FutebolVídeo

Sérgio Conceição: “Quem é apaixonado pelo futebol fala do jogo, quem é subserviente e quer tachinho…”

Treinador dos “Dragões” fez a antevisão ao encontro da 2ª mão das meias-finais da Taça de Portugal, frente ao SC Braga.

Declarações de Sérgio Conceição:

Que Braga no Dragão: “Não posso controlar a postura do Braga. Posso é perceber a dinâmica e os pontos mais fortes do Braga. Isto é uma meia-final e as duas equipas vão querer passar. Se conseguirmos, será a terceira final nestes três anos e meio. Um clube grande vive assim, destas presenças em jogos importantes que dão títulos. É isso que procuramos: estar novamente na final da Taça de Portugal.”

Jogos passados com o Braga e palavras ditas a Carvalhal: “Aquilo que se passa no campo fica no campo. Se for a contar tudo o que disse a adversários e o que eles me disseram mim… Tudo o que se passa num desporto cheio de paixão e sempre no limite das características que o ser humano pode ter, começava agora e acabava dentro de 10 anos. Isso não é bonito. Se calhar é mais importante isso do que o que fizemos frente ao Sporting, não lhe permitindo um remate enquadrado, com várias ocasiões para fazer golo. Ninguém fala disso. Não sou eu que vou dizer o que o Pote e o Nuno Santos disseram ao nosso banco. Há quem use isso para mascarar situações mais importantes. Faz parte, é o que vende. Muitos não comentam verdadeiramente o futebol, mas o que se passa a volta do futebol. Comentou-se a vitória frente à Juventus? As dinâmicas e a forma como condicionámos a Juventus? Não há tempo para comentar o verdadeiro jogo. Quem é apaixonado pelo futebol fala do jogo, quem é subserviente e quer o tachinho comenta o que há à volta do futebol. Para mim, importante em Braga foram as duas grandes exibições, com menos jogadores. E, claro, dar mérito ao Braga, porque acreditou.”

Ainda relativamente ao último clássico do fim-de-semana, frente ao Sporting, Sérgio Conceição admitiu que analisou o jogo até tarde, e fez referência à quantidade de tempo que é perdido no jogo, diminuindo o ritmo do mesmo.

SC: “Vou confessar, no último jogo, fui ver o jogo outra vez, eram 4h00 e estávamos a trocar mensagens, porque queria que analisassem o tempo útil de jogo. Em cada 15 segundos, o jogo parava. Para meu espanto de manhã, através de várias pesquisas que fizemos, o tempo de jogo útil oficial foram cerca 46 minutos. É baixíssimo. E depois mais grave é, não sei… Não quero entrar muito por aqui. Falei aqui uma vez que se tivessem de dar 10 minutos, 12, davam e levei um processo por causa disso. Por acaso o marítimo foi jogar contra nós e houve mesmo 10 minutos de compensação e não é que levei um processo por causa disso? Porque acertei no tempo de compensação. Tem de ser ver o tempo de compensação que se tem de dar, não acredito que com três tempos de substituição para cada uma das equipas, cinco paragens, duas vezes que o árbitro foi ao banco, entradas das equipas médicas em campo, dá três minutos? Três minutos devia ser só pelas substituições.”