Foram detetados 40 lugares anuais destinados à revenda ilegal de ingressos jogo a jogo, bem como cerca de 300 bilhetes de sócio transacionados por canais alternativos desde o início da época.
Além deste esquema montado por um associado, foi detetado outro, com a existência de duas empresas de fachada para a venda ilegal de ingressos.
Estes números correspondem aos três jogos oficiais no Dragão nesta temporada. O clube monitoriza há alguns meses esta atividade ilegal, em cooperação com aa PSP do Porto, que entrou agora em ação, quando faltam cerca de três semanas para a receção ao Benfica.
Bilhetes vendidos a 600 euros na 1.ª jornada
Um sócio do FC Porto montou um esquema em que utilizou dados de outros associados para efetivar a compra de cerca de 40 lugares anuais.
Através desta manipulação de identidade, um só indivíduo controlava de forma indireta e ilegal este número elevado de lugares de época, que revendia jogo a jogo através da Viagogo e da StubHub, além de também transacionar por estas plataformas online dezenas de bilhetes de sócio avulsos.
As vítimas eram sobretudo emigrantes e turistas, que faziam a compra online, mas acabavam por ser barrados em dia de jogo, à porta do estádio, pelo efetivo da PSP destacado para o efeito, ao não apresentarem uma identificação condizente com os dados de sócio constantes nos ingressos.
Segundo foi possível apurar, no jogo com o Vitória de Guimarães, na 1.ª jornada da Liga, foram vendidos bilhetes a 600 euros através deste esquema.
Numa estimativa conservadora, dado o volume de ingressos vendidos (por via do lugar anual e de bilhetes de sócio) a receita deste tipo de candonga terá ascendido a valores próximos dos 50 mil euros no primeiro jogo oficial da época no Dragão.
Já o jogo frente ao Nacional, do passado sábado, terá tido uma receita inferior. Mesmo assim, há registo de dezenas de bilhetes fraudulentos, com preços que ascenderam a 300 e 400 euros, sobretudo para a bancada central poente e para a superior sul, onde habitualmente ficam situados os elementos da claque Super Dragões.
Fraude em lugares anuais e bilhetes de sócio gerou receitas estimadas de 50 mil euros no primeiro jogo da época. Vítimas eram sobretudo emigrantes e turistas
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