Não sei onde os autores do estudo foram retirar a informação, mas nem é preciso puxar muito pela cabeça para me lembrar de atletas que vieram de zonas que não estão a azul no mapa.
Major (ex-Quarteirense), Alexandre Moutinho (ex-EF João Moutinho), Artur Carvalho (ex-Louletano), Guilherme Palminha (ex-Olhanense), Bernardo Ramirez (ex-Olhanense), Joe Cobb (ex-João Moutinho), Filipe Sousa (ex-Portimonense), Hélio Gonçalves (ex-Portimonense), Daniel Gonçalves (ex-polo FCP Algarve) e Miguel Paz (ex-polo FCP Algarve) vieram para cá nos últimos 10 anos oriundos do Algarve e nem uma pinta aparece no mapa. Miguel Lemos e Filipe Teixeira, ambos ex-Despertar, vieram de Beja em 2019 e nada aparece nesse distrito.
No restante, do distrito de Bragança vieram 5 nos últimos 10 anos. De Viseu foram 11. Do distrito de Vila Real foram 18 (entre eles Luís Gomes, João Teixeira, Tomás Peixoto e Salvador Gomes, p.e.). De Leiria foram 11, mais 6 da Madeira, 3 da Guarda, 3 de Santarém, 2 de Portalegre, 3 de Castelo Branco...
Como se percebe, o levantamento dos autores do estudo deixa mesmo muito a desejar, porque é óbvio que o mapa teria de estar bem mais azul. Mas assim teriam menos para expor, porque é mais impactante a conclusão a que chegaram com os dados falseados (que Vitória e Braga são mais "abrangentes"). Caso contrário iriam apenas constatar o óbvio, que os três grandes são quem tem mais abrangência, que é a realidade.
E outro ponto interessante era comparar os números dos 10 anos anteriores aos do estudo (2004 a 2013) com os anos do estudo (2014 a 2023) e perceber que, por exemplo, de 2014 a 2023 contratamos quase 3x mais atletas na zona de Lisboa do que de 2004 a 2013, mais do dobro no Algarve, 5x mais em Setúbal...