Política nacional

Dagerman

Tribuna
1 Abril 2015
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Tentar parar a imigração é como tentar parar o vento com as mãos, a extrema esquerda e a extrema direita têm que perceber que não estamos em 1950..

O mundo está cada vez mais global é a vida, não vai ter bons salarios para toda a gente, nem bons serviços de educação saúde e habitação, num mundo global é o capitalismo que vai sempre mandar, quer quiser trabalhar e evoluir vai ter oportunidade de ganhar dinheiro nem que seja indo para outro país, os trabalhadores indiferenciados cada vez vão ganhar menos.
Já ouviste falar da IA? Há mais futuro nos empregos que nunca poderão ser feitos por robôs, como a pichelaria ou a construção civil, do que na advocacia ou no jornalismo, que a IA pode substituir facilmente.
 

Andrade

Arquibancada
30 Setembro 2023
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Tentar parar a imigração é como tentar parar o vento com as mãos, a extrema esquerda e a extrema direita têm que perceber que não estamos em 1950..
completamente falso. basta olhar para a europa de leste e imensos países asiáticos (todos eles bastante desenvolvidos).
só o mundo ocidental é que está a cometer suicídio demográfico.
 

Manageiro de futból

Tribuna Presidencial
25 Julho 2007
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Esmoriz
completamente falso. basta olhar para a europa de leste e imensos países asiáticos (todos eles bastante desenvolvidos).
só o mundo ocidental é que está a cometer suicídio demográfico.
é engraçado que fales nisso porque ainda agora estava a ler que o Japão tem um problema demográfico grave, uma pirâmide etária completamente invertida, que inclusivamente já começa a ter graves repercussões económicas e que a solução para isso é, já adivinhas, a imigração.
 
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Dagerman

Tribuna
1 Abril 2015
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Mas achas que quem trabalha em Pichelaria é um trabalhador indiferenciado?
Não, mas também não é a profissão mais especializada do mundo. O meu ponto é que haverá mais futuro para picheleiros, eletricistas ou empregados de hotel do que para advogados ou programadores informáticos.
 

Ginjeet

Tribuna Presidencial
11 Março 2018
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Já ouviste falar da IA? Há mais futuro nos empregos que nunca poderão ser feitos por robôs, como a pichelaria ou a construção civil, do que na advocacia ou no jornalismo, que a IA pode substituir facilmente.
A IA nunca poderá substituir completamente tarefas criativas. Pode facilitá-las, que é o grande objetivo atual da revolução atual, mas existirão sempre advogados, jornalistas, escritores, arquitetos, etc.

Os trabalhados indiferenciados, por serem altamente repetitivos, estão perfeitamente ao alcance da automatização. Não é difícil criar robôs capazes de construir uma parede.

Há um medo, infundado, de que a tecnologia quer substituir humanos. A redução de emprego disponível é uma consequência do aumento de eficácia dos trabalhadores existentes nessas áreas. Se eu construo uma máquina capaz de aumentar a eficiência de um trabalhador em 500%, vou precisar de 5 vezes menos trabalhadores para a mesma carga laboral.

As grandes revoluções industriais podem ter eliminado alguns cargos, mas esses também não eram desejáveis na sociedade moderna. Foram substituídos por outros e com a IA esse será também o futuro do mercado de trabalho. Há um potencial tremendo para exponenciar a eficácia dos postos de trabalhos que existem atualmente, o que poderá reduzir consideravelmente a necessidade de tantos trabalhadores, mas outras áreas, especialmente informática, manutenção e mecânica, irão explodir à medida que juntamos IA a robótica. O melhor conselho que tenho para qualquer pessoa indiferenciada com menos de 40 seria procurar especialização numa destas áreas.
 

Devenish

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Não, mas também não é a profissão mais especializada do mundo. O meu ponto é que haverá mais futuro para picheleiros, eletricistas ou empregados de hotel do que para advogados ou programadores informáticos.
já é e então aqueles chamados de "faz tudo" que consertam isto ou aquilo desde pichelaria, eletricista e construção civil, persianas, etc. faturam bem - eu admiro essa gente que faz aquilo que eu não conseguiria resolver.
 

Dagerman

Tribuna
1 Abril 2015
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A IA nunca poderá substituir completamente tarefas criativas. Pode facilitá-las, que é o grande objetivo atual da revolução atual, mas existirão sempre advogados, jornalistas, escritores, arquitetos, etc.

Os trabalhados indiferenciados, por serem altamente repetitivos, estão perfeitamente ao alcance da automatização. Não é difícil criar robôs capazes de construir uma parede.

Há um medo, infundado, de que a tecnologia quer substituir humanos. A redução de emprego disponível é uma consequência do aumento de eficácia dos trabalhadores existentes nessas áreas. Se eu construo uma máquina capaz de aumentar a eficiência de um trabalhador em 500%, vou precisar de 5 vezes menos trabalhadores para a mesma carga laboral.

