Alguns esclarecimentosO SMN subiu para 870 euros brutos, mas não fazes mais com ele do que fazias com 480 euros em 2015..
Mas foste embora por causa do Salario minimo? agora com 870 vais regressar para ganhar isso?
Em relação a 2015 há falta de professores do que é que estás a falar?
Então o que tu estás a dizer é que os asiáticos que vieram para cá trabalhar em estufas tem a mesma formação do que tu é isso? Foi troca por troca?
Já agora tu para onde foste estás a viver numa casa partilhada com 15, e num bairro maioritariamente de Portugueses?
A vida não está fácil nem nunca esteve em Portugal. Não, 870 hoje não é grande coisa e não seria por isso que voltaria. Não foi nem deixou de ser pelo SMN que saí. Tive uma boa proposta fora e estava desempregado. Não me recordo de ter falado no estado da educação em Portugal mas já que não tenho muitas oportunidades de concordar contigo não vou deixar passar esta. Sim está num estado muito triste.
A assumir que a minha saída foi "uma troca" com um imigrante na condição mais miserável que consegues descrever eu diria o seguinte. Portugal perdeu um jovem desempregado que há altura passou por um down e andava meio triste e que navegou entre estágios abaixo do SMN, empregos perto de casa dos pais a ganhar o SMN ou empregos nos grandes polos urbanos a ganhar mais que o SMN mas com custos de vida mais caros. Se não tivesse apoio familiar teria ido "ao charco" com quase toda a certeza. E não, não passei por essas agruras porque alguém vivia com 15 num quarto nessa altura. Passei porque quem paga os salários em Portugal se não houver asiáticos, magrebinos ou vigodos paga-te como se fosses da Lourinhã na mesma. Se houver alguém que neste contexto consiga ajudar o país mais do que o pouco que eu ajudei na altura um bem haja. Seja lá quem for. E não fiques a pensar que o Bidonville de asiáticos é pior ou melhor que o Bidonville português por "diferenças culturais". Porque "nós queríamos trabalhar" e eles não. Se pensares um pouco é ainda mais simples: eles querem ganhar a vida e nós também.