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Não, desculpa as coisas não funcionam assim. Nenhum clube que não tivesse com a corda na garganta teria vendido o Fábio Silva por aquele preço. O Fábio tem um potencial estratosférico. Poderá nunca o atingir (verdade e eu próprio já o critiquei no passado), mas ele foi vendido com idade de júnior, por isso não era uma questão de não ter cumprido com o seu potencial. Entretanto, o Fábio chega ao seu primeiro ano de profissional, já conta com 63 jogos como profissional, mas já toda a gente lhe está a fazer o enterro. Calma.
Foda-se, vender um júnior por 30M, já descontando aqueles 10M, é um mau negócio?
O FCP vendeu o André Silva por 38M tirando comissões por 30M +-.
Não é vender um júnior. Até parece que o Mendes chegou ali e foi buscar um manco. Estamos a falar no jogador jovem mais prometedor do futebol português, que aos 18 anos já fazia parte do plantel principal e que apresentava condições para se tornar o melhor ponta de lança da história do país. É disto que estamos a falar. Eu não vou contestar a urgência do negócio, estávamos com a corda na garganta e tinha que ser feito. Foi o negócio possível, mas não foi um bom negócio.
O negócio do André Silva foi um bom negócio. Foi difícil para ele porque a adaptação ao futebol italiano leva tempo (aliás na primeira época até faz uns números interessantes na Liga Europa) e o Milan não tinha estrutura para lhe dar o tempo que precisava. Ainda assim, pese embora gostar muito do André, nunca ninguém lhe viu o mesmo potencial do Fábio.
Então tens ai mais um exemplo do que pedias.
Para mim também, até à saída.
