SABE QUAL É O GOLO DA VIDA DE MANICHE?
O pontapé em questão faz 13 anos e rivaliza com o que o médio marcou ao Sporting de Braga na inauguração do Estádio AXA
?Texto: Tiago Soares
Médio de remate fácil, poderoso e colocado, Maniche chegou ao FC Porto como uma bicada ao grande rival, mas não demorou muito tempo a tornar-se um dos jogadores em destaque da equipa de sonho orientada por José Mourinho. Uma das figuras incontornáveis da formação que venceu, entre 2002/03 e 2004/05, uma Taça UEFA, uma Liga dos Campeões e uma Taça Intercontinental, teve uma carreira no clube tão polvilhada por grandes momentos que a escolha do golo da sua vida foi complicada
Felizmente, ao serviço do FC Porto, marquei muitos golos e vários deles bonitos. É difícil escolher um em particular, disse o antigo médio portista. Após alguma insistência da DRAGÕES, conseguiu selecionar dois: um deles, o mais bonito o golo que marquei em Braga, na inauguração do Estádio Axa, em que nós ganhámos (3-0) e eu fiz o primeiro golo (a 17/01/2004, para a Liga portuguesa) e o outro, o mais emotivo, que fica, para todos os efeitos, como o golo da sua vida: O que teve mais emoção foi, sem dúvida, o 1-1 contra a Lazio, recordou.
Situemo-nos: a 10 de Abril de 2003, no mítico Estádio das Antas, disputava-se a primeira mão das meias-finais da Taça UEFA e o jogo era o FC Porto-Lazio. Num encontro chuvoso, Claudio López inaugurou o marcador aos seis minutos e arrefeceu os ânimos do Dragão. Mas, aos dez minutos da partida, a maré do jogo começou a favorecer os azuis e brancos com um remate fabuloso de Maniche, em arco, ao qual um dos melhores guarda-redes do Mundo de então, Peruzzi, nada pôde fazer.
O golo catapultou o FC Porto para uma exibição de sonho. Maniche recordou a partida: Fizemos um jogo brilhante. Ganhámos 4-1 e foi um dos melhores jogos que realizámos no ambiente absolutamente fantástico do Estádio das Antas. É inesquecível o que passámos nesse estádio: nem consigo explicar o que era jogar lá - a emoção, o sentimento, os adeptos a empurrar a equipa, antes e durante o jogo.
O encontro terminou com um resultado de 4-1, com Derlei (por duas vezes) e Hélder Postiga a fazerem companhia a Maniche na lista de marcadores. O empate a zero, em Roma, confirmou a presença na final de Sevilha, com o Celtic, que os Dragões venceram por 3-2, num prenúncio da temporada que viria em 2003/04. Sinto-me um privilegiado por fazer parte da história desta instituição. Sou mais um de muitos, porque o FC Porto teve, ao longo da sua história, grandes jogadores.
Texto publicado na rubrica Golo da Minha Vida, da edição de Julho de 2014 da revista Dragões, publicação oficial do FC Porto.
O pontapé em questão faz 13 anos e rivaliza com o que o médio marcou ao Sporting de Braga na inauguração do Estádio AXA
?Texto: Tiago Soares
Médio de remate fácil, poderoso e colocado, Maniche chegou ao FC Porto como uma bicada ao grande rival, mas não demorou muito tempo a tornar-se um dos jogadores em destaque da equipa de sonho orientada por José Mourinho. Uma das figuras incontornáveis da formação que venceu, entre 2002/03 e 2004/05, uma Taça UEFA, uma Liga dos Campeões e uma Taça Intercontinental, teve uma carreira no clube tão polvilhada por grandes momentos que a escolha do golo da sua vida foi complicada
Felizmente, ao serviço do FC Porto, marquei muitos golos e vários deles bonitos. É difícil escolher um em particular, disse o antigo médio portista. Após alguma insistência da DRAGÕES, conseguiu selecionar dois: um deles, o mais bonito o golo que marquei em Braga, na inauguração do Estádio Axa, em que nós ganhámos (3-0) e eu fiz o primeiro golo (a 17/01/2004, para a Liga portuguesa) e o outro, o mais emotivo, que fica, para todos os efeitos, como o golo da sua vida: O que teve mais emoção foi, sem dúvida, o 1-1 contra a Lazio, recordou.
Situemo-nos: a 10 de Abril de 2003, no mítico Estádio das Antas, disputava-se a primeira mão das meias-finais da Taça UEFA e o jogo era o FC Porto-Lazio. Num encontro chuvoso, Claudio López inaugurou o marcador aos seis minutos e arrefeceu os ânimos do Dragão. Mas, aos dez minutos da partida, a maré do jogo começou a favorecer os azuis e brancos com um remate fabuloso de Maniche, em arco, ao qual um dos melhores guarda-redes do Mundo de então, Peruzzi, nada pôde fazer.
O golo catapultou o FC Porto para uma exibição de sonho. Maniche recordou a partida: Fizemos um jogo brilhante. Ganhámos 4-1 e foi um dos melhores jogos que realizámos no ambiente absolutamente fantástico do Estádio das Antas. É inesquecível o que passámos nesse estádio: nem consigo explicar o que era jogar lá - a emoção, o sentimento, os adeptos a empurrar a equipa, antes e durante o jogo.
O encontro terminou com um resultado de 4-1, com Derlei (por duas vezes) e Hélder Postiga a fazerem companhia a Maniche na lista de marcadores. O empate a zero, em Roma, confirmou a presença na final de Sevilha, com o Celtic, que os Dragões venceram por 3-2, num prenúncio da temporada que viria em 2003/04. Sinto-me um privilegiado por fazer parte da história desta instituição. Sou mais um de muitos, porque o FC Porto teve, ao longo da sua história, grandes jogadores.
Texto publicado na rubrica Golo da Minha Vida, da edição de Julho de 2014 da revista Dragões, publicação oficial do FC Porto.