Vítor Catão era "como um papagaio"
O genro de Vítor Catão falou em tribunal para o defender. Foi à Assembleia de 13 de novembro. “Fui buscar o Vítor antes da AG, porque ele estava reticente em ir, ia a acompanhar um jogador da equipa principal que queria ir e foi conosco. Prefiro não dizer quem foi. Fomos ao Shopping comer alguma coisa, porque ele é diabético", recordou, explicando depois quem é Vítor Catão.
“O Vítor criou uma personagem, que é o Vítor Catão. Acabou por entrar numa realidade paralela. A família e os amigos eram contra os diretos que ele fazia. Não gostava, ele já tinha um passado no futebol como dirigente. Nesta fase era diferente, estava muito crítico de tudo. Faz vídeos e diz coisas que não correspondiam à verdade, tínhamos que o confrontar com a verdade. O problema do Vítor é que funcionou um pouco como papagaio. Se eu chegasse e dissesse: “Olha, o fulano roubou 50 milhões”, ele não ia verificar, fazia um direto e dizia", referiu o sogro de Catão, completando: "As pessoas achavam piada àquilo, achava que as pessoas gostavam dele, e que aquilo estava a funcionar. A família condenava o que ele fazia. Deixávamos de falar para ele semanas a fio."
Interesse no futebol: "Puramente por paixão. Ele trabalhou para o FC Porto sem ganhar nada. Entrava nos balneários, tinha um acesso privilegiado na estrutura, presenciei ele e o Reinaldo Teles a encontrar-se e a cumprimentarem-se. O Pinto da Costa também, embora não gostasse de algumas coisas que ele dizia. Eu acho que ele não tinha a noção, tinha um deslumbramento pela internet."
Pertencia à claque? "Não, nem fez parte de nenhum grupo, que eu saiba. Não estava no grupo de WhatsApp, ele era visto como uma pessoa não credível, ou até um ator. Se ele visse alguma coisa ia acrescentar pontos. Eu nunca fui sócio da claque, mas quando vamos a jogos no estrangeiro ou em Lisboa, não vamos sozinhos. Corre o risco de coisas acontecerem como aconteceu no jogo de hóquei agora há pouco."