Impacto económico do Covid-19

ixnay

Tribuna
22 Julho 2006
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Philipp disse:
A questão é que sendo justamente uma União Europeia, os Países mais ricos deveriam assumir a maior fatia dessas dividas. Com a Alemanha logo na frente. É o Pais que mais ganha com a UE, por isso deveria ser aquele com maior responsabilidade também.

Se Portugal ou a Grécia fossem à falência mas tendo a Alemanha como Pais credor as taxas de juro não subiriam assim tanto.
Isso são outros quinhentos. Mas acho que essa Europa já não existe.
 

Philipp

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25 Janeiro 2015
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ixnay disse:
Isso são outros quinhentos. Mas acho que essa Europa já não existe.
Se já não existe nem faz sentido continuar. No entanto, os alemães, holandeses, belgas, suíços e outros que tais que se lembrem que uma Europa sem UE é mais susceptível a uma guerra e existindo uma terceira guerra mundial são os cidadãos desses Países que mais vão sofrer tal como na primeira e segunda guerra mundial.
 

ixnay

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22 Julho 2006
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Celta7 disse:
Está a ser irónico mas não deixa de fazer sentido.. no dia em que os Países mais cumpridores começassem a desbaratar o dinheiro e as taxas de juro começassem a subir, já ninguém ia chorar pelas Eurobonds...
Olha que se calhar nem está!
 

Celta7

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9 Março 2012
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ixnay disse:
Olha que se calhar nem está!
Está. O que ele diz é que são os Países que têm a maior divida (e por isso os maiores juros) que querem recorrer ao mercado em conjunto com os Países que têm taxas negativas para assim pagarem um valor mais baixo. Porque a média das taxas de juro seria sempre mais baixa do que a taxa que um País como Portugal paga isoladamente.

A partir do momento em que as taxas de juro de Países como a Holanda \ Alemanha começassem a subir e se equiparassem à de Portugal ou Itália, deixaria de ser benéfico para esses Países recorrer ao mercado em conjunto.

Por outras palavras o que ele está a dizer é:"vamos duplicar a divida, pagar mais pensões, gastar mais dinheiro e com isso subir o nosso serviço da divida (juros). Depois quero ver se ainda querem Eurobonds".
 

ixnay

Tribuna
22 Julho 2006
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Celta7 disse:
Está. O que ele diz é que são os Países que têm a maior divida (e por isso os maiores juros) que querem recorrer ao mercado em conjunto com os Países que têm taxas negativas para assim pagarem um valor mais baixo. Porque a média das taxas de juro seria sempre mais baixa do que a taxa que um País como Portugal paga isoladamente.

A partir do momento em que as taxas de juro de Países como a Holanda \ Alemanha começassem a subir e se equiparassem à de Portugal ou Itália, deixaria de ser benéfico para esses Países recorrer ao mercado em conjunto.

Por outras palavras o que ele está a dizer é:"vamos duplicar a divida, pagar mais pensões, gastar mais dinheiro e com isso subir o nosso serviço da divida (juros). Depois quero ver se ainda querem Eurobonds".
Sim, eu percebi isso! O que estou a dizer é que se os países com dívidas mais baixas percepcionarem que as Eurobonds vão avançar, então se calhar chegam à conclusão que mais vale, desde já, aumentar a dívida e beneficiar as populações locais.

A game-theory para esta situação é clara!
 

Celta7

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9 Março 2012
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ixnay disse:
Sim, eu percebi isso! O que estou a dizer é que se os países com dívidas mais baixas percepcionarem que as Eurobonds vão avançar, então se calhar chegam à conclusão que mais vale, desde já, aumentar a dívida e beneficiar as populações locais.

A game-theory para esta situação é clara!
Se todos tiverem uma divida de 130%, as Eurobonds nunca vão avançar. O ponto de vista era esse, parece-me.
 

