Política Nacional

John Wick

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31 Outubro 2019
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O Chega vai ser o RN português. Vai servir a controlar a oposição e impedir a subida de uma verdadeira alternativa. E a situação em Portugal parece ser ainda pior que em França. Em França ainda tens pessoas de esquerda e direita que tentam educar o povo(Emmanuel Todd, François Asselineau, Jacques Sapir, Olivier Delamarche, Frédéric Lordon,etc).
Não conheço a realidade francesa a esse nível, não tenho uma visão clara. Aqui em Portugal, claramente, a direita está já estava bastante fraccionada, mesmo dentro dos próprios partidos e o PSD acaba sempre por ser o grande prejudicado, pois não vai ter qualquer tipo de hipótese de ser uma alternativa ao PS. Este acordo com o Chega nos Açores só serviu para criar ainda mais divisão dentro do próprio partido. Há também uma incapacidade brutal no centro-direita para captar eleitores na classes baixas trabalhadoras e movimentos como o Chega naturalmente, através da demagogia e de mais populismo, exploram este vazio e captam eleitorado nestas classes.
Ainda não sei o que está na génese do nascimento do Chega em Portugal, não vejo de todo que tenham um potencial de crescimento para sequer algum dia serem a oposição. Ao PS, não interessará um grande crescimento do Chega, mas por outro lado, como já referiste, pode perfeitamente servir para controlar a oposição e reforçar o poder do PS no centro da política portuguesa. À direita portuguesa, interessaria mais, captar parte do eleitorado do Chega e descredibilizar o partido através de uma confrontação com as suas incoerências e fragilidades ideológicas. Naturalmente que António Costa, muito sabedor, vai aproveitar o Chega para descredibilizar e atacar o PSD, como ainda recentemente o fez.
 
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MONDragão

Tribuna
2 Junho 2016
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Minho
Tem um pouco disso mas não é somente isso,O André Ventura é o típico representante do chico-espertismo tuga,aproveitou-se de algum mediatismo televisivo "naquele canal bosta,mas popular" e aliou-se a uma claque de futebol que por sinal e infelizmente é mais numerosa do país ,espalhando e destilando ódios e venenos e viu que isso lhe dava votos e estamos a ver ,que dá mesmo_O caso dos ciganos,os cartazes xenófobos isso são apenas pequenas demonstrações populistas para enganar trouxa e aliás como temos trouxas,é sempre bom relembrar os mais desavisados. Agora tambem considero algo histérico a geringonça de esquerda vir reclamar da geringonça de direita,não acho coerente nem vem ao caso algumas diferenças, mas no fundo não são assim tantas.
O populismo do Aventura vai crescer dentro do PSD, minando-o com falas mansas e suaves, e acabará por fazer baixar os votantes nesta área.
O Rio correu um risco desnecessário ao permitir a aliança nos Açores.
Os primeiros a pagar serão os mais vulneráveis que usufruem do RSI uma vez que para os aventuras desta vida tudo farão para o estado não pode ajudar quem não trabalha.
Quanto à redução de deputados, sem reforma do sistema eleitoral, não é mais do que deitar areia para os olhos das pessoas e será impraticável já que o PS será pressionado pela esquerda para manter o atual nº.
 
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John Wick

Tribuna
31 Outubro 2019
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Tem um pouco disso mas não é somente isso,O André Ventura é o típico representante do chico-espertismo tuga,aproveitou-se de algum mediatismo televisivo "naquele canal bosta,mas popular" e aliou-se a uma claque de futebol que por sinal e infelizmente é mais numerosa do país ,espalhando e destilando ódios e venenos e viu que isso lhe dava votos e estamos a ver ,que dá mesmo_O caso dos ciganos,os cartazes xenófobos isso são apenas pequenas demonstrações populistas para enganar trouxa e aliás como temos trouxas,é sempre bom relembrar os mais desavisados.Agora tambem considero algo histérico a geringonça de esquerda vir reclamar da geringonça de direita,não acho coerente nem vem ao caso algumas diferenças,mas no fundo não são assim tantas.
Sim, não é só aquilo, mas é logo o suficiente para percebermos que o Chega não merece espaço na democracia. O André Ventura tem as declarações que tem, não porque ele é fascista, racista ou xenófobo, mas porque quer captar esse tipo de eleitores, a malta de extrema-direita que estava resignada aos PNR's desta vida. Depois também se aproveitam da falta de atenção que os políticos dão a questões triviais da vida de trabalhadores portugueses e de determinadas classes para crescerem.

Quanto à comparação com a "geringonça da esquerda", acho que não faz sentido, os perigos do Bloco e do PCP são muito mais a nível económico do que a nível de questões sociais e humanitárias. Posso estar enganado, mas não me recordo de qualquer tipo de proposta ou discussão no Bloco e no PCP acerca de questões como a pena de morte, castração química, etc. Para mim há uma separação clara.

Acho que potencial de crescimento do Chega é limitado, muito provavelmente não vão crescer mais do que isto, por pouco instruída que a população possa ser, há princípios básicos que farão que o crescimento do Chega acabe por cessar.
 

