Há gajos que passam pelos clubes, sem deixar a sua marca.
Colecionam camisolas, cores, símbolos ao peito, como se fossem cromos numa caderneta.
Há jogadores que andam incessantemente à procura do melhor contrato, da melhor forma de forrar a conta bancária em euros, dólares, rublos, yuans ou outra divisa qualquer.
Há gente que trabalha, sem brio, à espera que o tempo passe por elas. Para quem o dever é uma mera concepção, sem aplicabilidade prática. Para quem perder ou empatar são duas realidades possíveis e naturais do jogo. E por isso as aceitam com um sorriso e cordialidade.
Há atletas que chegam ao fim da carreira e vêm prateleiras vazias, conquistas pontuais e memórias que durarão menos que as bolhas num flute de espumante.
Há homens que sonham, mas não alcançam.
O Jorge foi a antítese disto.
Nós temos memória e não o esqueceremos.
Que descanse em paz.