Mais do que o estádio em si, o principal problema, para mim, em termos de conforto, está no estacionamento e nos acessos ao estádio, tanto de carro como a pé.
A questão dos horários dos jogos, sejam demasiado cedo ou demasiado tarde, só se torna tão penalizadora por causa da perceção generalizada de que é necessário chegar muito cedo para conseguir um estacionamento aceitável e de que, no final, se chega sempre tarde a casa devido à demora a sair da zona envolvente ao estádio.
Quando vou a eventos nos semelhantes nos Estados Unidos, ao comprar o bilhete, existe a possibilidade de adquirir também o estacionamento. Havendo instalações para o efeito, algo semelhante poderia perfeitamente ser associado à compra dos lugares anuais. Naturalmente, não faria sentido existir um lugar de estacionamento por cada lugar anual, mas também é evidente que nem todos necessitariam de um.
Por outro lado, mesmo que o estádio seja totalmente coberto, todo o percurso entre o estacionamento ou o metro e o estádio é feito sem qualquer proteção. De que serve um estádio coberto se chego lá já molhado?
Se soubesse que podia sair de casa apenas uma hora antes do jogo e chegar com tempo, sem stress, ainda com 15 minutos para comer qualquer coisa nas roulotes, e que, levando um dos meus filhos, não chegaríamos a casa a horas impraticáveis num dia com escola no dia seguinte, todo o processo de ida ao estádio ficaria claramente beneficiado.
Nesse sentido, aproveitar o espaço do Mercado Abastecedor para criar um parque de estacionamento de grande escala, que servisse de apoio tanto ao estádio como a Campanhã, com bons acessos pela VCI e pela Circunvalação, e que em dias de jogo reservasse uma parte significativa da sua lotação para os adeptos, aliado a um corredor coberto até ao estádio, teria um impacto muito mais positivo do que simplesmente aumentar a cobertura do próprio estádio.
