Sem o querer defender no que escreveu, refiro-me ao Branco, acho apenas que ele quis fazer um paralelismo entre a diferença de uma pandemia que afeta toda uma economia, com os efeitos que isso tem nos bolsos dos que vivem do seu trabalho, dos que vivem da assistência ou dos descontos que fizeram (pobres, desempregados e pensionistas e também empresários/patrões como é óbvio) com essas duas calamidades (tabagismo e obesidade - sendo eu uma vítima consciente ou estúpida do tabagismo) que não criam alarme social embora devam ser combatidas e são todos os dias por muita gente. Acho que apenas exagerou no texto desvalorizando uma coisa para valorizar uma mais grave e justificou-a com argumentos desnecessários porque toda a gente conhece os efeitos nefastos nisso embora o tabaco se venda e os fast food continuam a proliferar mesmo em Países ditos comunistas. A questão das armas em parte é cultural (os alemães hesitaram sempre em ocupar a Suiça na II Grande Guerra porque sabiam que os suiços estavam quase todos armados de forma individual ) porque enquanto os suiços as têm e não usam por regra já os americanos têm uma tradição triste que vem do tempo do far west que sabemos qual é. Mas não valia a pena nesta fase falar nessa questão que tem defensores e opositores nos EUA. Sobre a questão da barragem ideológica não existir apenas do lado comunista lamento desiludir-te MiguelDeco mas não há comunismo em parte alguma do Mundo, foi uma ideia que existiu fruto da revolução industrial do século XIX que deslocou milhões de pessoas dos campos para as cidades em busca de um futuro melhor criando desigualdades extremas daí a análise de Marx/Engels da situação na época mas ao contrário da previsão deles as revoluções aconteceram nos Países com menos desenvolvimento industrial (Rússia e China) e não nos mais industrializados, isso criou uma situação muito complicada que resvalou para um capitalismo de estado que nada tinha a ver com um socialismo sustentável. Talvez quem estivesse mais perto da realidade fosse Trotsky, e nunca fui trotskista, que chegou à conclusão que a revolução ou era mundial ou não tinha pernas para andar e não teve - basta ver o colapso económico da URSS (esteve na base do seu desmembramento) e a evolução da China para um capitalismo feroz e pior que o ocidental porque não existe liberdade de expressão para o contestar nem ao de leve. Ainda sobre o tabaco, a "pobre" (e este pobre tem a ver com a inexistência de riquezas naturais e ao bloqueio) Cuba tem na venda de charutos um dos principais negócios - cada um vende o que tem para sobreviver mesmo que faça mal. E não falamos aqui do maldito oil que enquanto não for substituído é causa de imensas guerras mas não é assunto para ser discutido aqui.