Covid-19

AntonioMachado

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Observador + Discussão exclusividade no SNS no OE (Ai Hospital da Luz, Hospital da Luz, não é D. Teresa?) + Apologia do status da classe = Isto.
Sou de Esquerda, defendo totalmente o SNS, detesto o Observador como OCS e nunca tinha ouvido falar desta médica.
Sou tudo menos negacionista e defendo a vacinação em geral e esta vacinação em particular.
Mas tenho o espírito completamente livre nesta matéria e há argumentos que me parecem fazer sentido.
Na verdade, não há estudos que provem a vantagem de vacinar alguém que já esteve infectado. Pelo contrário, há estudos que provam que a imunidade natural é mais duradoura do que aquela que é proporcionada pela vacina.
Sou um leigo e peço desculpa se vou dizer alguma asneira, mas não vejo a lógica de inculcar com o vírus alguém que já tem esse mesmo vírus.
Os negacionistas são malucos, anormais, e ainda não percebi qual a verdadeira intenção. Já tive Covid e a única vez que me apeteceu ser vacinado foi quando insultaram e quiseram agredir o vice-almirante.
Mas do lado contrário, também há quem se coloque numa posição igualmente extremista. Ao ponto de não aceitar seja que argumento for e de chegar a defender coisas insanas como a de um não vacinado ser proibido de ser tratado no SNS. Um argumento que, em termos civilizacionais, está ao nível de um negacionista.
Já agora, vacinei a minha filha de 13 anos, que por acaso já teve Covid, mas nunca percebi a utilidade de vacinar alguém dessa faixa etária.
 
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sirmister

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As vacinas são como o confinamento, não servem para nada. :> Mesmo assim, no ano passado por esta altura, havia 5 vezes mais internados, 3 vezes mais pessoas em UCI e bem mais limitações na nossa vida. O que mudou de um ano para o outro foi a existência da vacina. Mas deve ser coincidência.
Se calhar o numero de crianças internadas é o mesmo...
 
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J | [Ka!s3r^].

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7 Abril 2012
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  • Alfredo Quintana
Sou de Esquerda, defendo totalmente o SNS, detesto o Observador como OCS e nunca tinha ouvido falar desta médica.
Sou tudo menos negacionista e defendo a vacinação em geral e esta vacinação em particular.
Mas tenho o espírito completamente livre nesta matéria e há argumentos que me parecem fazer sentido.
Na verdade, não há estudos que provem a vantagem de vacinar alguém que já esteve infectado. Pelo contrário, há estudos que provam que a imunidade natural é mais duradoura do que aquela que é proporcionada pela vacina.
Sou um leigo e peço desculpa se vou dizer alguma asneira, mas não vejo a lógica de inculcar com o vírus alguém que já tem esse mesmo vírus.
Os negacionistas são malucos, anormais, e ainda não percebi qual a verdadeira intenção. Já tive Covid e a única vez que me apeteceu ser vacinado foi quando insultaram e quiseram agredir o vice-almirante.
Mas do lado contrário, também há quem se coloque numa posição igualmente extremista. Ao ponto de não aceitar seja que argumento for e de chegar a defender coisas insanas como a de um não vacinado ser proibido de ser tratado no SNS. Um argumento que, em termos civilizacionais, está ao nível de um negacionista.
Já agora, vacinei a minha filha de 13 anos, que por acaso já teve Covid, mas nunca percebi a utilidade de vacinar alguém dessa faixa etária.
Tanto quanto sei, há várias recomendações no sentido de vacinar quem já teve a doença, argumentando-se que a imunidade natural é dessa forma reforçada. Veja-se o que aconselha o CDC, por exemplo: Frequently Asked Questions about COVID-19 Vaccination | CDC ; ou a OMS: Episode #50 - Do I still need the vaccine if I have COVID-19? (who.int) .
 
