O que está agora inclinado a fazer, jogando num campo maior que o de Moreira de Cónegos? Como justificar tirar o Mora e depois ter o azar de não ganhar o jogo?
Vitor Bruno:
«O campo é maior, realmente é, mas a diferença é pouca. Segundo me parece, as dimensões em Moreira não são assim tão diferentes. Mas num campo maior, a dimensão física sente-se menos ainda. Num campo mais apertado, em que os contactos emergem a cada passo, aí se calhar a dimensão física é mais importante.
O que eu disse no final do jogo foi o seguinte: o Mora não se pode esquecer que jogou, naquele que para mim, da análise que eu faço, foi se calhar [o lugar] do melhor jogador em campo no jogo em casa com o E. Amadora [Namaso]. Foi aquilo que eu disse. Não disse que foi pela dimensão física, se calhar foi pela característica do jogo, do perfil, pronto. Hoje em dia é raro o jogo que não possa escalar por esse tipo de dimensão. Porque é tudo tão afinado, tudo tão ao detalhe, que se o jogador não estiver preparado para dar resposta a esse nível - e físico não tem que ser só nos contactos. A dimensão física vê-se de muitas formas diferentes, não apenas no duelo. E se calhar perante adversários que vão muito para o duelo, até alguém que tenha um perfil diferente nos pode ser útil em muitos momentos.
O Mora ocupa um espaço, o Danny [Namaso] pode ocupar o mesmo espaço ou outro diferente, podem juntar em simultâneo, um ou outro. Vocês já perceberam, daquilo que vão encontrando, para mim não é referência ao facto de fazer um grande jogo, ter que obrigatoriamente jogar no jogo seguinte. Se tiver que jogar, vai jogar, se tiver que não jogar, não joga. Depende da estratégia para o jogo de amanhã»