Zeus disse:
Mas o Porto joga todos os jogos com 4 jogadores no meio campo... nao chega?
Joga com dois médios ao meio e dois extremos que estão permanentemente a 20 metros deles, por vezes mais.
Dois médios que pouco apoio têm dos extremos e apenas são ajudados por um lateral, já que o outro é um central adaptado que pouco sobe.
A equipa está permanentemente esticada e com buracos enormes entre jogadores.
Não temporiza o jogo com a bola no pé e desperdiça posses de bola atrás de posses de bola.
Se apanhamos uma equipa competente na troca de bola e com uma pressão orientada, depois fica mais fácil para eles explorar esses espaços entre sectores e mesmo entre jogadores.
Isso do 4-4-2 ter 4 jogadores no meio campo é uma falácia, porque na prática isso não acontece.
Há falta de mecanização nos apoios que os extremos têm de dar aos 2 médios e estamos coxos nos laterais.
No ano passado o Besiktas foi a primeira equipa a expor de uma maneira gritante a fragilidade do nosso meio campo e os buracos enormes entre setores.
Esse 4-4-2, que na prática é um 4-2-4, foi engolido pelo meio campo do Besiktas que tinha 3 médios e ainda o apoio constante dos laterais ou dos extremos.
Pensei nessa altura que o Conceição iria tirar ilações importantes dessa flagrante fragilidade do seu sistema táctico, mas paulatinamente foi-se mantendo teimosamente agarrado a ele, sem lhe incluir variantes e pior, sem trabalhar uma alternativa devidamente oleada, como um 4-3-3, por exemplo.
Precisamos de uma equipa que jogue mais curta entre setores para assim podermos controlar melhor a posse de bola e os tempos de jogo.
Assim também fica mais eficaz uma pressão orientada e harmoniosa, em vez de termos os dois desgraçados sozinhos na frente a fazer piscinas na pressão.