Morais

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4 Maio 2017
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Findo o primeiro round onde já está acordada uma verba em torno de 540 MME,teremos uma segunda a 23/04 muito mais ambiciosa e para relançamento das economias.Veremos o que ocorre.
De imediato e pelo que está aí escrito nosso país nem pretende se candidatar a receber algo,

Fonte:O Público

Não durou muito a trégua alcançada pelos ministros das Finanças da União Europeia após uma longuíssima reunião do Eurogrupo, que se prolongou por três dias e culminou com o anúncio de um “excelente acordo” para uma resposta económica conjunta, “ambiciosa” e “robusta”, à crise profunda provocada pela pandemia de coronavírus no continente. “São biliões e biliões de euros. Não há precedentes”, resumiu o presidente do Eurogrupo, Mário Centeno.

Na manhã seguinte, as reacções eram bem menos entusiásticas. O plano europeu, alavancado em empréstimos e garantias no valor de 500 mil milhões de euros para a assistência financeira dos Estados membros, a liquidez das empresas e a protecção dos postos de trabalho, era criticado por eurodeputados de diversas bancadas como inadequado, insustentável ou insuficiente — até o presidente do Parlamento Europeu, David Sassoli, que aplaudiu o acordo alcançado no Eurogrupo, sublinhou que será preciso ir muito mais além. “Os chefes de Estado e de governo têm de ser corajosos e actuar com base na estimativa do Banco Central Europeu de que serão precisos mais do que 1,5 biliões de euros para a reconstrução”, considerou.

Depois de horas e horas de debates técnicos e políticos sobre o recurso ao Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE) e à disponibilização do seu “poder de fogo” para o financiamento urgente dos países, os líderes preferiram virar a página e desviar a sua atenção para o futuro, posicionando-se já para os próximos embates: uma nova cimeira europeia por videoconferência, agendada para 23 de Abril, e a posterior negociação do plano de relançamento e recuperação da economia europeia e do próximo quadro financeiro plurianual para 2021-27, que vão envolver o Conselho e a Comissão Europeia.

“É chegado o momento para lançar as bases da nossa recuperação. Estou a trabalhar com a presidente da Comissão Europeia num plano de acção para relançar a economia e promover a convergência, através do crescimento sustentável e inclusivo baseado na nossa estratégia verde e digital”, informou o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, em comunicado.


Quanto à solução encontrada para desfazer o impasse relativo à linha de crédito cautelar do MEE — a sua limitação à despesa directa ou indirectamente ligada ao sector da saúde, com a aceitação de uma condicionalidade macroeconómica light, enquadrada pelos instrumentos do Semestre Europeu — as opiniões dividiram-se. David Sassoli considerou a solução “muito útil”, por facilitar os investimentos nas unidades, equipamentos e pessoal hospitalares, na investigação de tratamentos ou curas para a covid-19 e nas regiões mais atingidas pela pandemia.

“Claro que nenhum país será obrigado a utilizar este recurso: ele existe como uma opção adicional”, assinalou. Em declarações ao PÚBLICO, o secretário de Estado Adjunto e das Finanças, Ricardo Mourinho Félix, confirmou que Portugal deverá ser um dos países a prescindir, para já, deste apoio (que, segundo a fórmula prevista, poderia garantir até 4000 milhões de euros de crédito ao país). Como explicou, o interesse desta linha é servir como um “mecanismo de seguro” que protege os países na eventualidade de se depararem com dificuldades em financiarem-se no mercado. “Como qualquer seguro, é algo que compramos para não ter de usar”, justificou.

Já Sassoli apresentou o argumento para que países como a sua Itália utilizem o fundo de resgate do euro, agora “reconvertido” para o apoio de emergência sanitária. “A Itália já pagou 14 mil milhões de euros para este fundo, e agora pode receber 37 mil milhões, sem restrições nem condições desagradáveis”, assinalou.