Morais

Tribuna Presidencial
4 Maio 2017
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Sim, não é só aquilo, mas é logo o suficiente para percebermos que o Chega não merece espaço na democracia. O André Ventura tem as declarações que tem, não porque ele é fascista, racista ou xenófobo, mas porque quer captar esse tipo de eleitores, a malta de extrema-direita que estava resignada aos PNR's desta vida. Depois também se aproveitam da falta de atenção que os políticos dão a questões triviais da vida de trabalhadores portugueses e de determinadas classes para crescerem.

Quanto à comparação com a "geringonça da esquerda", acho que não faz sentido, os perigos do Bloco e do PCP são muito mais a nível económico do que a nível de questões sociais e humanitárias. Posso estar enganado, mas não me recordo de qualquer tipo de proposta ou discussão no Bloco e no PCP acerca de questões como a pena de morte, castração química, etc. Para mim há uma separação clara.

Acho que potencial de crescimento do Chega é limitado, muito provavelmente não vão crescer mais do que isto, por pouco instruída que a população possa ser, há princípios básicos que farão que o crescimento do Chega acabe por cessar.
Os maiores aliados do Chega são a cada vez menos relevância política do CDS (quase em extinção) e o facto do PSD ter uma liderança fraca pois sem tal o PSD nunca existiu.
Sim se não derem muita atenção ao Chega não creio que durem mais que 2/3 cilos eleitorais o problema é que o simples facto de os querer ter á margem e na clandestinidade por incrível que pareça só os faz e fará crescer,a verdade é que estão a dar um relevo que tal Partido não tem e acredito que nunca terá,eles querem é estar na mídia e o tema é secundário eles nada têm a perder e esse tipo de perfil é extremamente perigoso.
 
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Ruben1893

Neste clube,é impossível pensar que não é possível
24 Julho 2019
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Exacto. Ia mesmo votar uma congratulação pelo dia em que a Europa se vendeu definitivamente ao império dos EUA.
Estamos juntos camarada

O Muro devia de estar de pé e a múmia de Stalin devia de governar a Mother Russia
 

Tony_Gomes9

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25 Julho 2020
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Sim, não é só aquilo, mas é logo o suficiente para percebermos que o Chega não merece espaço na democracia. O André Ventura tem as declarações que tem, não porque ele é fascista, racista ou xenófobo, mas porque quer captar esse tipo de eleitores, a malta de extrema-direita que estava resignada aos PNR's desta vida. Depois também se aproveitam da falta de atenção que os políticos dão a questões triviais da vida de trabalhadores portugueses e de determinadas classes para crescerem.

Quanto à comparação com a "geringonça da esquerda", acho que não faz sentido, os perigos do Bloco e do PCP são muito mais a nível económico do que a nível de questões sociais e humanitárias. Posso estar enganado, mas não me recordo de qualquer tipo de proposta ou discussão no Bloco e no PCP acerca de questões como a pena de morte, castração química, etc. Para mim há uma separação clara.

Acho que potencial de crescimento do Chega é limitado, muito provavelmente não vão crescer mais do que isto, por pouco instruída que a população possa ser, há princípios básicos que farão que o crescimento do Chega acabe por cessar.
Eu não sou e nunca fui eleitor nem de BE nem do PCP mas concordo que é uma tremenda falta de sensatez tentar por no mesmo prato a geringonça de esquerda com esta pseudo-aliança patrocinada pelo PSD. Como disseste, e bem, as grandes divisões até hoje nos partidos portugueses passavam muito por projetos económicos distintos, mas com um fim social e humanitário relativamente comum no nosso contexto nacional .Apesar de uma política externa desastrosa, no contexto nacional isso é um capital que não se pode negar ao PCP (pelo papel que teve na queda do regime fascista no passado e que tem hoje na sua convicção pela defesa dos trabalhadores a nível sindical) ou ao BE (um partido mais vazio a nível estrutural, muito imaturo e sem um projeto politico concreto, considero-o mais um partido de causas mas, apesar disso, de causas com intenções humanitárias). O Chega representa a total antítese disto, não so é ainda mais perigoso a nível da política externa por se aliar a a grupos de extrema direita totalitária anti-europeus, a nível nacional cresce precisamente sob o romper com essas ideologias sociais comuns, com a ostracização de minorias e quebra de valores constitucionais absolutos no nosso país desde o nascimento da nossa democracia.

Tempos loucos os que vivemos em que me sinto sempre na "obrigação" de referir o que para mim parecia óbvio e ter de fazer o papel de "advogado do diabo" a defender estes partidos...

Infelizmente, discordo quando referes que o crescimento do Chega é limitado; seria se o PSD não se tivesse vendido. Mas já desde os tiques absolutistas quase-sádicos da Maria Luís Albuquerque e, em muito menor grau, de Passos Coelho, que se percebia uma deriva do PSD que rompia com o seu historial de social-democracia: o Ventura é um filho desta deriva e agora pelas mãos de Rio vai comer o PSD e "regressar a casa", conquistando eleitorado sob essa bandeira. Uma vergonha.

