Brahimi nada tem que ver com Deco, Hulk ou Quaresma. Se críticas houve aos três últimos, e certamente aconteceram, os jogadores, de forma relativamente célere, trataram de silenciá-las em definitivo ou perto disso. Até mesmo Quaresma, o mais polémico e inconsistente do trio, mostrou em campo que era um jogador singular, cujos excessos e faltas eram largamente compensados pela qualidade que acrescentava à equipa. Brahimi não atingiu o nível daquele trio, dificilmente atingirá, na minha opinião; nem é propriamente uma cara nova no plantel.
Não há insubstituíveis no Porto, a sua história comprova-o. Não há insubstituíveis sobretudo neste Porto, em muito inferior a outras equipas de um passado recente. Brahimi continua a ganhar a linha vezes sem conta para depois cruzar contra um adversário, ser desarmado ou, simplesmente, perder a bola. Depois de tanto tempo, esperava-se outro tipo de evolução também não teve especial sorte com os treinadores, verdade seja dita. Trata-se de um bom jogador, não obstante as críticas, em parte justificadas, porém não se aproxima de outras figuras que permanecem na memória dos adeptos. Caso fique, espero que Conceição seja capaz de retirar um pouco mais do argelino, que também tem de fazer por isso, naturalmente.