De resto, bastou uma noite de sono para se perceber que as divergências que dificultaram as negociações, e quase impediram um consenso ao nível do Eurogrupo, continuam por resolver. As fracturas entre o Norte e o Sul da Europa eram evidentes nas diferentes leituras que o anúncio do acordo suscitou. “Vitória”, assinalavam os títulos dos jornais dos Países Baixos, ecoando as declarações do ministro das Finanças, Wopke Hoekstra, para quem o desfecho da “batalha” do seu país na Europa não podia ter sido mais “razoável”. “Traição”, gritava a oposição italiana, e em particular o líder da Liga, Matteo Salvini, que prometeu submeter a confiança no ministro das Finanças, Roberto Gualtieri, à votação do parlamento, por alegadamente ter aceitado um compromisso que vai contra o interesse nacional.

O acordo só surgiu porque os governantes decidiram riscar da ordem do dia a discussão da mutualização da dívida, através da emissão de títulos conjuntos, os chamados “coronabonds”. Mas isso não impediu que a discussão entre os governantes corresse à margem do encontro, na arena mediática, inquinando qualquer compromisso. “Às vezes é preciso bater o pé”, comentava Wopke Hoekstra no fim da reunião, garantindo que essa linha vermelha (partilhada com a Alemanha, a Áustria e a Finlândia) jamais será ultrapassada.

Mas Mário Centeno manteve uma porta aberta para o debate, ao conseguir que os líderes subscrevessem um caderno de encargos preliminar para o trabalho de Charles Michel e Ursula von der Leyen. “Concordamos que é preciso desenhar um fundo de recuperação que possa acelerar o investimento”, dizem as conclusões da reunião, que deixam explícitas as diferentes visões dos Estados membros relativamente a esse futuro instrumento financeiro “inovador”. “Alguns entendem que deve passar pela emissão conjunta de dívida, outros querem encontrar outras alternativas”, assumiu Centeno. O impasse continua.

 

sirmister

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21 Março 2008
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apan to Pay Companies to Move Production Out of China

Japan will devote more than $2.2 billion of its coronavirus economic stimulus package to incentivize its manufacturers to move their production out of China as relations fray between the neighboring countries in the wake of the coronavirus pandemic.

The record stimulus plan provides $2 billion for manufacturers to transfer production to Japan and over $216 million to help companies move production to other countries. Imports from China, Japan’s biggest trading partner, were down by nearly 50 percent in February as facilities in China closed while the coronavirus ripped through the country.


https://www.nationalreview.com/news/japan-to-pay-companies-to-move-production-out-of-china/
 

Maximus

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8 Agosto 2016
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Bora lá ...

Mas não é só a Holanda ...

https://observador.pt/2020/04/12/italia-quer-levantar-questao-dos-paraisos-fiscais-na-ue-objetivo-sera-o-de-atingir-a-holanda/

Enviado do meu SM-A105FN através do Tapatalk
 

Hulk27

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11 Abril 2012
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Maximus disse:
Bora lá ...

Mas não é só a Holanda ...

https://observador.pt/2020/04/12/italia-quer-levantar-questao-dos-paraisos-fiscais-na-ue-objetivo-sera-o-de-atingir-a-holanda/

Enviado do meu SM-A105FN através do Tapatalk
Artigo 63.o (TFUE)
(ex-artigo 56.o TCE)
1. No âmbito das disposições do presente capítulo, são proibidas todas as restrições aos movimentos de capitais entre Estados-Membros e entre Estados-Membros e países terceiros.
2. No âmbito das disposições do presente capítulo, são proibidas todas as restrições aos pagamentos entre Estados-Membros e entre Estados-Membros e países terceiros.

E tendo em conta que para mudar este artigo é preciso uma unanimidade dos estados membros(Luxemburgo,Irlanda e Holanda) deixo-te advinhar o resultado.
 

Morais

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4 Maio 2017
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Hulk27 disse:
Artigo 63.o (TFUE)
(ex-artigo 56.o TCE)
1. No âmbito das disposições do presente capítulo, são proibidas todas as restrições aos movimentos de capitais entre Estados-Membros e entre Estados-Membros e países terceiros.
2. No âmbito das disposições do presente capítulo, são proibidas todas as restrições aos pagamentos entre Estados-Membros e entre Estados-Membros e países terceiros.