Também por isto foi importante ver aquela carta assinada por algumas personalidades, numa tentativa para já ainda fruste da direita tradicional e humanista começar a marcar posição perante a avalanche que vem aí.
E ouvir o Carlos Guimarães Pinto estes dias na TV e nas redes sociais a demarcar-se absolutamente de qualquer associação com o Chega faz-me ter esperança que o crescimento da IL possa representar o aparecimento de uma verdadeira alternativa, que liberte os portugueses de terem de escolher entre esta aberração de aliança PSD-Chega ou um PS que se agigantou e estendeu os seus tentáculos a tudo o que sao instituições publicas, numa corrupção perversa da separação de poderes que vai prolongar a nossa estagnação sócio-economica. Quero acreditar que ainda há esperança para os moderados deste país.
 

John Wick

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Eu não sou e nunca fui eleitor nem de BE nem do PCP mas concordo que é uma tremenda falta de sensatez tentar por no mesmo prato a geringonça de esquerda com esta pseudo-aliança patrocinada pelo PSD. Como disseste, e bem, as grandes divisões até hoje nos partidos portugueses passavam muito por projetos económicos distintos, mas com um fim social e humanitário relativamente comum no nosso contexto nacional .Apesar de uma política externa desastrosa, no contexto nacional isso é um capital que não se pode negar ao PCP (pelo papel que teve na queda do regime fascista no passado e que tem hoje na sua convicção pela defesa dos trabalhadores a nível sindical) ou ao BE (um partido mais vazio a nível estrutural, muito imaturo e sem um projeto politico concreto, considero-o mais um partido de causas mas, apesar disso, de causas com intenções humanitárias). O Chega representa a total antítese disto, não so é ainda mais perigoso a nível da política externa por se aliar a a grupos de extrema direita totalitária anti-europeus, a nível nacional cresce precisamente sob o romper com essas ideologias sociais comuns, com a ostracização de minorias e quebra de valores constitucionais absolutos no nosso país desde o nascimento da nossa democracia.

Tempos loucos os que vivemos em que me sinto sempre na "obrigação" de referir o que para mim parecia óbvio e ter de fazer o papel de "advogado do diabo" a defender estes partidos...

Infelizmente, discordo quando referes que o crescimento do Chega é limitado; seria se o PSD não se tivesse vendido. Mas já desde os tiques absolutistas quase-sádicos da Maria Luís Albuquerque e, em muito menor grau, de Passos Coelho, que se percebia uma deriva do PSD que rompia com o seu historial de social-democracia: o Ventura é um filho desta deriva e agora pelas mãos de Rio vai comer o PSD e "regressar a casa", conquistando eleitorado sob essa bandeira. Uma vergonha.

Também por isto foi importante ver aquela carta assinada por algumas personalidades, numa tentativa para já ainda fruste da direita tradicional e humanista começar a marcar posição perante a avalanche que vem aí.
E ouvir o Carlos Guimarães Pinto estes dias na TV e nas redes sociais a demarcar-se absolutamente de qualquer associação com o Chega faz-me ter esperança que o crescimento da IL possa representar o aparecimento de uma verdadeira alternativa, que liberte os portugueses de terem de escolher entre esta aberração de aliança PSD-Chega ou um PS que se agigantou e estendeu os seus tentáculos a tudo o que sao instituições publicas, numa corrupção perversa da separação de poderes que vai prolongar a nossa estagnação sócio-economica. Quero acreditar que ainda há esperança para os moderados deste país.
Eu não consigo ver o Chega a crescer muito mais que isto e atingir o nível de um PSD, por exemplo, acho completamente utópico, até porque há uma boa parte da direita que repudia o Chega.

Acho que fundamentalmente falta à direita centrista, um líder carismático que agregue valores comuns. O CDS tinha a opção de se modernizar e traçar um caminho mais liberal e não tanto conservador com o Adolfo Mesquita Nunes, mas preferiu optar pelo Chicão. Sinceramente, acho que estão destinados à extinção. Para mim o futuro da direita passa pela agregação dos sociais-democratas e dos liberais e alguns conservadores. Se assim for e se conseguirem resgatar parte do eleitorado do Chega, que não deveria interessar apenas à direita, mas também à esquerda, e o PCP tem perdido muita da capacidade que tinha para atrair a classe trabalhadora, o Bloco apesar de tudo é mais elitista, mas o PS tinha também obrigação de procurar captar este tipo de eleitorado, mas dificilmente o vai conseguir fazer.
 
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Tony_Gomes9

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25 Julho 2020
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Eu não consigo ver o Chega a crescer muito mais que isto e atingir o nível de um PSD, por exemplo, acho completamente utópico, até porque há uma boa parte da direita que repudia o Chega.

