Actualidade Internacional

Ginjeet

Tribuna Presidencial
11 Março 2018
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Isto é de loucos..
O nosso ministro da saúde deve ser o juiz negacionista.. ou o gustavo santos..
Tens por aqui quem tenha o site do RFK jr. nos favoritos e use-o como fonte para desacreditar estudos científicos. 🐷
As licenciaturas de youtube são como a universidade da vida. Impressionam a quem tem o QI de uma torradeira e acham que ler comentários é equivalente a peer review.
 

Manageiro de futból

Tribuna Presidencial
25 Julho 2007
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Esmoriz
Isto é de loucos..
O nosso ministro da saúde deve ser o juiz negacionista.. ou o gustavo santos..
O conceito do Gustavo é semelhante: não há doenças, tudo é curado com o estilo de vida saudável, há um complot entre os médicos e a big farma, temos que abandonar a medicina que nos entope com remédios e voltar ao passado. Deve ser por isso que as pessoas há 100 anos morriam por volta dos 40.

O juiz negacionista será , claro, ministro da justiça.
 
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MiguelDeco

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O conceito do Gustavo é semelhante: não há doenças, tudo é curado com o estilo de vida saudável, há um complot entre os médicos e a big farma, temos que abandonar a medicina que nos entope com remédios e voltar ao passado. Deve ser por isso que as pessoas há 100 anos morriam por volta dos 40.

O juiz negacionista será , claro, ministro da justiça.
O juiz também tem fortes opiniões na saúde. E em caso de conflito entre o gustavo santos e o juiz, num combate, eu sei bem em quem meter as minhas fichas..
 

MiguelDeco

Tribuna Presidencial
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Estes sul africanos brincam com coisas sérias.. com sorte ainda é deportado..
 

Dagerman

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O conceito do Gustavo é semelhante: não há doenças, tudo é curado com o estilo de vida saudável, há um complot entre os médicos e a big farma, temos que abandonar a medicina que nos entope com remédios e voltar ao passado. Deve ser por isso que as pessoas há 100 anos morriam por volta dos 40.

O juiz negacionista será , claro, ministro da justiça.
As pessoas não morriam por volta dos 40 há cem anos. Isso é apenas a média, que é altamente distorcida pelo facto de a mortalidade infantil ser enorme comparada com hoje. E a mortalidade, infantil e não só, era altíssima sobretudo por causa de três factores:
1) carências alimentares, numa época em que a maior parte da população era pobre
2) más condições de higiene, quando nas cidades a água era de má qualidade e o saneamento era rudimentar (o que depois originava surtos de cólera, etc.)
3) más práticas médicas: conheces a história do Dr. Semmelweiss, certo? E sabes que há 150 anos os médicos achavam que o mercúrio era um remédio?

A verdade é que até quase o final do século XIX os médicos eram uns bárbaros totalmente ignorantes, sem qualquer noção de higiene, que usavam como terapia sangrar os doentes e que receitavam como "remédios" produtos como arsénico ou mercúrio, que hoje os levariam à cadeia por envenenamento.
Não é por acaso que ainda na década de 1920 muita gente desconfiava dos médicos, como conta George Orwell num dos seus ensaios. A convicção geral na época, pelo menos entre os pobres, era que mais facilmente te curavas em casa, deitadinho na cama, do que sendo tratado no hospital.
Verdadeiramente, a medicina só começou a ganhar credibilidade como produtora de cura após a invenção da penicilina, dos antibióticos e mais tarde dos transplantes e de toda a área da cirurgia.

Além desses factores, há o facto de há 100-150 anos os hospitais serem quase inexistentes fora das grandes cidades, o que significava que até de um "simples" tiro num pé a pessoa podia morrer. Com tudo isto, não admira que a mortalidade fosse alta.
Mas se a esperança de vida subiu exponencialmente nos últimos 150 anos, isso deve-se sobretudo ao facto de sermos muito mais ricos do que os nossos antepassados. Qualquer pobre hoje tem melhor alimentação e condições de higiene do que um burguês de 1850, e acesso a cuidados de saúde muito melhores do que o homem mais rico do mundo em 1850.
Em suma, se hoje vivemos mais, não é tanto por termos acesso a mais medicamentos, mas pela melhoria das condições de vida.

