Por isso é que se mudou logo a seguir. O ano do Co foi um fluke. Basta ver que nos jogos grandes ficamos sempre aquém do potencial da equipa, assim como muitas vezes se sentia que passávamos muitos dos jogos perto do desastre. Era um modelo sem qualquer viabilidade para jogar competições europeias. Os anos do Jesualdo vieram confirmar que a nossa estabilidade é no 433, nisso o Jesualdo não inventou e teve sucesso aqui sem deslumbrar como técnico. Era um tipo inteligente e racional.
Ganhámos ao Inter de Milão cá e lá estivemos a ganhar. Muitos dos maus resultados em jogos grandes tiveram mais a ver com a muita juventude e inexperiência de muitos jogadores (Pepe, Raul Meireles, Bosingwa, Diego, Quaresma, etc.) do que com outra coisa qualquer.
O Inter de Milão joga agora com 3 centrais, passeia em Itália, é a equipa que menos golos sofreu até agora na Champions (3), foi à final há duas épocas e agora está com um pé nas meias.
Vitor Pereira tem feito uma recuperação espectacular no Wolverhampton, a jogar em 3-4-3 ou 3-4-2-1, os 3 centrais não têm incomodado nada, antes pelo contrário.
O actual treinador do Milan, o melhor resultado que fez desde que lá chegou, de longe, foi em 3-4-3 contra a Udinese, fora, 4-0, sem espinhas.
A ideia de que com 3 centrais se está sempre perto do desastre é uma falsa questão, os casos que referi mostram isso, e muitos outros poderia referir. Pode ter-se muito sucesso a jogar em 3-4-3, 3-5-2 e variantes. É um facto.