Acho que fundamentalmente falta à direita centrista, um líder carismático que agregue valores comuns. O CDS tinha a opção de se modernizar e traçar um caminho mais liberal e não tanto conservador com o Adolfo Mesquita Nunes, mas preferiu optar pelo Chicão. Sinceramente, acho que estão destinados à extinção. Para mim o futuro da direita passa pela agregação dos sociais-democratas e dos liberais e alguns conservadores. Se assim for e se conseguirem resgatar parte do eleitorado do Chega, que não deveria interessar apenas à direita, mas também à esquerda, e o PCP tem perdido muita da capacidade que tinha para atrair a classe trabalhadora, o Bloco apesar de tudo é mais elitista, mas o PS tinha também obrigação de procurar captar este tipo de eleitorado, mas dificilmente o vai conseguir fazer.
O CDS ficou entregue ao vazio do Chicão. E quem acompanhou os discursos e posições da Juventude Popular (ou até JSD, meu deus...) percebe que o CDS atual é pouco mais do que um Chega com melhor fashion-sense e que a posição do partido é muito mais a linha da verborreia diária do cromo do Nuno Melo do que o discurso centrista dos seus fundadores. Se o CDS de Freitas do Amaral ainda existisse, tinha tomado as rédeas do centro-direita que ficou completamente órfão e encostava o PSD ao seu filho endiabrado que é o Chega; mas o partido morreu com o fim do culto a Portas e tenho sérias duvidas que revitalize com um líder novo enquanto não fizer uma "limpeza" das suas bases.

Eu concordo que o crescimento do Chega a um nível de "grande partido" como o PSD é utópico, mas atualmente pouco se começam a distinguir e um vai crescer em relação ao outro de tal forma que tornará inviável um governar sem o outro. Serão siameses políticos, a refletir o que acontece neste momento em Espanha. Aliás, Nuno Sarmento ainda hoje fez questão de vir À praça publica dizer isso e o vice do PSD estes dias passou de um ilustre desconhecido a um porta-voz desta mensagem em tudo o que é meio de comunicação, qual arauto da desgraça a comunicar ao povo o fim do partido sem que o próprio se aperceba do mesmo. Que espetáculo triste.

Esse futuro que referes, da coligação liberais + social-democratas + alguns conservadores, é num projeto que, ainda acrescento eu, pode perfeitamente encaixar eleitorado tradicionalmente do centro-esquerda, e tornar-se verdadeiramente uma alternativa ao projeto politico ao PS no centro do espectro político. Espero que a IL tenha essa capacidade a curto-prazo porque bem vai ser precisa, basta moderar um pouco os radicalismo ideológicos nas políticas económicas e é um projeto com muitas pernas para andar num país que exaspera por um projeto desse tipo.
 
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Hulk27

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Eu não sou e nunca fui eleitor nem de BE nem do PCP mas concordo que é uma tremenda falta de sensatez tentar por no mesmo prato a geringonça de esquerda com esta pseudo-aliança patrocinada pelo PSD. Como disseste, e bem, as grandes divisões até hoje nos partidos portugueses passavam muito por projetos económicos distintos, mas com um fim social e humanitário relativamente comum no nosso contexto nacional .Apesar de uma política externa desastrosa, no contexto nacional isso é um capital que não se pode negar ao PCP (pelo papel que teve na queda do regime fascista no passado e que tem hoje na sua convicção pela defesa dos trabalhadores a nível sindical) ou ao BE (um partido mais vazio a nível estrutural, muito imaturo e sem um projeto politico concreto, considero-o mais um partido de causas mas, apesar disso, de causas com intenções humanitárias). O Chega representa a total antítese disto, não so é ainda mais perigoso a nível da política externa por se aliar a a grupos de extrema direita totalitária anti-europeus, a nível nacional cresce precisamente sob o romper com essas ideologias sociais comuns, com a ostracização de minorias e quebra de valores constitucionais absolutos no nosso país desde o nascimento da nossa democracia.

Tempos loucos os que vivemos em que me sinto sempre na "obrigação" de referir o que para mim parecia óbvio e ter de fazer o papel de "advogado do diabo" a defender estes partidos...

Infelizmente, discordo quando referes que o crescimento do Chega é limitado; seria se o PSD não se tivesse vendido. Mas já desde os tiques absolutistas quase-sádicos da Maria Luís Albuquerque e, em muito menor grau, de Passos Coelho, que se percebia uma deriva do PSD que rompia com o seu historial de social-democracia: o Ventura é um filho desta deriva e agora pelas mãos de Rio vai comer o PSD e "regressar a casa", conquistando eleitorado sob essa bandeira. Uma vergonha.

Também por isto foi importante ver aquela carta assinada por algumas personalidades, numa tentativa para já ainda fruste da direita tradicional e humanista começar a marcar posição perante a avalanche que vem aí.
E ouvir o Carlos Guimarães Pinto estes dias na TV e nas redes sociais a demarcar-se absolutamente de qualquer associação com o Chega faz-me ter esperança que o crescimento da IL possa representar o aparecimento de uma verdadeira alternativa, que liberte os portugueses de terem de escolher entre esta aberração de aliança PSD-Chega ou um PS que se agigantou e estendeu os seus tentáculos a tudo o que sao instituições publicas, numa corrupção perversa da separação de poderes que vai prolongar a nossa estagnação sócio-economica. Quero acreditar que ainda há esperança para os moderados deste país.
Na realidade até muitas figuras da esquerda europeia são contra a UE( ser anti UE não é ser anti-europeu). Vêm com a treta habitual de mudar a UE porque sabem muito bem que é muito dificil em diversos países sobretudo numa situação em que Drahis e companhia compraram imensos canais/ jornais ser mediatizado com um verdadeiro discurso soberanista. Esses bilionários como é obvio não querem em grande parte ouvir falar de um saida porque a UE tem tratados que favorece por exemplo os movimentos de capitais/evasão fiscal. Os únicos que defendem verdadeiramente a UE são os Macrons (liberais/federalistas) desta vida...São os mesmos que destruiram os serviços públicos em diversos países, as industrias, a agricultura,etc.
 
