Treinador do FC Porto está determinado em continuar e melhorar a equipa, trabalhando com as caras novas que vão chegar
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O treinador não abdica nem da luta, nem do contrato. A bola está, agora, do lado da direção.
Martín Anselmi não atira a toalha ao chão. Apesar da decepcionante prestação do FC Porto no Mundial de Clubes, onde os dragões falharam os objetivos mínimos definidos e, por isso, o argentino viu a sua posição fragilizada, o treinador mantém-se firme e determinado em continuar o projeto. Sob críticas ferozes dos adeptos, que o acusam de não estar à altura do emblema azul e branco, Anselmi não vacila: quer ficar, trabalhar com os reforços prometidos e mostrar que pode devolver a equipa à rota das vitórias.
O empate com o Al Ahly, que ditou a eliminação precoce da prova, foi mais um golpe duro para o treinador, mas também um sinal de que está disposto a mudar. A alteração tática nesse encontro, ainda que insuficiente, revelou uma flexibilidade estratégica que não passou despercebida.
Antes desse jogo, Anselmi foi claro: “É difícil ver-me rendido. Eu e a minha equipa técnica temos a consciência muito tranquila sobre darmos tudo pelo clube. Sabemos o que nos falta e o que temos de modificar para a próxima temporada.”Já no final do encontro do adeus ao Mundial foi mais evasivo, vincando que não era “o momento” de falar no seu futuro.
O treinador, sabe
Record, acredita que o futuro pode ser risonho, mas também chama a SAD portista à pedra, reclamando a promessa de investimento no reforço da equipa que deve perder, entre outros, Marcano e Fábio Vieira. A melhoria do plantel passa pela chegada de reforços de qualidade, o que garantirá a desejada estabilidade do projeto. De resto, Martín Anselmi, que tem contrato com os dragões até 2027, não pretende abdicar de um cêntimo caso seja afastado do comando técnico, ele que representará um custo total de cerca de 7,1 milhões de euros para o clube, entre ordenados (2M€/ano) e a indemnização a pagar ao Cruz Azul, do México, (3,1M€) pela sua contratação.
O treinador não abdica nem da luta, nem do contrato. A bola está, agora, do lado da direção.
Prémio superou o da UEFA
Eliminado na fase de grupos depois de registar dois empates e uma derrota, o FC Porto abandona o Mundial de Clubes com 18,4 milhões de euros (brutos) em caixa. Mais do que ganhou na última época na Liga Europa, onde arrecadou 16,4 milhões de euros.
Na realidade, nos Estados Unidos a equipa de Martín Anselmi somou ‘apenas’ 1,7 milhões de euros, decorrentes dos empates com o Palmeiras (0-0), na primeira jornada, e com o Al Ahly (4-4). O restante refere-se ao prémio de presença pago pela FIFA, que no caso dos dragões foi de 16,7 milhões de euros.
Uma vitória na fase de grupos rende dois milhões de dólares (1,73 milhões de euros ao câmbio atual) e o empate um milhão de dólares (860 mil euros).A presença nos oitavos de final renderia mais 6,47 milhões.