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DT199

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Citar o CDC ou a FDA, quando estas 2 instituições estão a servir para coagir, manipular e despedir pessoas nos States, realmente é um excelente exemplo.


Falou-se nisto por cá? Pois, bem me parecia que não. Lol

Mas continuem, eu gosto de vir aqui ler estes experts em saúde pública, fãs do Dr. Carona
 

grandeporto

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Gaia
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A minha filha esteve lá em trabalho, e ficou fartinha daquela inteletualidade versus liberdade/egoismo, resultado à vista mais um confinamenmto até ao Natal.
Entretanto a Nova Zelandia julgavam que bastava os confinamentos de 3 e 4 meses e não apostaram na Vacina, conclusão estao fartos de ficar fechados em casa e os casos a subiir como nunca.
 
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grandeporto

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Gaia
Sou de Esquerda, defendo totalmente o SNS, detesto o Observador como OCS e nunca tinha ouvido falar desta médica.
Sou tudo menos negacionista e defendo a vacinação em geral e esta vacinação em particular.
Mas tenho o espírito completamente livre nesta matéria e há argumentos que me parecem fazer sentido.
Na verdade, não há estudos que provem a vantagem de vacinar alguém que já esteve infectado. Pelo contrário, há estudos que provam que a imunidade natural é mais duradoura do que aquela que é proporcionada pela vacina.
Sou um leigo e peço desculpa se vou dizer alguma asneira, mas não vejo a lógica de inculcar com o vírus alguém que já tem esse mesmo vírus.
Os negacionistas são malucos, anormais, e ainda não percebi qual a verdadeira intenção. Já tive Covid e a única vez que me apeteceu ser vacinado foi quando insultaram e quiseram agredir o vice-almirante.
Mas do lado contrário, também há quem se coloque numa posição igualmente extremista. Ao ponto de não aceitar seja que argumento for e de chegar a defender coisas insanas como a de um não vacinado ser proibido de ser tratado no SNS. Um argumento que, em termos civilizacionais, está ao nível de um negacionista.
Já agora, vacinei a minha filha de 13 anos, que por acaso já teve Covid, mas nunca percebi a utilidade de vacinar alguém dessa faixa etária.
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Não conheces tu, nem eu, nem quase ninguém, está muito longe de ser alguém seguido pelos seus pares.
Quanto à utilidade da vacinação dos miudos entre os 12 e os 18 anos, está à vista o efeito prático, nesta altura ano passado já havia montes de turmas em casa e muitos alunos a ver aulas aos quadradinhos.
Os casos registados agora são de crianças de creches e 1º ciclo não vacinadas e o Dr Rincon disse ainda agora que no S. João 80 a 90% dos casos de UCI são não vacinados ou vacinaçao incompleta.
 

sirmister

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Não conheces tu, nem eu, nem quase ninguém, está muito longe de ser alguém seguido pelos seus pares.
Quanto à utilidade da vacinação dos miudos entre os 12 e os 18 anos, está à vista o efeito prático, nesta altura ano passado já havia montes de turmas em casa e muitos alunos a ver aulas aos quadradinhos.
Os casos registados agora são de crianças de creches e 1º ciclo não vacinadas e o Dr Rincon disse ainda agora que no S. João 80 a 90% dos casos de UCI são não vacinados ou vacinaçao incompleta.
Então a crianças são vacinadas para não perderem 15 dias de aulas? e para poderem ir aos bares?
 
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sirmister

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Hulk27

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Então a crianças são vacinadas para não perderem 15 dias de aulas? e para poderem ir aos bares?
Na Suiça de menos de 20 anos morreram três e com cada vez mais crianças com excesso de peso e que não fazem nenhum desporto. Eu fico sempre escandalizado quando vejo a condição fisica de certas crianças hoje em dia.

 

grandeporto

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Gaia
Na Suiça de menos de 20 anos morreram três e com cada vez mais crianças com excesso de peso e que não fazem nenhum desporto. Eu fico sempre escandalizado quando vejo a condição fisica de certas crianças hoje em dia.