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Eu não consigo ver o Chega a crescer muito mais que isto e atingir o nível de um PSD, por exemplo, acho completamente utópico, até porque há uma boa parte da direita que repudia o Chega.

Acho que fundamentalmente falta à direita centrista, um líder carismático que agregue valores comuns. O CDS tinha a opção de se modernizar e traçar um caminho mais liberal e não tanto conservador com o Adolfo Mesquita Nunes, mas preferiu optar pelo Chicão. Sinceramente, acho que estão destinados à extinção. Para mim o futuro da direita passa pela agregação dos sociais-democratas e dos liberais e alguns conservadores. Se assim for e se conseguirem resgatar parte do eleitorado do Chega, que não deveria interessar apenas à direita, mas também à esquerda, e o PCP tem perdido muita da capacidade que tinha para atrair a classe trabalhadora, o Bloco apesar de tudo é mais elitista, mas o PS tinha também obrigação de procurar captar este tipo de eleitorado, mas dificilmente o vai conseguir fazer.
Eu já acreditei menos no crescimento do Chega. Desfechos utópicos, já vejo poucos... E apesar de achar que o mais provável é que o Chega não cresça para lá da dimensão de um PCP, temos de parar de desvalorizar o fenómeno, porque ele existe, e enterrar a cabeça na areia não vai resolver nada.

Uma coisa para mim é certa - até hoje, o PSD, o PCP e o Bloco eram para mim os principais responsáveis pelo crescimento do Chega, ao terem abdicado de fazer oposição séria há já muitos anos. A partir da questão dos Açores, o PSD passa para a dianteira nesse jogo de culpas com distinção.

O CDS acabou por ser uma vítima do seu próprio desnorte e falta de coragem.
 

Tony_Gomes9

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Na realidade até muitas figuras da esquerda europeia são contra a UE( ser anti UE não é ser anti-europeu). Vêm com a treta habitual de mudar a UE porque sabem muito bem que é muito dificil em diversos países sobretudo numa situação em que Drahis e companhia compraram imensos canais/ jornais ser mediatizado com um verdadeiro discurso soberanista. Esses bilionários como é obvio não querem em grande parte ouvir falar de um saida porque a UE tem tratados que favorece por exemplo os movimentos de capitais/evasão fiscal. Os únicos que defendem verdadeiramente a UE são os Macrons (liberais/federalistas) desta vida.
Em relação a poliitica externa, percebo o que dizes mas em Portugal penso que o Bloco ja ultrapassou essa fase de ser anti-UE, acho que é um fenómeno ja consensual a todo o espectro politico, mesmo o PCP pouco aborda essa ideia de um Brexit a portuguesa, sendo que o eurodeputado do PCP até é uma das figuras mais conhecidas do partido. Acho que críticas à UE são legítimas e cada partido terá as suas, mas um espírito verdadeiramente anti-europeísta e anti UE, na atualidade internacional, vigora muito mais no grupo de extrema direita onde esta presente o Chega.

Percebo o comentário, mas tenho tendencia a discordar com a ultima frase. Acho que em Portugal o país mais europeísta, mais pro-UE, é o Livre (esquecido pelo publico é certo, completamente consumido pelo desnorte da Joacine) e depois o PS, só numa segunda linha é que poria os liberais portugueses para já.
 

John Wick

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Eu já acreditei menos no crescimento do Chega. Desfechos utópicos, já vejo poucos... E apesar de achar que o mais provável é que o Chega não cresça para lá da dimensão de um PCP, temos de parar de desvalorizar o fenómeno, porque ele existe, e enterrar a cabeça na areia não vai resolver nada.

Uma coisa para mim é certa - até hoje, o PSD, o PCP e o Bloco eram para mim os principais responsáveis pelo crescimento do Chega, ao terem abdicado de fazer oposição séria há já muitos anos. A partir da questão dos Açores, o PSD passa para a dianteira nesse jogo de culpas com distinção.

O CDS acabou por ser uma vítima do seu próprio desnorte e falta de coragem.
Claro que sim, enfiar a cabeça na areia não resolve nada. É por isso que digo que a melhor forma de combater o Chega é no combate de ideias, confrontá-lo com as suas próprias contradições, mostrar que o Chega apesar de fazer do combate à corrupção uma das suas bandeiras, o seu líder tem um passado e um presente ligado à própria corrupção, mas também é preciso ter tomates e estar bem preparado para um confronto deste tipo com um André Ventura desta vida que não tem qualquer tipo de problema em mentir e arrastar-te para a lama. É algo que tem de ser encarado com cuidado, até porque estratégias erradas de combate ideológico com um partido deste tipo, histerias colectivas, etc. normalmente levam ao seu crescimento e não o contrário.

