O PS não será mais a segunda força política em termos parlamentares. Para se reconstruir e em nome da democracia, precisará de ceder bastante ao governo da AD.Penso que a razão é bastante evidente.
Imagina o nível do discurso político daqui a uns anos, com a população cada vez mais descontente. Um governo da AD apoiado implicitamente pelo PS, com o Chega como única oposição visível, seria o cenário perfeito para o crescimento desse discurso populista. Seria como uma incubadora: o Chega nem teria de fazer grande coisa — bastava aproveitar a maré e dizer “foram estes senhores que levaram o país a este ponto; agora é a nossa vez”.
Uma coisa é fazer esse tipo de campanha como terceira força política, com 10% dos votos em relação aos outros. Outra, bem diferente, é fazê-lo já como segunda força nacional, com legitimidade popular crescente e espaço para disputar o poder real.
Podes interpretar o que quiseres, o Montenegro sempre falou em relação à entrada do governo do Chega. TODOS os partidos negoceiam entre si. O PS negociou com o Chega, especialmente na oposição.Um acordo político de governação é um entendimento entre partidos. Que é exactamente o que o PSD já admitiu que poderá fazer com o Chega e que o Montenegro sempre garantiu que não faria.
Não tem nada a ver com coligações ou entradas no Governo.
Até ao dia que seja o partido mais votado..E com isso distanciar-se ainda mais do PS e dos restantes partidos à sua esquerda?
O Chega é muito mais próximo do PS na matéria económica do que do PSD. Tipo, não estou a tentar ser pedante e a tentar dizer que o Chega e o PS são iguais, prefiro mil vezes o PS.se aprovarem medidas com o Chega também podem passar orçamentos com o Chega.
Ao contrário do que acontecia até 2025, acho que ceder bastante ao governo do AD pode ser uma faca de dois legumes: se não tiverem cuidado correm o risco de desaparecer, qual PS francês. Mas, hei, isso não é problema meu.O PS não será mais a segunda força política em termos parlamentares. Para se reconstruir e em nome da democracia, precisará de ceder bastante ao governo da AD.
O que não significa que essas cedências constituam um bloco central. Marcelo e Guterres não formaram um bloco central. Até o Passos negociou com o governo do Sócrates.
O PS poderá e deverá fazer oposição, também tendo o governo da AD o dever de ceder em certas matérias. Agora, não pode acontecer como o ano passado: o PS não pode exigir nada, por exemplo, em matéria de IRS jovem, IRS e IRC, como fez o ano passado, especialmente se a diferença entre as duas propostas for de 1%.
Porque não uma faca de duas frutas?Ao contrário do que acontecia até 2025, acho que ceder bastante ao governo do AD pode ser uma faca de dois legumes: se não tiverem cuidado correm o risco de desaparecer, qual PS francês. Mas, hei, isso não é problema meu.![]()
Ou seja, estás a dizer que negociações equiparam-se a uma Geringonça?Não, o Montenegro disse expressamente: "Não é não. Não faremos nenhum acordo de governação com o Chega".
Ao contrário do que acontecia até 2025, acho que ceder bastante ao governo do AD pode ser uma faca de dois legumes: se não tiverem cuidado correm o risco de desaparecer, qual PS francês. Mas, hei, isso não é problema meu.![]()
O PS pode muito bem deixar o governo governar durante dois ou três anos e depois deitá-lo abaixo. Pode, por exemplo, viabilizar um OE sem muitas exigências (propostas do PS adotadas existirão sempre) e, concomitantemente, instaurar uma CPI ao Montenegro.Porque não uma faca de duas frutas?
Cedências cedências, têm sempre de ser razoáveis, não é deixar fazer tudo, mas também não é criar obstáculos não ultrapassáveis ou desnecessários por alguma questão de lana caprina.
A posição é dificil, é saber caminhar bem no fio mantendo o equilibrio e não cair.
Mas aí estás a assumir que as negociações são em torno de um acordo. Não teria tanta certeza, até porque o cão do Hugo Soares veio repetir o Não é não novamente. Nenhum outro jornal disse que o governo estava a preparar um acordo sem ser o Expresso.O Chega já disse que acordo com a AD só se for escrito. Se se confirmar, não me parece muito diferente de uma Geringonça. Na prática, é a mesma coisa.
Confesso que já não é a primeira vez que leio isso, e sem qualquer ataque pessoal nem nada que se pareça, mas gostava era que o próprio PS percebe-se o que se passou e que quando aponta um dedo, tem três virados a ele.Até ao dia que seja o partido mais votado..
Quem ficou contente com o que aconteceu ao PS no domingo, percebe de muita coisa, de história não é uma delas de certeza.
o Chega ainda tem programa económico? tem um conjunto de medidas ao calhas, sem fazer contas.O Chega é muito mais próximo do PS na matéria económica do que do PSD. Tipo, não estou a tentar ser pedante e a tentar dizer que o Chega e o PS são iguais, prefiro mil vezes o PS.
Agora, o argumento de que a AD é mais liberal é verdadeiro.
"Faca de dois legumes" era uma jaime pachecada, penso eu.Porque não uma faca de duas frutas?
Cedências cedências, têm sempre de ser razoáveis, não é deixar fazer tudo, mas também não é criar obstáculos não ultrapassáveis ou desnecessários por alguma questão de lana caprina.
A posição é dificil, é saber caminhar bem no fio mantendo o equilibrio e não cair.
O corte de mamas vai pagar isso.eles no programa defendem descida no IRC, no IVA, no IMI, etc...
e subir bem a despesa.
fizeram as contas no outro dia e custava 13MM por ano...coisa pouca.
O chega é que irá esvaziar o PS e o PSD.Esqueçam essa conversa de esvaziar o chega, pois veio para ficar. Pelo menos enquanto o ventura lá estiver
Eu defendo o mesmo.A CDU e o SPD, na Alemanha, conseguiram colocar as diferenças de lado e formar um governo de coligação, em nome da preservação da democracia.
Aqui, ainda se discute se o PS viabilizar um governo da AD é ou não um Bloco Central.
A viabilização e responsabilidade do PS não necessitam de ser perenes. Bastam dois ou três anos e depois podem mandar o governo abaixo como bem lhes aprouver.
NOTA: se fosse o PS a ganhar e a AD tivesse ficado em terceiro, defenderia exatamente o mesmo.