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Nada como misturar problemas.

E o cyberbullying,
E as depressões com o confinamento.

O mundo está perigoso.:LOL:
 

sirmister

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Nada como misturar problemas.

Vai um cocktail?

E o cyberbullying, :LOL:E as depressões com o confinamento.

O mundo está perigoso.
Por enquanto vão-se vacinando crianças contra uma doença que basicamente não as afeta.

Daqui a uns anos com mais data vamos perceber melhor quais as consequências disso, mas já existem alguns que mostram que as reações adversas são maiores que o beneficio que é basicamente nenhum para elas.
 
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arkeru

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13 Dezembro 2013
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Sou de Esquerda, defendo totalmente o SNS, detesto o Observador como OCS e nunca tinha ouvido falar desta médica.
Sou tudo menos negacionista e defendo a vacinação em geral e esta vacinação em particular.
Mas tenho o espírito completamente livre nesta matéria e há argumentos que me parecem fazer sentido.
Na verdade, não há estudos que provem a vantagem de vacinar alguém que já esteve infectado. Pelo contrário, há estudos que provam que a imunidade natural é mais duradoura do que aquela que é proporcionada pela vacina.
Sou um leigo e peço desculpa se vou dizer alguma asneira, mas não vejo a lógica de inculcar com o vírus alguém que já tem esse mesmo vírus.
Os negacionistas são malucos, anormais, e ainda não percebi qual a verdadeira intenção. Já tive Covid e a única vez que me apeteceu ser vacinado foi quando insultaram e quiseram agredir o vice-almirante.
Mas do lado contrário, também há quem se coloque numa posição igualmente extremista. Ao ponto de não aceitar seja que argumento for e de chegar a defender coisas insanas como a de um não vacinado ser proibido de ser tratado no SNS. Um argumento que, em termos civilizacionais, está ao nível de um negacionista.
Já agora, vacinei a minha filha de 13 anos, que por acaso já teve Covid, mas nunca percebi a utilidade de vacinar alguém dessa faixa etária.
Vacinar alguém que já esteve infetado reforça a imunidade da pessoa. Até porque os níveis de anticorpos produzidos em resposta à infeção também diminuem ao longo do tempo (apesar da imunidade conferida pelos anticorpos não ser a única forma de imunidade).

Extremismos são abomináveis, tanto de um lado, como de outro, concordo com o que dizes. E é normal que as pessoas se questionem, e tenham dúvidas, é compreensível. E é de salutar que essas mesmas pessoas perguntem, queiram ser esclarecidas. Ao invés de debitarem verborreias que lêem nas redes sociais, de páginas muitos duvidosas.

No entanto, o texto que postaste, escrito por aquela senhora, revela desonestidade da autora. E algumas afirmações são facilmente desmontadas.