Para suprimir o Chega, acho fundamental que a direita de reorganize e encontre um líder carismático e agregador, capaz de agregar juntar sociais-democratas, liberais e conservadores, até porque acho fundamental para qualquer partido ter diferentes pontos de vista e não uma visão única, capaz também de captar eleitores do centro-esquerda. Provavelmente vai demorar alguns anos.
 
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Em relação a poliitica externa, percebo o que dizes mas em Portugal penso que o Bloco ja ultrapassou essa fase de ser anti-UE, acho que é um fenómeno ja consensual a todo o espectro politico, mesmo o PCP pouco aborda essa ideia de um Brexit a portuguesa, sendo que o eurodeputado do PCP até é uma das figuras mais conhecidas do partido. Acho que críticas à UE são legítimas e cada partido terá as suas, mas um espírito verdadeiramente anti-europeísta e anti UE, na atualidade internacional, vigora muito mais no grupo de extrema direita onde esta presente o Chega.

Percebo o comentário, mas tenho tendencia a discordar com a ultima frase. Acho que em Portugal o país mais europeísta, mais pro-UE, é o Livre (esquecido pelo publico é certo, completamente consumido pelo desnorte da Joacine) e depois o PS, só numa segunda linha é que poria os liberais portugueses para já.
Sim mas porque dúvido que teriam a mesma mediatização. Em França o RN é mediatizado porque sabem muito bem que muito por culpa da forma como abordam o tema da identidade, é muito complicado a Marine Le Pen ganhar na segunda volta. E ainda por cima eu acho que ela nem sequer quis realmente sair. E últimamente já nem fala disso mas da treta dos partidos de direita da " Europa das Nações ". O Ventura e o italiano é a mesma treta. Somos todos muito burros para acreditar que numa UE de 27( regra da unanimidade) vão ter 27 países dirigidos pela extrema-direita com a mesma ideia. Finalmente, sobre o Livre, eu por acaso tinha ido ver o programa. Muitas proposições nem sequer respeitam o TFUE.
 

Kandinsky

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Claro que sim, enfiar a cabeça na areia não resolve nada. É por isso que digo que a melhor forma de combater o Chega é no combate de ideias, confrontá-lo com as suas próprias contradições, mostrar que o Chega apesar de fazer do combate à corrupção uma das suas bandeiras, o seu líder tem um passado e um presente ligado à própria corrupção, mas também é preciso ter tomates e estar bem preparado para um confronto deste tipo com um André Ventura desta vida que não tem qualquer tipo de problema em mentir e arrastar-te para a lama. É algo que tem de ser encarado com cuidado, até porque estratégias erradas de combate ideológico com um partido deste tipo, histerias colectivas, etc. normalmente levam ao seu crescimento e não o contrário.

Para suprimir o Chega, acho fundamental que a direita de reorganize e encontre um líder carismático e agregador, capaz de agregar juntar sociais-democratas, liberais e conservadores, até porque acho fundamental para qualquer partido ter diferentes pontos de vista e não uma visão única, capaz também de captar eleitores do centro-esquerda. Provavelmente vai demorar alguns anos.
Sem dúvida. Quanto à segunda parte do teu comentário, nota-se claramente o golpe que a direita sofreu após a geringonça e a posterior reeleição do Costa. Está mais que visto que o Rui Rio nunca será esse líder (muito menos o Chicão...), e quanto mais tarde o encontrarem, pior será para a democracia portuguesa - tanto pela liberdade que o PS terá para adoptar as medidas que quiser sem que praticamente sofra qualquer contestação, como pelo Chega, que cada vez mais agregará malta de direita que deixa de se rever na linha dos seus partidos.
 
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A culpa disto foi do Dr. Costa.
Abriu a caixa de pandora.
Ou o parlamentarismo era bom em 2015 e agora já não é?

O chega defende confinamento de ciganos, como o pcp defendia nacionalizações e a ditadura do proletariado.

Encarem isto com normalidade, porque o futuro das democracias liberais passa por aí.
Todos clamavam pelo fim do bipartidarismo, e agora que o tem, resmungam isto e aquilo...

Eu preferia, de longe mesmo que corruptos, o A.C do que o D.C, mas sou coerente!

Tanto a esquerda radical, como a direita pateta tem direito à panela.
 
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Eu já acreditei menos no crescimento do Chega. Desfechos utópicos, já vejo poucos... E apesar de achar que o mais provável é que o Chega não cresça para lá da dimensão de um PCP, temos de parar de desvalorizar o fenómeno, porque ele existe, e enterrar a cabeça na areia não vai resolver nada.

