Transtorno de ansiedade - Victan esgotado em Portugal

Atsitrop

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Boa noite pessoal,
Não sei se este será o local mais indicado para colocar isto mas aqui vai.

Venho aqui pedir a ajuda pois estou com um problema que não consigo resolver.
Basicamente tomo Victan (1 comp/dia 2mg) há uns anos, para combater transtornos de ansiedade mas com esta pandemia o Victan esgotou há vários meses e ninguém sabe dizer quando voltará a estar disponível.

Como fiquei desempregado fica complicado ir a um psiquiatra para tentar arranjar uma solução e entretanto a minha médica de família receitou-me Diazepam para tomar enquanto o Victan não volta a estar disponível.
O problema é que dizem que o Diazepam é mais viciante e a última coisa que eu queria era ficar agarrado a outra medicação. Eu sei que terei de fazer o desmame do Victan mas esta não é uma boa altura porque ando muito stressado e como não tenho emprego fica complicado pagar as (caras) consultas de psiquiatria.

Ou seja, uma coisa não ajuda a outra e eu queria saber se não há alguém por aí que tenha Victan que não use/precise e me possa vender.

Eu já há alguns anos que andava bem, sem problemas de ansiedade, mas agora com este problema e com o facto de saber que tenho Victan para mais uns dias tem-me deixado mais angustiado e ansioso.
Se alguém puder ajudar, agradecia.

Abraço
Não és acompanhado em psiquitria no público? Pergunto isto porque pelo tenho conhecimento as consultas não são pagas no público.

Não aconselho os médicos de família de modo algum para essas situações. Se é para uma opinião médica, sugiro que vás à urgência do Hospital para psiquiatria.

PS: As melhoras. Grande abraço.



EDIT: não tinha lido os restantes posts (my bad) em que falas da questão dos psiquiatras. Como em todas as profissões nem sempre é fácil encontrar um bom profissional.
 
Última edição:

miguel1980

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11 Dezembro 2013
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Amigos, eu também sofro com a ansiedade, até já cheguei a desmaiar á porta do trabalho com o stress. A minha médica receitou-me alprazolam para eu tomar em sos á noite, eu tomo quando me sinto mais stressado e quando me sinto melhor páro. Sou capaz de dormir mal 1/2 noites mas depois regula. Mesmo quando tenho tomar mais tempo seguido quando o fim de semana chega evito tomar.

Em alternativa ao alprazolam ela também me receitou o zolpiderm e também resulta bastante bem e não é tão viciante.

De fato fazer exercício ajuda-me bastante, mas devido ao tempo em que vivemos nunca mais fui ao ginásio.
 

otilious

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Psicoterapia alguém já fez?

É verdade, que acaba depois de ter o mesmo efeito que a medição?

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Colombian Dragon

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Psicoterapia alguém já fez?

É verdade, que acaba depois de ter o mesmo efeito que a medição?

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Fiz psicoterapia durante 8 anos, mais coisa menos coisa. É um processo necessariamente moroso porque nos põe em confronto com muitas pré-conceções ou repressões que vamos criando ao longo dos anos para nos defendermos daquilo que nos agride ou intranquiliza (percebi mais tarde que são essas pré-conceções e repressões que nós criam intranquilidade, na verdade). A grande vantagem em relação à medicação é que nos ficamos a conhecer melhor e isso é grande parte da solução para a ansiedade ou outros distúrbios psíquicos. Nunca ninguém fica totalmente “curado”, mas ficamos com a capacidade de conviver com os nossos problemas e de identificar os “triggers” para as nossas crises (sejam elas de ansiedade, depressão ou outras). Perceber os mecanismos que nos levam a experienciar crises ajuda muito a evitar e/ou a ter crises progressivamente menos intensas até ao ponto em que já não são um problema ou, sequer, crises. A ansiedade não é mais do que um medo generalizado de ter medo e que tem na sua génese o receio de que não sejamos capazes de reagir à adversidade ou de lidar com o desconhecido. O que acaba por acontecer é que pequenas nuances da nossa vida acabam por ser vistas como portas para situações desconhecidas e desconfortáveis e, como a auto-estima ou a auto-confiança normalmente não abundam neste tipo de perfis, a única resposta que o nosso subconsciente encontra é o medo generalizado. Uma pessoa que se conheça tem a vantagem de ser suficientemente segura em relação às suas valências para perceber que, melhor ou pior, vai saber responder a situações novas. E isso ajuda a canalizar os medos e receios para algo concreto (deixa de ser ansiedade e passa a ser receio, o que é uma resposta não patológica). A medicação é extremamente útil para reduzir a névoa mental que as perturbações mentais criam e isso permite-nos recuperar a clareza de raciocínio e não estarmos constantemente obcecados com um determinado contexto que não controlamos a 100%. Mas ajuda muito ter esse trabalho de auto-conhecimento a auxiliar... No meu caso, tomei anti-depressivos e benzodiazepinas com relativa frequência entre os 22 e os 29 anos de idade (em paralelo com a psico-terapia). Depois disso (nos últimos 7/8 anos), nunca mais precisei de anti-depressivos e ansiolíticos só muito esporadicamente antes de uma ou outra apresentação mais importante (0,25mg de xanax). Sinto que tive muita sorte no meu percurso, porque pude sempre ser acompanhado por um muito bom psiquiatra e tive sempre amigos e família que me souberam apoiar. Hoje em dia tenho uma vida normal, com doses geríveis de ansiedade e capacidade de lidar com o indefinido na maioria das situações e sinto que foi graças à psico-terapia no passado que pude chegar a este presente.

