foram desmentidos pelo próprio Jesus. O problema criminal está em aberto.
não sei será uma caso assim tão diferente de outros fenómenos de violência no que se refere ao comportamento de dirigentes e direcções e à resposta da comunidade. Afinal de contas, o que revelam os e-mails sobre a direcção encarnada face à claque ilegal do clube? A existência um apoio objectivo que se efectiva de inúmeras formas, perpetua a natureza marginal daquele grupo, favorece a actividade criminosa e dificulta a aplicação da justiça. E não havendo responsabilidade criminal atribuída, os incidentes de violência sucedem-se, uma pessoa perdeu a vida recentemente e os adereços da claque ilegal permanecem visíveis nos jogos de futebol. Cabe então fazer a crítica da classe política, da comunicação social, dos opinadores
cuja indignação tem sido inexistente. Isto nada tem que ver com a questão Bruno de Carvalho.
Quanto aos casos de corrupção:
apenas temos a ganhar com a mesma prudência. Vivemos um período em que largas áreas do desporto e da sociedade poderão estar sob domínio de um clube. Assistimos à manipulação de um vídeo, ao qual lhe retiraram frames, lançou-se nos média uma gravação de Kléber e correspondente acusação contra o nosso clube, outra ainda acerca de pagamentos ilícitos aos Estoril
encontramo-nos num ponto tal em que informação e factos são forjados. Não se trata de conspirações patológicas, as coisas surgem assim.
porque raio o benfica necessita de um ex-funcionário do SIS? Não sabemos já que o benfica tem quem atue em seu benefício na Justiça? Nesta altura, em que nada foi provado, tudo parece ser possível. Aguardemos pois, tal como tem feito o Porto, admitindo qualquer possibilidade. Acabará por surgir mais e melhor informação.
o tipo é desaparafusado, isso é evidente. Alguém aqui relativiza o que sucedeu em Alcochete ou o contributo de Bruno de Carvalho para tal desfecho? Não creio. Um indivíduo destes não tem quaisquer condições para liderar uma organização.