Uma coisa para mim é certa - até hoje, o PSD, o PCP e o Bloco eram para mim os principais responsáveis pelo crescimento do Chega, ao terem abdicado de fazer oposição séria há já muitos anos. A partir da questão dos Açores, o PSD passa para a dianteira nesse jogo de culpas com distinção.

O CDS acabou por ser uma vítima do seu próprio desnorte e falta de coragem.
O chega vai ser o futuro da direita portuguesa, para desgosto meu.
O be e o livre serão o futuro da esquerda.
 

Vieira_Amares

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Claro que sim, enfiar a cabeça na areia não resolve nada. É por isso que digo que a melhor forma de combater o Chega é no combate de ideias, confrontá-lo com as suas próprias contradições, mostrar que o Chega apesar de fazer do combate à corrupção uma das suas bandeiras, o seu líder tem um passado e um presente ligado à própria corrupção, mas também é preciso ter tomates e estar bem preparado para um confronto deste tipo com um André Ventura desta vida que não tem qualquer tipo de problema em mentir e arrastar-te para a lama. É algo que tem de ser encarado com cuidado, até porque estratégias erradas de combate ideológico com um partido deste tipo, histerias colectivas, etc. normalmente levam ao seu crescimento e não o contrário.

Para suprimir o Chega, acho fundamental que a direita de reorganize e encontre um líder carismático e agregador, capaz de agregar juntar sociais-democratas, liberais e conservadores, até porque acho fundamental para qualquer partido ter diferentes pontos de vista e não uma visão única, capaz também de captar eleitores do centro-esquerda. Provavelmente vai demorar alguns anos.
Não adianta.
Tu mostras isto e aquilo sobre o ventura e os apoiantes fazem orelhas moucas.
Dizem que é descontextualizado, que é a única barreira contra a extrema esquerda, que o ps foi capturado pela esquerda do ps,que não o querem para amigo mas para governar, e essas coisas. Quanto mais lhe batem, mais ele cresce.
Depois ele não é burro nenhum, teve excelentes notas, é professor catedrático, é bem apessoado, fala bem, vem com a preparação toda dos debates do futebol para ter raciocínio rápido e agrada a boa parte dos lampiões, que são a camada mais pobre e esquecida em termos económicos do país.
 
John Wick

John Wick

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31 Outubro 2019
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Não adianta.
Tu mostras isto e aquilo sobre o ventura e os apoiantes fazem orelhas moucas.
Dizem que é descontextualizado, que é a única barreira contra a extrema esquerda, que o ps foi capturado pela esquerda do ps,que não o querem para amigo mas para governar, e essas coisas. Quanto mais lhe batem, mais ele cresce.
Depois ele não é burro nenhum, teve excelentes notas, é professor catedrático, é bem apessoado, fala bem, vem com a preparação toda dos debates do futebol para ter raciocínio rápido e agrada a boa parte dos lampiões, que são a camada mais pobre e esquecida em termos económicos do país.
Não se pode colocar tudo no mesmo saco. O Chega agrega ali eleitores de extrema-direita e ultra-conservadores que não vão mudar, nem há interesse de outros partidos em atraí-los, no entanto constituem uma pequena parte do eleitorado do chega. Grande parte do eleitorado do Chega são nichos de trabalhadores, captam-nos passando a mensagem de que vão lutar pelos direitos deles e que a esquerda não se interessa por eles, em parte têm razão, a esquerda e parte da direita, revelaram desinteresse por estas classes e este eleitorado, menos instruído, menos oportunidades, menos "mundo", vê no partido a solução para os seus problemas. Muita gente quer pouca coisa dos políticos, querem que estes olhem para determinados problemas do seu quotidiano, olham para os vários partidos e vêem-nos a preocuparem-se com coisas tão supérfluas e a ignorar questões básicas, mas como representam uma percentagem relativamente baixa do eleitorado, poucos partidos lhes dão importância. Aparece um Chega, percebe perfeitamente que questões deve abordar para captar determinado eleitorado, faz uso de populismos baratos, mente e naturalmente atrai este tipo de pessoas.
Muita gente não vai mudar de opinião, mas muitos outros podem perfeitamente mudar, não se pode é meter toda a gente no mesmo saco e dizer que é toda a gente burra e estúpida a votar no Chega, há pessoas com uma vida sofrível, que não têm qualquer tipo de apoio do estado, a trabalhar no duro e querem pouca coisa dos políticos.

Não é por acaso que o André Ventura está à frente do Chega, é um aldrabãozeco, um gajo com estudos, cheio de lábia, bastante conhecedor do meio político e não é qualquer um que se envolve numa discussão ideológica com um gajo assim, sabendo o que isso acarreta.
 