Primeiro, a necessidade de fazer a apologia de um suposto status que a profissão dela confere, acima dos restantes mortais, e, de forma demagoga, criar um cenário de vitmização e empatia.
Não entrando muito em detalhe sobre tudo o que ela escreve, vou só realçar algumas afirmações que, ou revelam uma falta de conhecimento, ou têm então outro propósito.
  • "... uma estratégia de vacinação como a principal esperança e arma para debelar a pandemia por SARS-CoV-2, um vírus respiratório, mutante, como são os vírus de RNA, pertencente a uma espécie de coronavírus para qual nenhuma vacina teve anteriormente um desempenho seguro e eficaz.".
Por onde começar. Os vírus de RNA são mutantes sim, como os de DNA, por exemplo. É verdade que os vírus de RNA mutam mais que os de RNA, no entanto, dentro dos vírus de RNA, o SARS-CoV-2 (mas também o SARS ou o MERS) têm capacidade de reparar danos (mutações) que ocorram durante a sua replicação e por isso a taxa mutacional destes vírus é mais baixa que os outros vírus de RNA, como o influenza (vírus da gripe. Por isso é que a vacina da gripe é de toma anual, porque tem de ser atualizada para as várias variantes, ou mutações, do vírus influenza que são criadas de um ano para o outro).​
Depois, quando diz "pertencente a uma espécie de coronavírus para qual nenhuma vacina teve anteriormente um desempenho seguro e eficaz", só mostra o quão longe ela está de saber o que diz. Espécie de coronavírus? O SARS-CoV-2 por si só é uma espécie de coronavírus, o MERS é uma espécie de coronavírus... Eu percebo o que ela quer dizer, mas SARS-CoV-2 não pertence a uma espécie de coronavírus. O SARS-CoV-2 é uma espécie, que pertence à classe dos coronavírus. O que ela queria dizer aqui era que nenhuma vacina teve um desempenho seguro e eficaz contra vírus da classe dos coronavírus. Mas nem isso é verdade. Ou melhor, é desonesto dizer-se isso. Porque existiram de facto vacinas seguras e eficazes contra o SARS (o de 2003) e contra MERS, que entraram em ensaios clínicos, mas foram abandonadas sabem porquê? Porque estas epidemias (epidemias, não pandemias) surgiram em regiões localizadas da Ásia e do Médio Oriente. E como a sua transmissão era muito mais baixa que o SARS-CoV-2, mantiveram localizadas e longe da Europa, ou dos EUA. Ou seja, não afetou as grandes economias, não parou o mundo, ficou lá longe, "não é problema nosso". Ou seja, ninguém se preocupou em financiar ainda mais o desenvolvimento de uma vacina, que, recordo, eram eficazes e seguras. Por outro lado, foi possível "irradicar" estas epidemias em relativamente pouco tempo, e por isso não adiantava mais estar a desenvolver uma vacina.​
  • "As vacinas criadas em tempo recorde...".
Pensei que este argumento já não era usado, mas pelos vistos é preciso recordar que as vacinas de mRNA estão a ser desenvolvidas para cancro há 20 anos!​
  • "As vacinas não são esterilizantes, não impedem o contágio nem a transmissão...".
Isto é do mais baixo que pode ser dito, por uma supra sumo, médica vejam lá. Dos dados que existem, pode-se dizer que as vacinas podem impedir de facto a transmissão, sim. E consequente, o contágio. Para já nem falar do cenário que se observa no mundo real, na diminuição da doença grave, dos sintomas. É fácil observar no Worldmeters, estamos a ter cada vez menos mortes diárias, há um ano que não tínhamos estes números. E, apesar de que uma morte que seja, já é uma morte a mais, e de que não se devem encarar estes números como apenas isso, números, eles são a provade que efetivamente a vacinação funciona.​