E tendo em conta que para mudar este artigo é preciso uma unanimidade dos estados membros(Luxemburgo,Irlanda e Holanda) deixo-te advinhar o resultado.

Bem aqui penso que já não terá problema algum em responder a certos temas e nesta matéria ao contrário de vírus que sei o básico nesta matéria já tenho algum conhecimento pois fazia parte de minha área académica e profissional.
Pois mas o que o forista mazumus postou não tem nada a ver com isso,claro que a livre circulação dentro da UE é sua ferramenta principal e ideológica de sua existência mas sim de questionar Bruxelas que coloca os paraísos fiscais dora da UE em listas negras e para seus off-shores internos parece que faz de conta que nem sabe.E nesta matéria não é só a Holanda e Irlanda os mais agressivos mas também Luxemburgo e Malta que são países da UE.A Itália faz bem em querer que tal assunto seja mesmo discutido embora eu ache que não vai passar disso mesmo até porque não dá jeito e nem acho oportuno mas há que rever muitos conceitos internos.
A questão da divida soberana da Itália é um caso muito fora da curva e atípico no meio académico pois é totalmente distinto em sua composição dos demais pela particularidade de ser um país com uma das maiores taxas de poupança interna da UE e mesmo assim apresentarem déficits geralmente elevados.

https://www.esquerda.net/artigo/holanda-e-irlanda-entre-os-offshores-mais-agressivos-do-mundo/45993
 

Hulk27

Tribuna Presidencial
11 Abril 2012
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Morais disse:
Bem aqui penso que já não terá problema algum em responder a certos temas e nesta matéria ao contrário de vírus que sei o básico nesta matéria já tenho algum conhecimento pois fazia parte de minha área académica e profissional.
Pois mas o que o forista mazumus postou não tem nada a ver com isso,claro que a livre circulação dentro da UE é sua ferramenta principal e ideológica de sua existência mas sim de questionar Bruxelas que coloca os paraísos fiscais dora da UE em listas negras e para seus off-shores internos parece que faz de conta que nem sabe.E nesta matéria não é só a Holanda e Irlanda os mais agressivos mas também Luxemburgo e Malta que são países da UE.A Itália faz bem em querer que tal assunto seja mesmo discutido embora eu ache que não vai passar disso mesmo até porque não dá jeito e nem acho oportuno mas há que rever muitos conceitos internos.


https://www.esquerda.net/artigo/holanda-e-irlanda-entre-os-offshores-mais-agressivos-do-mundo/45993
O artigo em questão aborda o tema dos paraisos fiscais. O facto do Luigi di Maio querer "punir" os holandeses por terem recusado os famosos coronabonds.  So que e os européistas sabem muito bem que tendo em conta que para mudar os artigos dos tratados é preciso um acordo unanime dos estados membros, nunca havera uma mudança significativa desse paradigma. E como disseste e bem a Irlanda e o Luxemburgo por exemplo tambêm votariam contra.  É o circo habitual para agradar ao povo sabendo na realidade muito bem que não vão  obter nada de significativo. No entanto sim, a evasão fiscal é um problema importante de diversos paises membros. A França por exemplo, perde mais de 100mil milhoes por ano. Para finalizar sobre o teu artigo, a Suiça ja não é um paraiso fiscal. O sector financeiro representa 8-9% do PIB suiço.
 