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Não se pode colocar tudo no mesmo saco. O Chega agrega ali eleitores de extrema-direita e ultra-conservadores que não vão mudar, nem há interesse de outros partidos em atraí-los, no entanto constituem uma pequena parte do eleitorado do chega. Grande parte do eleitorado do Chega são nichos de trabalhadores, captam-nos passando a mensagem de que vão lutar pelos direitos deles e que a esquerda não se interessa por eles, em parte têm razão, a esquerda e parte da direita, revelaram desinteresse por estas classes e este eleitorado, menos instruído, menos oportunidades, menos "mundo", vê no partido a solução para os seus problemas. Muita gente quer pouca coisa dos políticos, querem que estes olhem para determinados problemas do seu quotidiano, olham para os vários partidos e vêem-nos a preocuparem-se com coisas tão supérfluas e a ignorar questões básicas, mas como representam uma percentagem relativamente baixa do eleitorado, poucos partidos lhes dão importância. Aparece um Chega, percebe perfeitamente que questões deve abordar para captar determinado eleitorado, faz uso de populismos baratos, mente e naturalmente atrai este tipo de pessoas.
Muita gente não vai mudar de opinião, mas muitos outros podem perfeitamente mudar, não se pode é meter toda a gente no mesmo saco e dizer que é toda a gente burra e estúpida a votar no Chega, há pessoas com uma vida sofrível, que não têm qualquer tipo de apoio do estado, a trabalhar no duro e querem pouca coisa dos políticos.

Não é por acaso que o André Ventura está à frente do Chega, é um aldrabãozeco, um gajo com estudos, cheio de lábia, bastante conhecedor do meio político e não é qualquer um que se envolve numa discussão ideológica com um gajo assim, sabendo o que isso acarreta.
Faltou-me dizer isso John.
A esquerda hoje preocupa-se mais com questões identitarias e de género, do que com as questões sociais e económicas.

Por exemplo ontem vi uma das Mortágua toda indignada no Twitter, porque a fnac tem uma seleção de livros para homem e para mulher... Tipo como sugestão para oferecer no natal.
Estamos no meio de uma pandemia, virá a maior crise económica e social da história das democracias liberais, já existe uma crise brutal em surdina e um alto dirigente do bloco está preocupado com as escolhas duma empresa privada.

Depois acordam no dia a seguir às eleições petrificados, indignados, a insultar o povo e a perguntarem-se o que é lhes aconteceu.
Um bolsonaro chegou ao poder, não foi por causa de questões morais nem de género, foi pela pobreza e pela criminalidade.
Houveram ditaduras nos anos 30, não foi pela corrupção nem por questões de género, foi pela fome e por uma ausência de esperança no futuro.

A morte da esquerda radical vai ser esta e eles ainda não se aperceberam.
Falam em códigos uns para os outros. Formam uma elite, que eles tanto odiavam, que se agradam uns aos outros.
Chamam deploráveis e facistas e quem se atreve a questionar seja o que for.
Deixaram de lutar pelo povo e passaram a lutar pelas suas causas pessoais e pelos seus ideais.

O PC fazia isso, conheço tanta gente, mas tanta, que votou PC toda a sua vida ( mesmo não sendo comunista ) que vão votar no chega.
Votavam porque sentem que os comunistas os defendiam e falavam para eles, e deixaram de votar porque eles entraram na negociata da geringonça.

O chega bem substituir o PC em termos de votantes, que com muita pena minha vai acabar por definhar.
 

Morais

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  • Artur Jorge
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Faltou-me dizer isso John.
A esquerda hoje preocupa-se mais com questões identitarias e de género, do que com as questões sociais e económicas.

Por exemplo ontem vi uma das Mortágua toda indignada no Twitter, porque a fnac tem uma seleção de livros para homem e para mulher... Tipo como sugestão para oferecer no natal.
Estamos no meio de uma pandemia, virá a maior crise económica e social da história das democracias liberais, já existe uma crise brutal em surdina e um alto dirigente do bloco está preocupado com as escolhas duma empresa privada.

Depois acordam no dia a seguir às eleições petrificados, indignados, a insultar o povo e a perguntarem-se o que é lhes aconteceu.
Um bolsonaro chegou ao poder, não foi por causa de questões morais nem de género, foi pela pobreza e pela criminalidade.
Houveram ditaduras nos anos 30, não foi pela corrupção nem por questões de género, foi pela fome e por uma ausência de esperança no futuro.

A morte da esquerda radical vai ser esta e eles ainda não se aperceberam.
Falam em códigos uns para os outros. Formam uma elite, que eles tanto odiavam, que se agradam uns aos outros.
Chamam deploráveis e facistas e quem se atreve a questionar seja o que for.
Deixaram de lutar pelo povo e passaram a lutar pelas suas causas pessoais e pelos seus ideais.

O PC fazia isso, conheço tanta gente, mas tanta, que votou PC toda a sua vida ( mesmo não sendo comunista ) que vão votar no chega.
Votavam porque sentem que os comunistas os defendiam e falavam para eles, e deixaram de votar porque eles entraram na negociata da geringonça.

O chega bem substituir o PC em termos de votantes, que com muita pena minha vai acabar por definhar.

O problema dos Partidos radicais seja em Portugal ou outro país qualquer, sejam de direita ou esquerda , é que no fundo sabem que só servem para ser oposição ,pois nunca ganharão nada mas como são pessoas ambiciosas por vezes se corrompem em troco dessas pseudo-alianças governativas e quando descobrem eles já perderam sua essência sem nunca terem siso a solução.