As grandes revoluções industriais podem ter eliminado alguns cargos, mas esses também não eram desejáveis na sociedade moderna. Foram substituídos por outros e com a IA esse será também o futuro do mercado de trabalho. Há um potencial tremendo para exponenciar a eficácia dos postos de trabalhos que existem atualmente, o que poderá reduzir consideravelmente a necessidade de tantos trabalhadores, mas outras áreas, especialmente informática, manutenção e mecânica, irão explodir à medida que juntamos IA a robótica. O melhor conselho que tenho para qualquer pessoa indiferenciada com menos de 40 seria procurar especialização numa destas áreas.
Vejo mais facilmente um robô a substituir um advogado ou um jornalista do que qualquer profissão que exija uma multidão de micro-tarefas e motricidade fina (como a construção civil ou a pichelaria). Nenhum humano conseguiria competir com uma IA no conhecimento das leis ou da jurisprudência, por exemplo.
As profissões que exijam criatividade será mais difícilmente subsituídas por IA. Mas até aí é muito relativo. A maior parte da música ou da literatura que se faz hoje podia perfeitamente ter sido "criada" por robôs.
A revolução da IA pode vir a ser muitissimo mais disruptiva do mundo do trabalho do que as revoluções industriais anteriores, tornando a maior parte das profissões, e portanto das pessoas, desnecessárias.
A minha dúvida é quem é que vai alimentar a economia, se as máquinas não consomem nem pagam impostos.
 
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Daikan

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21 Agosto 2012
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A discussão aparece por causa de uma inevitabilidade.

Dentro de algum tempo, a automatização/robotização/IA poderão substituir 99% dos trabalhos. Na realidade quase ninguém escapa.
Penso que as/os trabalhadores sexuais ainda estarão salvaguardados. E ainda assim, pela avalanche de assexualidade que vejo nas gerações jovens, se calhar nem isso escapa.

A questão não é se, é quando. E portanto, se calhar a verdadeira questão é: se se deve, não se se pode. Porque poder vai poder.

Muitos escritores de sci-fi imaginaram um futuro onde os “robots” sao proibidos. Curiosamente, muitos dos melhores. Por causa de ética ou porque assim ficariam sem plot?
 

Ginjeet

Tribuna Presidencial
11 Março 2018
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Vejo mais facilmente um robô a substituir um advogado ou um jornalista do que qualquer profissão que exija uma multidão de micro-tarefas e motricidade fina (como a construção civil ou a pichelaria). Nenhum humano conseguiria competir com uma IA no conhecimento das leis ou da jurisprudência, por exemplo.
As profissões que exijam criatividade será mais difícilmente subsituídas por IA. Mas até aí é muito relativo. A maior parte da música ou da literatura que se faz hoje podia perfeitamente ter sido "criada" por robôs.
A revolução da IA pode vir a ser muitissimo mais disruptiva do mundo do trabalho do que as revoluções industriais anteriores, tornando a maior parte das profissões, e portanto das pessoas, desnecessárias.
A minha dúvida é quem é que vai alimentar a economia, se as máquinas não consomem nem pagam impostos.
Um advogado não faz só trabalho de redação nem de análise da lei. Há trabalho de interação humana, negociações, consultoria, prevenir infrações antes destas acontecerem. A primeira componente pode, e já devia, estar automatizada, a segunda existirá sempre.

O mesmo com o jornalista. Criar textos baseados nos e-mails que recebem, nos eventos ou da informação disponível em sites nem é "jornalismo", é conteúdo noticioso efémero que é o que a maior parte da imprensa faz atualmente. Investigação, procurar informação que apenas outros humanos têm, isso será sempre necessário.

A IA não tem objetivos. É impossível programar uma IA para definir os seus próprios objetivos, contrariamente ao que a cultura pop tenta passar, tal como os parâmetros têm de ser designados por humanos. Basicamente, para cada IA em funcionamento, é necessário um humano para lhe dizer o que fazer.

Neste momento estou a gerir a criação do framework para uma unidade autonóma de saúde. Entre muitas outras coisas, irá reduzir a carga laboral de enfermeiros e cuidadores informais e até do próprio sistema de saúde. Falamos de apoio doméstico, análises feitas em casa, aplicação de primeiros socorros, informação em tempo real. O objetivo não é eliminar essas profissões. É permitir melhores condições de vida a pessoas que atualmente têm de estar disponíveis 24/7, mais recursos e melhor informação e otimização do seu serviço para garantir aos seus pacientes também melhores condições.