Morais

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4 Maio 2017
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  • Artur Jorge
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Hulk27 disse:
O artigo em questão aborda o tema dos paraisos fiscais. O facto do Luigi di Maio querer "punir" os holandeses por terem recusado os famosos coronabonds.  So que e os européistas sabem muito bem que tendo em conta que para mudar os artigos dos tratados é preciso um acordo unanime dos estados membros, nunca havera uma mudança significativa desse paradigma. E como disseste e bem a Irlanda e o Luxemburgo por exemplo tambêm votariam contra.  É o circo habitual para agradar ao povo sabendo na realidade muito bem que não vão  obter nada de significativo. No entanto sim, a evasão fiscal é um problema importante de diversos paises membros. A França por exemplo, perde mais de 100mil milhoes por ano.
Na verdade ele pelo que sei não foi tão longe ao dizer que queria punir apenas no que li disse que o tema das offshores e aqui sim direcionou (pois existem outros países que têm) a Holanda que parecem ser os arautos das boas práticas e dos bons costumes mas é somente para trouxas,nem todo o mundo é obrigado a engolir.A questão dos offshores e das listas negras,cinzentas e sei lá mais que cores a UE as conceitua é que ao que parece as offshores suas são uma virtude e as que estão fora da UE já são perniciosas,ora francamente haja lata.E é claro que isso apenas não passará de uma discussão interna como tinha mencionado não acredito que algo seja mudado a curto prazo.Falas nos europeístas achando que ao que parecem querem dinheiro dado e não é bem assim do mesmo modo que nada mudarão em termos de legislação mas também os eurocéticos de plantão podem esperar sentadinhos que a UE não vai acabar e que vão haver muitos impasses,muitas bolas na trave mas no final tudo se arrumará seja com eurobonds ou outra coisa qualquer não há que ter dúvidas sobre isso.
Sim essas evasões fiscais são terríveis e olha nosso Governo segundo leio na imprensa é o terceiro estado da UE com dinheiro em offshores e tal evasão é perto de 1% de nosso PIB.Mas esta questão que leva a pessoas e empresas a colocar dinheiro em paraísos fiscais ultrapassa muito a simples evasão fiscal é algo mais que isso pois envolve ter o dinheiro em lugares "seguros" e fora do sistema,no caso deste quebrar e como sabemos isso pode ocorrer.
 

ixnay

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22 Julho 2006
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Hulk27 disse:
O artigo em questão aborda o tema dos paraisos fiscais. O facto do Luigi di Maio querer "punir" os holandeses por terem recusado os famosos coronabonds.  So que e os européistas sabem muito bem que tendo em conta que para mudar os artigos dos tratados é preciso um acordo unanime dos estados membros, nunca havera uma mudança significativa desse paradigma. E como disseste e bem a Irlanda e o Luxemburgo por exemplo tambêm votariam contra.  É o circo habitual para agradar ao povo sabendo na realidade muito bem que não vão  obter nada de significativo. No entanto sim, a evasão fiscal é um problema importante de diversos paises membros. A França por exemplo, perde mais de 100mil milhoes por ano. Para finalizar sobre o teu artigo, a Suiça ja não é um paraiso fiscal. O sector financeiro representa 8-9% do PIB suiço.
Nós também temos uma versão light de um paraíso fiscal, que é a Madeira. E ainda temos a questão dos impostos reduzidos para reformados franceses, suecos, etc. Já para não falar dos vistos Gold, que permitem comprar um visto europeu a troco de dinheiro.

Na luta pelas eurobonds, creio que se formos à luta por este prisma, não temos hipótese: todos têm os seus rabos de palha. Se queremos lutar contra a posição da Holanda temos que ir pela questão da solidariedade europeia e por aquilo que justificou a criação do projecto europeu.
 

SUPERMLY

Tribuna Presidencial
14 Setembro 2017
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Evasão fiscal sempre houve e sempre haverá.

Aliás hoje é mais dificil escapar ao fisco do que antes embora os volumes financeiros sejam muito superiores.

E a tradição de sociedades mais liberais é permitirem regimes fiscais mais brandos.É ideologia.
Cada 1 por si no melhor e no pior.

Obviamente que essa visão ideologica choca com a ideologia da social democracia em que cada 1 está "obrigado" por todos.

