Orgulho... e diria até mais, PERTENÇA.
Parto sempre do principio que ninguém é mais portista que ninguém por ter um cartão de sócio, desde o colarinho que chega de Mercedes ao Dragão desde ao sem abrigo que vive num raio de ação de duas ruas e guarda o seu velhinho adereço do F.C.Porto e o exibe com todo o orgulho.
Durante anos, talvez pela minha imaturidade, senti realmente que ser sócio ou não era irrelevante, tinha era de estar PRESENTE. Muito dinheirinho junto para comprar bilhetes e seguir com o meu grupo para todo o lado.
Superdragão com orgulho, Ultra como modo de vida, F.C.Porto como meu TUDO. Não chegava dinheiro para nada, nunca poderia ser sócio e com isso talvez falhar um jogo ou outro.
Isso era o que dizia para mim, isso é o que mentia para mim.
Em determinada altura da minha vida, que era a 250km/h, parei para pensar e deduzir se aquele meu conceito estava assim tão certo. Estava errado e a enganar a mim mesmo, quem bebe 30 Super Bocks num fim de semana como eu tem de ter dinheiro para ser sócio, quem fuma o que eu fumava tem de ter dinheiro para ser sócio... enfim, foi toda uma reflexão mais madura que me fez ser sócio do F.C.Porto.
E digo hoje, passado anos, que não há 1000 jogos assistidos que valham o sentido de pertença que é ser sócio do F.C.Porto e ter um papel ativo no dia a dia do Clube.