Neste momento, parece-me evidente que sairá mais caro continuar a pagar pela adaptação do atual treinador ao futebol europeu do que assumir o custo da sua saída. Ao fim de seis meses, não há absolutamente nada no futebol praticado que aponte para uma equipa capaz de lutar, sequer, por um lugar de acesso à Liga dos Campeões.
A confusão tática proposta aos jogadores é de tal ordem que, enquanto adepto, só consigo ver as suas fragilidades aumentarem de jogo para jogo.
Não conseguimos cumprir com o mínimo exigido a um clube da nossa dimensão. E já não consigo atribuir essa responsabilidade apenas ao plantel - porque, sejamos honestos, temos mais do que qualidade suficiente para ganhar (e convencer) frente ao Felgueiras, ao Riga, a uma equipa marroquina, ou até a um grupo de amigos que se juntou para jogar em Miami.
Viriam lágrimas aos olhos com um 4-3-3 bem definido, jogadores a saberem exactamente o que fazer, uma ideia de jogo com lógica, identidade e consistência. Com alguém que, mesmo sem grande carisma, fosse capaz de construir uma base sólida para o futuro. E é precisamente isso que mais falta nos faz neste momento: alguém que simplifique, organize e dê rumo a um plantel que parece completamente perdido no meio do caos táctico em que vive.
