Bem... também sou da opinião que ele rende muito mais num meio-campo a 3, como 10. Mas o problema é... será que não temos melhor (e mais barato) que ele para o mesmo papel? Eu, claramente, vejo Otávio como sendo melhor que ele - mesmo que seja pior tacticamente, é, claramente, muito mais criativo. Será que teremos que desviar o Otávio para as alas, para que o Óliver renda? Na minha opinião, não.
Gosto bastante do Óliver. Ganhou o meu respeito com o decorrer do tempo. Apesar da pouca ou nenhuma culpa que tem, não posso deixar de criticar a sua contractação. Quando já tinhamos Otávio e JCT para a posição 10, fomos buscar outro 10. Até compreendo, pois o Otávio e o JCT eram apostas de algum risco, ao contrário do Óliver que dava boas garantias após a sua primeira passagem por cá. No entanto, torna-se difícil perceber como se aceita uma cláusula obrigatória de 20M e activa-se-a com largos meses de antecedência, apesar da situação financeira delicada pela qual o clube passa. E isto agrava-se muito mais, sabendo-se que a grande pecha no meio-campo era, e é, a posição 8. É uma posição para a qual nem tinhamos/temos jovens bastante promissores (Chico Ramos, talvez, mas já estava decidido que ia para Chaves, e, este ano, mostrou que talvez não seja o 8 que precisamos). O nosso melhor 8 - AA (por muito fraco que o achem, ou mesmo, que seja, contínua a ser o nosso melhor 8) - estava a contas com problemas físicos, tanto que esteve, praticamente, indisponível (estava nos convocados, mas no campo mostrava que estava longe de estar bem) durante meia época.
Eu continuo esperançado que a activação antecipada da sua cláusula esteja relacionada com algum negócio. Ainda para mais, tendo em conta que, desde então, foi perdendo espaço na equipa (isto quando era um dos mais utilizados até à activação da referida cláusula).
Podem dizer-me que será um jogador que no futuro valerá muito mais, mas para o valorizar, teremos que encostar o Otávio à ala ou ao banco de suplente, e, com isso, desvalorizamos um outro activo que nos poderá render muito mais-valias que o Óliver no futuro. Um Porto sóbrio - como actualmente precisa de ser - e com margem de erro nula não se pode dar ao luxo de ter um jogador caro como o Óliver para uma posição onde há soluções. O pouco dinheiro que haverá para contratações terá de ser usado para colmatar as falhas mais graves da equipa - extremos e 8 box-to-box - e possível perda de titulares noutras posições em que não haja actualmente alternativa credível no plantel e no lote de emprestados.