Na pré-época escrevi da necessidade para o Sérgio de mudar de métodos, de paradigma e então de métodos, adaptar-se a inexistência duma política desportiva, da falta de visão da SAD...fácil de dizer
Rapidamente vimos que a conservação das mesmas ideais, métodos idênticos conduziam a um futebol moribundo, agonizando. Em certos contextos é vital saber abandonar príncipes que nos levaram alto.
O modelo, que é praticamente igual desde que o SC chegou, há 7 anos.
(A coisa que mais tem mudado são os interpretes, que têm vindo a fazer com que o mesmo vinho-da-tasca pareça melhor, ou pior. Mas não se enganem.)
Está gasto, é hiper previsível, e é desmontado por qualquer equipa organizada e com recursos que nos tenha visto a jogar semana após semana nos últimos sete anos. SC prefere manter s suas ideias que potencializar a equipa e com isso, o clube. Eu acho isto um erro desde há muito tempo, mas todos os anos vem um 'cromo novo' que promete fazer tudo diferente. Só que não faz, ou não entra na equipa, ou as dinâmicas e o esforço táctico para cumprir com o sistema acabam por desvalorizar os jogadores e inevitavelmente acabar no banco de suplentes, ou na bancada .
Ontem perdemos porque fomos péssimos nas transições defensivas e porque o estoril soube explorar a nossa ala esquerda, que na ausência de um meio campo equilibrado, com alas projectados e extremos flectidos no interior é onde se abre sucessivamente mais espaço no nosso meio campo — jogo após jogo após jogo, após jogo. Em vez de se resolverem problemas, criam-se mais e mais buracos, e ontem o Carmo esteve péssimo, mas a continuar assim era testar a sorte do um para um em que o defesa tem de parar um jogador sozinho sistematicamente já dentro da nossa grande área. Isto já vinha acontecer em vários jogos esta e na ultima época em que cada vez é mais fácil chegar perto da nossa baliza e arriscar o remate.
Isto é arriscar muito, demasiado e entregar o 'ouro ao bandido' tornando tudo mais fácil para os nossos adversários. Para além disso remete a pressão toda na individualidade de cada um dos jogadores em vez das compensações táctica que o coletivo pode oferecer. Ontem saiu o Carmo queimado, mas já saiu o João Mário, o Zaidu, o Fábio, o Wendell, até o Pepe!
Pode sair a fava a qualquer um, porque o sistema assim o permite.
Afinal quem é que está lá para condicionar, fechar o espaço, ou fazer a dobra? Onde estão os apoios defensivos?