Agora, uma explicação mais científica para o que esta senhora afirmou. Sabe-se que estar doente é mais contagioso que do que não estar doente, precisamente por causa da sintomatologia. Se a vacinação minimiza ou elimina a sintomatologia, ou seja a doença, a transmissão num vacinado irá ser portanto muito menor. E mesmo as pessoas vacinadas que sejam infetadas e apresentem sintomas, podem transmitir mas a uma taxa menor. Porquê? Porque a vacina é especialmente eficaz a induzir uma resposta de uma classe de anticorpos específica, os IgGs. E esta reposta de IgGs protege da infeção pulmonar, ou seja, da infeção grave e sintomática. E se protege, menos sintomas, menor capacidade de transmissão. Ou seja, uma pessoa até pode ser contagiada, mesmo vacinada, mas nem saber. E sem sintomas, apesar de estar infetada, ou seja, de ser detetado material genético viral nos testes PCR, irá transmitir menos o vírus, ou até nem transmitir.​
Por outro lado, lembram-se que, na altura em que começaram a sair os primeiros resultados dos ensaios clínicos de fase II/III das vacinas, a eficácia destas situava-se na ordem dos 95% (as de RNA) para doença grave, sendo que com a variante delta possa ter baixado um pouco para os 80/90%. Ora, parece que as pessoas se esqueceram disto (aliás, no início toda a gente tinha bem presente a percentagem de eficácia das vacinas e todos queriam as de RNA e tal), e assumem que a eficácia é de 100%. Não é! Mas façamos esta estimativa: transferindo estes valores para uma escala populacional, por exemplo, o número de vacinados completos no nosso país, que atualmente são cerca de 8,8 milhões de pessoas. Se considerarmos o cenário mais otimista, pré variante delta (eficácia de 95%), existiriam ainda assim cerca de 5% de pessoas para as quais a vacina não tinha qualquer eficácia, ou seja, 440 mil pessoas que não estariam protegidas! Isto no cenário mais otimista. Se considerarmos a variante delta, atualmente dominante, este número aumenta para 1,32 milhões de pessoas. Ainda há muita gente suscetível mesmo com vacinação completa. E mesmo assim, mesmo com 80% de eficácia, estas são das vacinas mais eficazes alguma vez produzidas!! A vacina da gripe não atinge nem de perto estes valores.​
Vejamos, mesmo com um aumento do número de casos para a ordem dos 2000/3000 mil/dia durante os meses de junho, julho e agosto, o número de internados em UCI manteve-se relativamente baixo, não seguiu a tendência do aumento de casos. Ora, o que poderá explicar isto senão a vacina?​
E tendo em conta que não existe, e não irá existir, nenhuma forma de prevenção mais eficaz que esta, é a nossa única hipótese.​
  • "Apesar dos números sem precedentes de reações adversas, não tem havido interesse das autoridades do medicamento em promover uma farmacovigilância ativa, ou em tornar obrigatória a notificação de mortes ocorridas nos primeiros 15 dias após vacinação"
Número sem precedentes de reações adversas?? Que tipo de reações adversas? O mesmo tipo de reações que se observa numa vacina da gripe, ou do tétano? E porque é que talvez o número absoluto de reações adversas é maior do que para outras vacinas? Porque há muito mais gente a sser vacinada para Covid-19 do que para outras doenças. Agora, será que o número relativo de reações adversas é assim tão diferentes das outras vacinas? Gostaria de ver a D. Teresa apresentar esses números, se os tiver.​
Outra afirmação que mostra que esta senhora, ou não percebe do assunto, ou está de má fé, é dizer que as autoridades não têm promovido um sistema de farmacovigilância ativa! Isso não é verdade. Aliás, estas são das vacinas mais escrutinadas em termos de farmacovigilância!​
Misturando estas inverdades, com o ataque ao governo (e atenção, quero lá saber de politiquices. Quer o governo fosse PS, PSD, BE, PCP, CDS, teria exatamente o mesmo tipo de discurso), só resta concluir que o propósito desta senhora não é informar ou alertar.​
 