Depois há o facto curioso, que também devia ser discutido (mas eu não tenho tempo para isso) de o cancro e as doenças crónicas serem muitíssimo mais comuns hoje do que eram há 100-150 anos.
 
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Edgar Siska

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Ao pé da praia
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As pessoas não morriam por volta dos 40 há cem anos. Isso é apenas a média, que é altamente distorcida pelo facto de a mortalidade infantil ser enorme comparada com hoje. E a mortalidade, infantil e não só, era altíssima sobretudo por causa de três factores:
1) carências alimentares, numa época em que a maior parte da população era pobre
2) más condições de higiene, quando nas cidades a água era de má qualidade e o saneamento era rudimentar (o que depois originava surtos de cólera, etc.)
3) más práticas médicas: conheces a história do Dr. Semmelweiss, certo? E sabes que há 150 anos os médicos achavam que o mercúrio era um remédio?

A verdade é que até quase o final do século XIX os médicos eram uns bárbaros totalmente ignorantes, sem qualquer noção de higiene, que usavam como terapia sangrar os doentes e que receitavam como "remédios" produtos como arsénico ou mercúrio, que hoje os levariam à cadeira por envenenamento.
Não é por acaso que ainda na década de 1920 muita gente desconfiava dos médicos, como conta George Orwell num dos seus ensaios. A convicção geral na época, pelo menos entre os pobres, era que mais facilmente te curavas em casa, deitadinho na cama, do que sendo tratado no hospital.
Verdadeiramente, a medicina só começou a ganhar credibilidade como produtora de cura após a invenção da penicilina, dos antibióticos e mais tarde dos transplantes e de toda a área da cirurgia.

Além desses factores, há o facto de há 100-150 anos os hospitais serem quase inexistentes fora das grandes cidades, o que significava que até de um "simples" tiro num pé a pessoa podia morrer. Com tudo isto, não admira que a mortalidade fosse alta.
Mas se a esperança de vida subiu exponencialmente nos últimos 150 anos, isso deve-se sobretudo ao facto de sermos muito mais ricos do que os nossos antepassados. Qualquer pobre hoje tem melhor alimentação e condições de higiene do que um burguês de 1850, e acesso a cuidados de saúde muito melhores do que o homem mais rico do mundo em 1850.
Em suma, se hoje vivemos mais, não é tanto por termos acesso a mais medicamentos, mas pela melhoria das condições de vida.

Depois há o facto curioso, que também devia ser discutido (mas eu não tenho tempo para isso) de o cancro e as doenças crónicas serem muitíssimo mais comuns hoje do que eram há 100-150 anos.
Beethoven morreu muito provavelmente acelerado por envenenamento de chumbo, e também de mercúrio ambos "medicamentos" nos Sec. XVIII e XIX.
 

Edgar Siska

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  • Agosto/22
Depois há o facto curioso, que também devia ser discutido (mas eu não tenho tempo para isso) de o cancro e as doenças crónicas serem muitíssimo mais comuns hoje do que eram há 100-150 anos.

Aí pode-se colocar o facto do desconhecimento, provavelmente algumas pessoas podem ter morrido de causas cangerígenas mas os médicos, com conhecimentos limitados, diagnosticarem outras coisas ou simplesmente dizerem "doença prolongada".
 

