Quando tens a igreja católica a sancionar a escravatura e a guerra santa, mais mainstream do que isso é impossível. Os movimentos anti-escravatura só apareceram no século XVIII. No século XVI era aceitável.Nem todas foram consideradas aceitáveis, por isso é que houve movimentos religiosos e civis contra elas. Se não leste, lê o Heart of Darkness, e até a peregrinação, para perceberes como alguns contemporâneos viam os acontecimentos.
Isso é muito wishfull thinking.... Muitos donos de escravos tb tinham "namoradas" negras.
Obviamente o aumento da imigração trouxe isso, mas as redes socias tb criaram plataformas onde as pessoas perderam a vergonha de assumir ideais racistas. E onde muitos encontraram pares que provavelmente nem participavam no processo democrático, e isso ajudou a disseminar ideias. Não estou a criticar as redes, estou a constatar.
Muitos donos de escravos tinham namoradas negras. E muitos donos de escravos nem sequer dormiam com escravas porque achavam isso repugnante. Em termos de racismo, os portugueses, comparados com ingleses ou holandeses, foram uns aprendizes.
Achas portanto que as pessoas de 2025 são mais racistas do que as de 1985. Discordo. Eu acho que deve ter mais a ver com o facto de em 1985 haver muito menos negros ou muçulmanos no país. Aos quinze anos na minha escola havia talvez dois ou três negros em mil e tal alunos, um deles por sinal meu vizinho e meu amigo. No Porto pelo menos, era mais fácil ver um asiático do que um negro. Por falta de matéria-prima, um gajo nem sequer tinha hipóteses de se tornar racista!