Declaração de interesses e para memória futura: fui eu quem cortou o Senhor Pinto da Costa, ainda hoje presidente do meu querido Futebol Clube do Porto. Já foi há um ror de anos e da única maneira que conheço - por carta, escrita em bom papel e enviada pelo correio.Há vários tipos de apoiantes do Vilas Boas. A oposição antiga, que sempre odiou o Pinto da Costa. Há alguns assim por aqui. São os mais agressivos. Os "rejeitados" pelo Pinto da Costa que sentem ser este o momento para se vingar (sobretudo ex-jogadores, técnicos, etc) Estes são os mais sonsos. Há os que genuinamente acham que o clube podia ser melhor gerido e que não se deve deixar o PDC ficar no cargo por "gratidão". Há ainda os yupies e restantes jovens fascinados pelo carisma e pela "juventude" do AVB. Este grupo é o maior, sobretudo porque o PDC é um velho. "Múmia" como vocês muito simpaticamente lhe chamam. O clube nos últimos anos ganhou menos do que o habitual e aquela faixa 30-40 só viu o clube no topo da Europa e sente o declínio e atribui toda a responsabilidade ao PDC. Mas estes grupos não chegavam. Daí vêm "os tachos", as "comissões", os "carros novos", as "eleições que vão ser roubadas", etc. O populismo. Com toda a ajuda dos meios dos OCs nacionais, mas com uma boa gestão de comunicação na candidatura do AVB. Claro que colabora com o CM, Record, Bola, etc. Só que é suficientemente inteligente para não parecer muito. Até metem lá um ou outro idiota útil a dizer que o AVB será tão duro com os de Lisboa como o PDC. Isto da comunicação concertada torna-se claro cada vez que há uma boa notícia ou um bom resultado do Porto, lá sai mais uma notícia qualquer para denegrir o PDC. Nem que as tenham que reciclar. Há décadas que é assim com o nosso clube. Só que agora é para intervir nas eleições. Mesmo para o Pinto da Costa perder. O candidato da oposição podia ser qualquer outro. O que eles querem é que o PDC perca. Se não estivessem tão cegos vaim isso.
Dei assim por finda uma relação de muitos anos. As razões ali estão todas escarrapachadas e, uma vez que a carta já não me pertence, só ele as pode revelar.
Para terminar: eu não quero que o PDC perca. Eu quero que o Villas-Boas ganhe o que, parecendo que não, é substancialmente diferente.
Quanto à forma de lidar com a canalha lisboeta, vamos ter que esperar para ver: “ the proof of the pudding is in the eating”.
De qualquer maneira, pior do que tem sido a política de PDC, penosamente complacente, não será, certamente.
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