A UE foi criada principalmente para homogeneizar as condições de vida dos europeus, permitindo os desfrutar de um nivel de vida elevado mas também permitir enterrar definitavamente a Historia de disputas e guerras que ocorreram no continente com consequencias catastroficas.

Alem de que a esmagadora maioria dos conflitos na Europa tiveram motivações sociais e economicas.

O que eu condeno é que como se permite que paises com ideais liberais integrem uma UE que defende coisas tão diferentes.

E o mais engraçado é que os paises que agora não querem ser solidários com o sul foram aqueles que mais necessitaram de ser ajudados à 75 anos atrás.

Ainda falam que os EUA é um país de hipocritas...os EUA é um país que exactamente aquilo que sempre foi desde a sua criação com expressão maxima da expansão do Faroeste.

E veio cá salvar o coiro a paises que hoje não querem dar almoços gratis ao sul...2 vezes quando podiam ter feito aquilo que fizeram no Japão.
Enfiavam 4 ou 5 ogivas nucleares no Centro da Europa e ficaria tudo numa vizinhança calma durante 3 ou 4 mil anos!

Pior que não ajudar; é precisar de ajuda, ser ajudado e depois quando chega a altura de retribuir esquece
 

Filipe01

Tribuna Presidencial
26 Março 2012
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Hulk27 disse:
Artigo 63.o (TFUE)
(ex-artigo 56.o TCE)
1. No âmbito das disposições do presente capítulo, são proibidas todas as restrições aos movimentos de capitais entre Estados-Membros e entre Estados-Membros e países terceiros.
2. No âmbito das disposições do presente capítulo, são proibidas todas as restrições aos pagamentos entre Estados-Membros e entre Estados-Membros e países terceiros.

E tendo em conta que para mudar este artigo é preciso uma unanimidade dos estados membros(Luxemburgo,Irlanda e Holanda) deixo-te advinhar o resultado.
Porque haveria de ser necessário mudar o artigo?

Existem diversas formas de se obter outros resultados, haja um consenso alargado entre os outros países europeus.

É mais que altura das grandes empresas mundiais serem taxadas devidamente.
 

Hulk27

Tribuna Presidencial
11 Abril 2012
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ixnay disse:
Nós também temos uma versão light de um paraíso fiscal, que é a Madeira. E ainda temos a questão dos impostos reduzidos para reformados franceses, suecos, etc. Já para não falar dos vistos Gold, que permitem comprar um visto europeu a troco de dinheiro.

Na luta pelas eurobonds, creio que se formos à luta por este prisma, não temos hipótese: todos têm os seus rabos de palha. Se queremos lutar contra a posição da Holanda temos que ir pela questão da solidariedade europeia e por aquilo que justificou a criação do projecto europeu.
Não é so a posição da Holanda outros paises membros não querem dos teus eurobonds. Achas que a Alemanha não se escondeu atras dos holandeses por exemplo ? Quando ainda por cima a Merkel sempre foi contra isso.
 

SUPERMLY

Tribuna Presidencial
14 Setembro 2017
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A UE não precisa só de Eurobonds, precisa de regime fiscal homogeneo para mitigar assimetrias, uma estrategia para a saude até porque este virus só veio por a nu todas as fragilidades na saude mundial(insuficientes recursos para investigação e tratamento de doenças), a situação da emigração e da religião
 

ixnay

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22 Julho 2006
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Hulk27 disse:
Não é so a posição da Holanda outros paises membros não querem dos teus eurobonds. Achas que a Alemanha não se escondeu atras dos holandeses por exemplo ? Quando ainda por cima a Merkel sempre foi contra isso.
Usei a Holanda porque muita gente tem falado que oferecem condições vantajosas às empresas e que por isso é que são contra, etc, etc. Não dá para usar estes argumentos numa mesa negocial, porque muitos países têm também telhados de vidro, incluindo o nosso.

O meu ponto é válido para todos os países que se opuserem aos coronabonds: têm que se tentar negociar pela questão da solidariedade.