É perfeitamente possível uma IA criar música ou literatura. Não será disruptiva, não será pessoal, não será criativa. A mecanização de qualquer área não lhe garante autenticidade. Nunca serão obras marcantes, porque a IA estará simplesmente a reciclar a informação que o seu programa lhe forneceu.

A questão económica é muito complexa. Por um lado, poderemos estar perante aumentos de produtividade e maior especialização do mercado de trabalho. Menos horas, melhor remuneração. Por outro lado, há um problema associado ao limite máximo de humanos que o próprio planeta consegue albergar. Sei que isto é polémico, mas há vários limites associados a isto. Desde logo, o alimentar, mas também o de trabalho. Porque se todas as profissões virem a sua produtividade aumentar 500%, tu não tens trabalho para 8 mil, nem 10 mil milhões de pessoas. E aí o paradigma da nossa economia terá uma escolha a fazer, que aliás já tem defensores de ambos os lados: Ou insistimos numa economia de consumo, limitas a aplicação da IA e expandes o teu universo para lá do nosso planeta, de forma a garantir maior providência (Musk) ou crias uma economia social onde a IA trabalha para a humanidade e esta foca-se em resolver problemas sociais do indivíduo e não em lucro (Gates). Pessoalmente, acho que a primeira é um double down daquilo que nos está a destruir e a segunda é utópica, porque a humanidade é segregacionista, gananciosa e egocêntrica. O caminho que seguiremos estará algures no meio, procurando equilibrar níveis médios de pobreza com níveis médios de riqueza, como fazemos desde sempre.
 
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Dagerman

Tribuna
1 Abril 2015
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A questão económica é muito complexa. Por um lado, poderemos estar perante aumentos de produtividade e maior especialização do mercado de trabalho. Menos horas, melhor remuneração. Por outro lado, há um problema associado ao limite máximo de humanos que o próprio planeta consegue albergar. Sei que isto é polémico, mas há vários limites associados a isto. Desde logo, o alimentar, mas também o de trabalho. Porque se todas as profissões virem a sua produtividade aumentar 500%, tu não tens trabalho para 8 mil, nem 10 mil milhões de pessoas. E aí o paradigma da nossa economia terá uma escolha a fazer, que aliás já tem defensores de ambos os lados: Ou insistimos numa economia de consumo, limitas a aplicação da IA e expandes o teu universo para lá do nosso planeta, de forma a garantir maior providência (Musk) ou crias uma economia social onde a IA trabalha para a humanidade e esta foca-se em resolver problemas sociais do indivíduo e não em lucro (Gates). Pessoalmente, acho que a primeira é um double down daquilo que nos está a destruir e a segunda é utópica, porque a humanidade é segregacionista, gananciosa e egocêntrica. O caminho que seguiremos estará algures no meio, procurando equilibrar níveis médios de pobreza com níveis médios de riqueza, como fazemos desde sempre.
A expansão para fora do planeta é um delírio de ficção científica, não é para levar a sério.
A segunda possibilidade, concordo que é utópica, porque os seres humanos são como dizes, gananciosos e competitivos, além de que precisam de sentir que são membros válidos e úteis da sociedade. É por isso que a ideia de um rendimento básico universal é aberrante do ponto de vista psicológico (além de ecnonómico).
Mas há uma terceira possibilidade, que não é utópica mas distópica: eliminar gradualmente a maioria da população (a que alguns chamam "bocas inúteis"), e controlar social e politicamente os restantes (ditos trabalhadores úteis) através de tecnologias de vigilância. Digamos, o modelo totalitário chinês.
 

Andrade

Arquibancada
30 Setembro 2023
143
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é engraçado que fales nisso porque ainda agora estava a ler que o Japão tem um problema demográfico grave, uma pirâmide etária completamente invertida, que inclusivamente já começa a ter graves repercussões económicas e que a solução para isso é, já adivinhas, a imigração.
o japão não tem nenhum problema demográfico. a população diminuir não tem mal nenhum. os velhos morrem e eles voltam a ter a população que tinham há umas décadas atrás quando não tinham esses "problemas económicos". o japão não precisa de ter 140 milhões de pessoas. funcionava muito bem quando tinha 100 milhões. a dinamarca funciona lindamente com 5 milhões.
mas com imigração o japão deixa de ser o japão.
 

Manageiro de futból

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25 Julho 2007
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Esmoriz
o japão não tem nenhum problema demográfico. a população diminuir não tem mal nenhum. os velhos morrem e eles voltam a ter a população que tinham há umas décadas atrás quando não tinham esses "problemas económicos". o japão não precisa de ter 140 milhões de pessoas. funcionava muito bem quando tinha 100 milhões. a dinamarca funciona lindamente com 5 milhões.
mas com imigração o japão deixa de ser o japão.
não faltam artigos na net sobre esse assunto. Informa-te.