Acho que ninguém está a tocar no ponto mais importante.
O que realmente importa (na minha opinião) é perceber o porquê de o Fábio Vieira ter que sair para a equipa subir de nível.
O miúdo não saiu por estar desinspirado, porque se a lógica fosse essa tínhamos tido um rol infindável de substituições na 1a parte ao longo da época.
O Fábio saiu porque não foi capaz de dar
ao jogo a intensidade defensiva que o SC exige a um ala. Também por isso não compreendi a insistência do Corona no meio nessa fase de maior dificuldade do Fábio, mas isso é outra questão.
Muitos falam que o treinador quis dar uma lição ao miúdo. Se o fez, está no seu direito.
Eu acho é que ao Fábio não chegará perceber o que tem de fazer e mudar a atitude por ai além.
Acho é que ele sentirá muitas dificuldades em executar o que o treinador lhe pede, porque terá que fazer coisas para as quais não está habilitado/habituado/preparado. Não o sinto ainda capaz para tamanho fulgor físico no momento defensivo. Nem o Fábio nem a maioria dos talentos que chegaram ou estarão para chegar à A.
Espero que o SC não descaracterize os vários Fábios que temos no plantel e que vão surgindo na formação, só porque a exigência para com o ultra-compromisso defensivo deles é exagerada e desproporcional à exigência na tomada de decisão e execuções técnicas de outros.
As prioridades do treinador não podem sobrepôr-se à capacidade dos seus atletas de se diferenciarem pelo que os distingue. Senão é, muito justamente, um alvo de crítica.
Temos aí uma geração fantástica, e é responsabilidade do treinador potenciá-la. Não moldar/forçar os jogadores à sua imagem, mas sim contribuir, mesmo que com o seu cunho pessoal, para que eles sejam o melhor que podem ser dentro da sua individualidade. Individualidade essa bem expressa no caminho que eles percorreram e os levou à equipa principal do Porto.
Não gostei do que levou o treinador a tirar o Fábio tão cedo ontem. Não gostei e preocupa-me.