Departamento de Futebol de Formação - Direcção, Estratégias e Informações

jmj

Bancada lateral
27 Abril 2016
945
431
Achei interessante

Notícia: https://bestoffutebol.com/recrutame...2DpOhpNjslijdW-Ric_aem_anBcsKamnGZRH783Ca6AaA

Estudo em si: https://arxiv.org/abs/2501.05858

"FC Porto’s case is interesting. Despite being a large club, FC Porto does not recruit across the whole country territor. The geographical coverage of FC Porto youth recruitment is below the level of SC Braga and Vitoria SC"
Deram-se ao trabalho de aprender e escrever o artigo em (La)TeX e apresentam uns gráficos de trampa (como tantas bibliotecas de qualidade para serem usadas como tikz, pgfplots, etc). Já para não falar da "font". Assustador! E supostamente estes tipos são da FEUP...
 
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Paul Ashworth

Bancada central
23 Maio 2007
1,590
2,641
Não sei onde os autores do estudo foram retirar a informação, mas nem é preciso puxar muito pela cabeça para me lembrar de atletas que vieram de zonas que não estão a azul no mapa.

Major (ex-Quarteirense), Alexandre Moutinho (ex-EF João Moutinho), Artur Carvalho (ex-Louletano), Guilherme Palminha (ex-Olhanense), Bernardo Ramirez (ex-Olhanense), Joe Cobb (ex-João Moutinho), Filipe Sousa (ex-Portimonense), Hélio Gonçalves (ex-Portimonense), Daniel Gonçalves (ex-polo FCP Algarve) e Miguel Paz (ex-polo FCP Algarve) vieram para cá nos últimos 10 anos oriundos do Algarve e nem uma pinta aparece no mapa. Miguel Lemos e Filipe Teixeira, ambos ex-Despertar, vieram de Beja em 2019 e nada aparece nesse distrito.

No restante, do distrito de Bragança vieram 5 nos últimos 10 anos. De Viseu foram 11. Do distrito de Vila Real foram 18 (entre eles Luís Gomes, João Teixeira, Tomás Peixoto e Salvador Gomes, p.e.). De Leiria foram 11, mais 6 da Madeira, 3 da Guarda, 3 de Santarém, 2 de Portalegre, 3 de Castelo Branco...

Como se percebe, o levantamento dos autores do estudo deixa mesmo muito a desejar, porque é óbvio que o mapa teria de estar bem mais azul. Mas assim teriam menos para expor, porque é mais impactante a conclusão a que chegaram com os dados falseados (que Vitória e Braga são mais "abrangentes"). Caso contrário iriam apenas constatar o óbvio, que os três grandes são quem tem mais abrangência, que é a realidade.

E outro ponto interessante era comparar os números dos 10 anos anteriores aos do estudo (2004 a 2013) com os anos do estudo (2014 a 2023) e perceber que, por exemplo, de 2014 a 2023 contratamos quase 3x mais atletas na zona de Lisboa do que de 2004 a 2013, mais do dobro no Algarve, 5x mais em Setúbal...
 

JJ1893

Arquibancada
19 Setembro 2025
360
757
É apenas um pre-print que foi colocado num repositório aberto sem sequer ter passado o peer-review, o que duvido que alguma vez aconteça face à recolha de dados tão mal feita e a uma metodologia tão pobre. Tendo em conta que foi publicado no arXiv em Janeiro de 2025, é muito provável que não passe disto.
 

Drago

Tribuna Presidencial
21 Julho 2006
12,283
3,691
Lisboa, 1979
Esta semana está a ser muito complicada para mim e ainda não me debrucei sobre o estudo que aqui discutem.

Ainda assim, o estudo que gostaria ver discutido aqui seria este:



Isto sim, é dramático para o Norte. É dramático para o equilíbrio deste país. E é potencialmente catastrófico para o FC Porto.





Quanto ao estudo universitário em causa, com mais mentira ou com menos mentira, com fábulas sobre os clubes do Minho irem buscar jogadores mais longe ou mais perto, com os mapas mais correctos ou absurdamente enviesados, com o usual bajulamento aos de Lisboa e o costumeiro ataque ao FC Porto...


...irei ler e meditar.




Mas não preciso de ler uma linha para saber o seguinte:
  • O FC Porto precisa de aumentar a sua capacidade de alojamento para a formação de forma dramática e urgente
  • O FC Porto precisa de criar um plano agressivo de prospecção
  • O FC Porto precisa de diminuir a capacidade de penetração dos de Lisboa no Norte e controlar o crescimento de novas ameaças
  • O FC Porto precisaria de ter um CT muito bem localizado. O mais central que fosse possível e muito acessível
  • O FC Porto precisa de pensar fora da caixa e interiorizar que a distância quilométrica que o separa de Lisboa é a mesma que o separa da Coruña
  • O FC Porto precisa de perceber a ameaça demográfica que pende sobre si e reagir. No que pode controlar (o seu plano formativo) e no que pode influenciar (sendo polo de coligação de diferentes sensibilidades políticas para a construção de um futuro melhor para a região e, consequentemente, para o país).
 
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