PS: Quanto à questão da medicação, não se deve parar de repente. Aconselharia a que (na impossibilidade de obtenção do Victan) fosse substituída pela medicação mais comparável possível. E, se possível, que o desmame seja feito com o acompanhamento de um psiquiatra e apenas numa altura de menor intranquilidade na vida. Se ir a um psiquiatra não é opção, então o próprio médico de família pode indicar um substituto para o Victan. Mas diria para numa altura posterior ser já um psiquiatra a tomar as rédeas das prescrições médicas e idealmente no âmbito de uma pisco-terapia, terapia de grupo ou mesmo psicanálise (cada caso é um caso e um psiquiatra é a melhor pessoa para saber que terapia se adequa melhor).


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otilious

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Fiz psicoterapia durante 8 anos, mais coisa menos coisa. É um processo necessariamente moroso porque nos põe em confronto com muitas pré-conceções ou repressões que vamos criando ao longo dos anos para nos defendermos daquilo que nos agride ou intranquiliza (percebi mais tarde que são essas pré-conceções e repressões que nós criam intranquilidade, na verdade). A grande vantagem em relação à medicação é que nos ficamos a conhecer melhor e isso é grande parte da solução para a ansiedade ou outros distúrbios psíquicos. Nunca ninguém fica totalmente “curado”, mas ficamos com a capacidade de conviver com os nossos problemas e de identificar os “triggers” para as nossas crises (sejam elas de ansiedade, depressão ou outras). Perceber os mecanismos que nos levam a experienciar crises ajuda muito a evitar e/ou a ter crises progressivamente menos intensas até ao ponto em que já não são um problema ou, sequer, crises. A ansiedade não é mais do que um medo generalizado de ter medo e que tem na sua génese o receio de que não sejamos capazes de reagir à adversidade ou de lidar com o desconhecido. O que acaba por acontecer é que pequenas nuances da nossa vida acabam por ser vistas como portas para situações desconhecidas e desconfortáveis e, como a auto-estima ou a auto-confiança normalmente não abundam neste tipo de perfis, a única resposta que o nosso subconsciente encontra é o medo generalizado. Uma pessoa que se conheça tem a vantagem de ser suficientemente segura em relação às suas valências para perceber que, melhor ou pior, vai saber responder a situações novas. E isso ajuda a canalizar os medos e receios para algo concreto (deixa de ser ansiedade e passa a ser receio, o que é uma resposta não patológica). A medicação é extremamente útil para reduzir a névoa mental que as perturbações mentais criam e isso permite-nos recuperar a clareza de raciocínio e não estarmos constantemente obcecados com um determinado contexto que não controlamos a 100%. Mas ajuda muito ter esse trabalho de auto-conhecimento a auxiliar... No meu caso, tomei anti-depressivos e benzodiazepinas com relativa frequência entre os 22 e os 29 anos de idade (em paralelo com a psico-terapia). Depois disso (nos últimos 7/8 anos), nunca mais precisei de anti-depressivos e ansiolíticos só muito esporadicamente antes de uma ou outra apresentação mais importante (0,25mg de xanax). Sinto que tive muita sorte no meu percurso, porque pude sempre ser acompanhado por um muito bom psiquiatra e tive sempre amigos e família que me souberam apoiar. Hoje em dia tenho uma vida normal, com doses geríveis de ansiedade e capacidade de lidar com o indefinido na maioria das situações e sinto que foi graças à psico-terapia no passado que pude chegar a este presente.

PS: Quanto à questão da medicação, não se deve parar de repente. Aconselharia a que (na impossibilidade de obtenção do Victan) fosse substituída pela medicação mais comparável possível. E, se possível, que o desmame seja feito com o acompanhamento de um psiquiatra e apenas numa altura de menor intranquilidade na vida. Se ir a um psiquiatra não é opção, então o próprio médico de família pode indicar um substituto para o Victan. Mas diria para numa altura posterior ser já um psiquiatra a tomar as rédeas das prescrições médicas e idealmente no âmbito de uma pisco-terapia, terapia de grupo ou mesmo psicanálise (cada caso é um caso e um psiquiatra é a melhor pessoa para saber que terapia se adequa melhor).


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Perfeita explicação!

Obrigado

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Álvaro Miguel

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Posso estar a dizer uma barbaridade, mas já experimentaste uma ervinha medicinal?
O óleo de CBD ajuda com transtornos de ansiedade, ataques de pânico e depressão?
Geralmente a cannabis é desaconselhada para pacientes com ansiedade e ataques de pânico crônicos já que o canabinóide psicoativo Phyto-THC agravar o problema. No entanto, é importante saber que o canabidiol e o THC têm efeitos opostos. De acordo com uma revisão da Neurenapeutics do ano de 2015, o canabidiol pode ajudar a reduzir a ansiedade em pessoas com certos transtornos de ansiedade. Pesquisadores apontam para estudos que mostram que o canabidiol pode reduzir a ansiedade nos seguintes transtornos de ansiedade.

  • Transtorno de ansiedade generalizada
  • ataques de pânico
  • Transtorno de estresse pós-traumático
  • Depressão como depressão de inverno
  • Fobias Sociais
  • distúrbio obsessivo-compulsivo
A revisão vinculada acima também afirma que os atuais medicamentos para esses transtornos podem levar a sintomas adicionais. O canabidiol, em contraste, não mostrou até hoje nenhum efeito adverso nesses casos. Conseqüentemente, o canabidiol deve agora ser testado mais precisamente como uma droga potencial.