Estou como de costume ao fim de semana na Maia e chove de caraças mas de carro, metro ou se fosse necessário a pé irei ao Porto votar.
Só não votei uma vez, referendo ao aborto, mas aí entrou a minha consciência porque embora seja a favor da lei não poderia em consciência participar, há o voto em branco ou nulo mas não gosto disso, porque se eu e a minha irmã gémea e também a minha filha mais velha estamos aqui é porque houve consciência (no caso da minha irmã e eu) do meu pai em não sugerir tal situação, ele era ainda casado mas amava a minha mãe com quem ainda casou antes de eu nascer, era fácil sugerir o aborto mas não o fez. No meu caso foi quase idêntico, só que era solteiro, não se pode dizer que amava a mãe da minha filha mas pensando estava ali a desenvolver-se um ser que não pediu para ser gerado mas que o foi de forma consciente da mãe e de mim próprio.
Há casos em que se justifica a interrupção da gravidez, e são vários casos diferentes, mas não o meu, da minha irmã e da minha filha - daí ter feito o que fiz no referendo, não compareci.
E....recordei agora, falhei outra a reeleição de Cavaco, votar nele jamais mas ia ganhar de largo... - mas fiz mal, votar não significa que votemos apenas quando temos a convicção que vamos eleger o vencedor, votar nem que seja num derrotado à partida é termos consciência de um direito e obrigação cívica.
E para aquees que não vão votar porque não se reveem em nenhum fazem mal porque há sempre um mal menor - mal comparado ou bem quem já esteve a ver uma competição desportiva seja futebol ou não e nunca torceu por nenhum por pouco que seja? Devem ser muito poucos.