Na semana passada, tive oportunidade de retirar uma entrada na minha 'bucket list': ir ao Iceland Airwaves. É um festival que se realiza em diversos locais em Reykjavik, entre restaurantes e bares, passando por bancos, igrejas, casas de banho e roulotes de cachorros. A organização aposta, essencialmente, em bandas locais e é incrível a quantidade de bandas geniais que saem de um país tão pequeno.
À exceção de Björk, PJ Harvey, Dizzie Rascal, Kronos Quartet e Warpaint todas outras bandas eram locais, ou com pouquíssima expressão internacional.
Já conhecia muitas das bandas (obrigado Spotify!), mas, como é óbvio, fiquei a conhecer muitas mais. Recomendo as seguintes:
- Amabadama: reggae intergalático (eles dizem, não eu) cantado às vezes em islandês, outras em espanhol, outras em....?
- Aron Can: hip-hop urbano de puto imberbe; rimas exclusivamente em islandês;
- Auður: mais um imberbe que tem sonhos molhados com James Blake, How to Dress Well e....Prince?
- Axel Flóvent: indie folk romântico, ideal para um netflix and chill;
- Emmsjé Gauti: hip-hop musculado e agressivo; o gajo é uma lenda. Nem gosto grande coisa de hip-hop, mas fiquei estarrecido com a performance;
-FM Belfast: infelizmente não os consegui apanhar, pois já estava a voar para casa, mas, segundo as crónicas, partiram tudo, como é comum. Sabem aqueles Sábados à noite em que já estão com uma cerveja a mais e só vos apetece dançar ao som de dance pop dos anos 90, mas ainda não estão suficientemente bêbados para o admitir? Peçam ao DJ FM Belfast e ficam com o problema resolvido;
- Fufanu: rock-roll irónico e vintage. Concertão, mas tiveram o desplante de não tocarem 'aquela'. Aquela é uma música em colaboração com Damon Albarn, que vos fica agarrada ao ouvido durante semanas a fio;
-GKR: mais hip-hop imberbe - agora imaginem se gostasse do estilo?
- Hildur: música pop de menina bonita; que mais se pode pedir?
- Kiasmos: projeto eletrónico de Olafúr Arnalds. Eletrónica depressiva que dá vontade de dançar. Muito provavelmente a minha terceira banda islandesa favorita. Não apanhei o concerto, pois decidiram mudar o calendário, sem me avisarem...
- Máni Orrason: tens 18 anos, estás apaixonado, amor não correspondido, ficas deprimido, pegas numa guitarra e encarnas o Máni;
- Myrra Rós: indie folk à melhor maneira islandesa; voz angelical, só apreciável com silêncio absoluto;
- Ölof Arnalds: ver descrição acima, com o acrescento do concerto ter acontecido na mais antiga igreja de Reykjavik;
- Samaris: apesar do nome, bear with me, é minha segunda banda islandesa favorita; eletrónica, voz assustadoramente angelical e clarinete. Arrepia só de pensar;
- Sturla Atlas: Mais hip-hop, mas desta vez de estádio e de grande cidade;
- Sóley: Após 35 minutos à chuva, consegui entrar num espaço reservado para apenas 50 pessoas e assistir ao maravilhoso reportório de canções da interessantíssima Sóley; indie folk para ouvir à lareira com a cara metade;
De nada!