Dagerman

Tribuna Presidencial
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Beethoven morreu muito provavelmente acelerado por envenenamento de chumbo, e também de mercúrio ambos "medicamentos" nos Sec. XVIII e XIX.
Eu tenho a tese, mas vou ter de pedir um financiamento de 150 mil euros à Gulbenkian para a escrever, de que todas as pessoas célebres do século que morreram aos vintes e aos trintas morreram por más práticas médicas. Aqueles tipos eram uns carniceiros!
(Mas claro que antes dos antibióticos qualquer infecção podia ser fatal.)
 

Dagerman

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Aí pode-se colocar o facto do desconhecimento, provavelmente algumas pessoas podem ter morrido de causas cangerígenas mas os médicos, com conhecimentos limitados, diagnosticarem outras coisas ou simplesmente dizerem "doença prolongada".
Sim, isso pode ter acontecido muitas vezes. Mas também é um facto de que hoje estamos muito mais expostos a produtos químicos do que as pessoas do século XIX. E a relação directa entre esse tipo de contaminantes e o cancro está mais que provada.
 

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As pessoas não morriam por volta dos 40 há cem anos. Isso é apenas a média, que é altamente distorcida pelo facto de a mortalidade infantil ser enorme comparada com hoje. E a mortalidade, infantil e não só, era altíssima sobretudo por causa de três factores:
1) carências alimentares, numa época em que a maior parte da população era pobre
2) más condições de higiene, quando nas cidades a água era de má qualidade e o saneamento era rudimentar (o que depois originava surtos de cólera, etc.)
3) más práticas médicas: conheces a história do Dr. Semmelweiss, certo? E sabes que há 150 anos os médicos achavam que o mercúrio era um remédio?

A verdade é que até quase o final do século XIX os médicos eram uns bárbaros totalmente ignorantes, sem qualquer noção de higiene, que usavam como terapia sangrar os doentes e que receitavam como "remédios" produtos como arsénico ou mercúrio, que hoje os levariam à cadeira por envenenamento.
Não é por acaso que ainda na década de 1920 muita gente desconfiava dos médicos, como conta George Orwell num dos seus ensaios. A convicção geral na época, pelo menos entre os pobres, era que mais facilmente te curavas em casa, deitadinho na cama, do que sendo tratado no hospital.
Verdadeiramente, a medicina só começou a ganhar credibilidade como produtora de cura após a invenção da penicilina, dos antibióticos e mais tarde dos transplantes e de toda a área da cirurgia.

Além desses factores, há o facto de há 100-150 anos os hospitais serem quase inexistentes fora das grandes cidades, o que significava que até de um "simples" tiro num pé a pessoa podia morrer. Com tudo isto, não admira que a mortalidade fosse alta.
Mas se a esperança de vida subiu exponencialmente nos últimos 150 anos, isso deve-se sobretudo ao facto de sermos muito mais ricos do que os nossos antepassados. Qualquer pobre hoje tem melhor alimentação e condições de higiene do que um burguês de 1850, e acesso a cuidados de saúde muito melhores do que o homem mais rico do mundo em 1850.
Em suma, se hoje vivemos mais, não é tanto por termos acesso a mais medicamentos, mas pela melhoria das condições de vida.

Depois há o facto curioso, que também devia ser discutido (mas eu não tenho tempo para isso) de o cancro e as doenças crónicas serem muitíssimo mais comuns hoje do que eram há 100-150 anos.
Opa o problema de gajos como o Gustavo Santos é que negam completamente a ciência para achar que cancros se curam alinhando os chakras e tocando um sininho.

De resto é óbvio que quem tem um estilo de vida saudável tem maiores probabilidades de viver mais tempo, assim como os medicamentos ajudam as pessoas com problemas de saúde a prolongar a sua vida.
 

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Esmoriz
Aí pode-se colocar o facto do desconhecimento, provavelmente algumas pessoas podem ter morrido de causas cangerígenas mas os médicos, com conhecimentos limitados, diagnosticarem outras coisas ou simplesmente dizerem "doença prolongada".
E também ajuda o aumento da esperança média de vida, uma vez que grande parte dos cancros aparece numa idade mais avançada