AntonioMachado

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11 Outubro 2019
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Vacinar alguém que já esteve infetado reforça a imunidade da pessoa. Até porque os níveis de anticorpos produzidos em resposta à infeção também diminuem ao longo do tempo (apesar da imunidade conferida pelos anticorpos não ser a única forma de imunidade).

Extremismos são abomináveis, tanto de um lado, como de outro, concordo com o que dizes. E é normal que as pessoas se questionem, e tenham dúvidas, é compreensível. E é de salutar que essas mesmas pessoas perguntem, queiram ser esclarecidas. Ao invés de debitarem verborreias que lêem nas redes sociais, de páginas muitos duvidosas.

No entanto, o texto que postaste, escrito por aquela senhora, revela desonestidade da autora. E algumas afirmações são facilmente desmontadas.

Primeiro, a necessidade de fazer a apologia de um suposto status que a profissão dela confere, acima dos restantes mortais, e, de forma demagoga, criar um cenário de vitmização e empatia.
Não entrando muito em detalhe sobre tudo o que ela escreve, vou só realçar algumas afirmações que, ou revelam uma falta de conhecimento, ou têm então outro propósito.
  • "... uma estratégia de vacinação como a principal esperança e arma para debelar a pandemia por SARS-CoV-2, um vírus respiratório, mutante, como são os vírus de RNA, pertencente a uma espécie de coronavírus para qual nenhuma vacina teve anteriormente um desempenho seguro e eficaz.".
Por onde começar. Os vírus de RNA são mutantes sim, como os de DNA, por exemplo. É verdade que os vírus de RNA mutam mais que os de RNA, no entanto, dentro dos vírus de RNA, o SARS-CoV-2 (mas também o SARS ou o MERS) têm capacidade de reparar danos (mutações) que ocorram durante a sua replicação e por isso a taxa mutacional destes vírus é mais baixa que os outros vírus de RNA, como o influenza (vírus da gripe. Por isso é que a vacina da gripe é de toma anual, porque tem de ser atualizada para as várias variantes, ou mutações, do vírus influenza que são criadas de um ano para o outro).​
Depois, quando diz "pertencente a uma espécie de coronavírus para qual nenhuma vacina teve anteriormente um desempenho seguro e eficaz", só mostra o quão longe ela está de saber o que diz. Espécie de coronavírus? O SARS-CoV-2 por si só é uma espécie de coronavírus, o MERS é uma espécie de coronavírus... Eu percebo o que ela quer dizer, mas SARS-CoV-2 não pertence a uma espécie de coronavírus. O SARS-CoV-2 é uma espécie, que pertence à classe dos coronavírus. O que ela queria dizer aqui era que nenhuma vacina teve um desempenho seguro e eficaz contra vírus da classe dos coronavírus. Mas nem isso é verdade. Ou melhor, é desonesto dizer-se isso. Porque existiram de facto vacinas seguras e eficazes contra o SARS (o de 2003) e contra MERS, que entraram em ensaios clínicos, mas foram abandonadas sabem porquê? Porque estas epidemias (epidemias, não pandemias) surgiram em regiões localizadas da Ásia e do Médio Oriente. E como a sua transmissão era muito mais baixa que o SARS-CoV-2, mantiveram localizadas e longe da Europa, ou dos EUA. Ou seja, não afetou as grandes economias, não parou o mundo, ficou lá longe, "não é problema nosso". Ou seja, ninguém se preocupou em financiar ainda mais o desenvolvimento de uma vacina, que, recordo, eram eficazes e seguras. Por outro lado, foi possível "irradicar" estas epidemias em relativamente pouco tempo, e por isso não adiantava mais estar a desenvolver uma vacina.​
  • "As vacinas criadas em tempo recorde...".
Pensei que este argumento já não era usado, mas pelos vistos é preciso recordar que as vacinas de mRNA estão a ser desenvolvidas para cancro há 20 anos!​
  • "As vacinas não são esterilizantes, não impedem o contágio nem a transmissão...".
Isto é do mais baixo que pode ser dito, por uma supra sumo, médica vejam lá. Dos dados que existem, pode-se dizer que as vacinas podem impedir de facto a transmissão, sim. E consequente, o contágio. Para já nem falar do cenário que se observa no mundo real, na diminuição da doença grave, dos sintomas. É fácil observar no Worldmeters, estamos a ter cada vez menos mortes diárias, há um ano que não tínhamos estes números. E, apesar de que uma morte que seja, já é uma morte a mais, e de que não se devem encarar estes números como apenas isso, números, eles são a provade que efetivamente a vacinação funciona.​
Agora, uma explicação mais científica para o que esta senhora afirmou. Sabe-se que estar doente é mais contagioso que do que não estar doente, precisamente por causa da sintomatologia. Se a vacinação minimiza ou elimina a sintomatologia, ou seja a doença, a transmissão num vacinado irá ser portanto muito menor. E mesmo as pessoas vacinadas que sejam infetadas e apresentem sintomas, podem transmitir mas a uma taxa menor. Porquê? Porque a vacina é especialmente eficaz a induzir uma resposta de uma classe de anticorpos específica, os IgGs. E esta reposta de IgGs protege da infeção pulmonar, ou seja, da infeção grave e sintomática. E se protege, menos sintomas, menor capacidade de transmissão. Ou seja, uma pessoa até pode ser contagiada, mesmo vacinada, mas nem saber. E sem sintomas, apesar de estar infetada, ou seja, de ser detetado material genético viral nos testes PCR, irá transmitir menos o vírus, ou até nem transmitir.​
Por outro lado, lembram-se que, na altura em que começaram a sair os primeiros resultados dos ensaios clínicos de fase II/III das vacinas, a eficácia destas situava-se na ordem dos 95% (as de RNA) para doença grave, sendo que com a variante delta possa ter baixado um pouco para os 80/90%. Ora, parece que as pessoas se esqueceram disto (aliás, no início toda a gente tinha bem presente a percentagem de eficácia das vacinas e todos queriam as de RNA e tal), e assumem que a eficácia é de 100%. Não é! Mas façamos esta estimativa: transferindo estes valores para uma escala populacional, por exemplo, o número de vacinados completos no nosso país, que atualmente são cerca de 8,8 milhões de pessoas. Se considerarmos o cenário mais otimista, pré variante delta (eficácia de 95%), existiriam ainda assim cerca de 5% de pessoas para as quais a vacina não tinha qualquer eficácia, ou seja, 440 mil pessoas que não estariam protegidas! Isto no cenário mais otimista. Se considerarmos a variante delta, atualmente dominante, este número aumenta para 1,32 milhões de pessoas. Ainda há muita gente suscetível mesmo com vacinação completa. E mesmo assim, mesmo com 80% de eficácia, estas são das vacinas mais eficazes alguma vez produzidas!! A vacina da gripe não atinge nem de perto estes valores.​
Vejamos, mesmo com um aumento do número de casos para a ordem dos 2000/3000 mil/dia durante os meses de junho, julho e agosto, o número de internados em UCI manteve-se relativamente baixo, não seguiu a tendência do aumento de casos. Ora, o que poderá explicar isto senão a vacina?​
E tendo em conta que não existe, e não irá existir, nenhuma forma de prevenção mais eficaz que esta, é a nossa única hipótese.​
  • "Apesar dos números sem precedentes de reações adversas, não tem havido interesse das autoridades do medicamento em promover uma farmacovigilância ativa, ou em tornar obrigatória a notificação de mortes ocorridas nos primeiros 15 dias após vacinação"
Número sem precedentes de reações adversas?? Que tipo de reações adversas? O mesmo tipo de reações que se observa numa vacina da gripe, ou do tétano? E porque é que talvez o número absoluto de reações adversas é maior do que para outras vacinas? Porque há muito mais gente a sser vacinada para Covid-19 do que para outras doenças. Agora, será que o número relativo de reações adversas é assim tão diferentes das outras vacinas? Gostaria de ver a D. Teresa apresentar esses números, se os tiver.​
Outra afirmação que mostra que esta senhora, ou não percebe do assunto, ou está de má fé, é dizer que as autoridades não têm promovido um sistema de farmacovigilância ativa! Isso não é verdade. Aliás, estas são das vacinas mais escrutinadas em termos de farmacovigilância!​
Misturando estas inverdades, com o ataque ao governo (e atenção, quero lá saber de politiquices. Quer o governo fosse PS, PSD, BE, PCP, CDS, teria exatamente o mesmo tipo de discurso), só resta concluir que o propósito desta senhora não é informar ou alertar.​
Obrigado.