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“Mudou a História de Portugal e projetou Portugal no mundo”. Aristides de Sousa Mendes entra no Panteão Nacional – Observador

A homenagem foi organizada por um grupo de trabalho coordenado pelo deputado socialista Pedro Delgado Alves. A origem da homenagem remonta a novembro 2019, quando a então deputada pelo Livre Joacine Katar Moreira apresentou na Assembleia da República um projeto de resolução para “concessão de honras do Panteão Nacional a Aristides de Sousa Mendes”, o qual foi aprovado em julho do ano passado com votos favoráveis de todos os deputados, menos de André Ventura, do Chega, que se absteve.


Sublinhe-se o acontecimento. E, aproveitando os elogios a Ossanda Liber, candidata à Câmara Municipal de Lisboa, saúde-se também a participação de Joacine Katar Moreira na política nacional e por esta proposta concreta. Concordando-se ou não com o estilo e as ideias, estou seguro de que todos reconhecerão o mérito da acção política e a coragem de ambas, e de todos os agentes de minorias que procuram defender as suas convicções participando activamente no jogo democrático e tentando influenciar e determinar o curso da vida da nação. Diria que esta postura (pro)activa de participação política e cívica de imigrantes, descendentes de imigrantes... é uma exemplar demonstração de patriotismo, em muito positiva para a nossa sociedade.

Aristides de Sousa Mendes, uma figura ímpar justamente reconhecida por todos os agentes políticos. Bem, quase todos.
Meu deus...
 

J | [Ka!s3r^].

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7 Abril 2012
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  • Alfredo Quintana
Acha que devia ter acesso vedado à vida política?... receio não ter compreendido. Sim, falo-lhe seriamente, caríssimo: considero muito positiva a participação de membros de minorias na vida política do país. Independentemente das convicções, filiações partidárias, posicionamentos políticos, ... com que participam no jogo democrático. Poderão inspirar maior envolvimento nos processos políticos por parte de públicos específicos e nem sempre devidamente representados. E constituem manifestações concretas do exercício de uma cidadania plena. Pessoalmente, alegro-me por ver uma cidadã que não só optou por estabelecer-se em Portugal como, indo mais além, tenta trazer as suas ideias para o debate político e influenciar a vida pública. Como Ossanda Liber, cuja resposta aqui destacada desafia as expectativas estabelecidas e complexifica a discussão. Ou como Joacine, que, por maior polémica que possa suscitar, trouxe os suas ideias para o debate político e fundamenta a sua acção no espaço democrático. O mesmo serve para filhos de imigrantes. A acção dessas pessoas revela interesse pela nação e é uma expressão objectiva de integração. E, neste caso, assinalo a iniciativa da deputada de conceder honras de Panteão a Aristides.

Talvez ache pouco saudar alguém pela participação política. Mas olhe que não, imagine que apenas se discutia política em fóruns de internet e ninguém assumia com coragem a participação em partidos e eleições ou o desempenho de cargos políticos. Há mérito em levar as convicções a esse ponto.

ignorancia minha, mas que tem João Hall Themido a haver com o Chega?
Estará relacionado com o motivo da abstenção do Chega, imagino, pois defende-se que há aspectos por estudar quanto a Aristides.
 
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PDuarte

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16 Maio 2017
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Estará relacionado com o motivo da abstenção do Chega, imagino, pois defende-se que há aspectos por estudar quanto a Aristides.
Não tem nada a haver portanto.

Enfim. Que o Chega se tenha abstido de votar, é lá com eles e com quem neles (como é seu direito) vota. Infelizmente, partidos a se absterem de votar em temas é o escape normal para mais tarde não ser acusado nem de ser a favor nem ser contra.
 

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Acha que devia ter acesso vedado à vida política?... receio não ter compreendido. Sim, falo-lhe seriamente, caríssimo: considero muito positiva a participação de membros de minorias na vida política do país. Independentemente das convicções, filiações partidárias, posicionamentos políticos, ... com que participam no jogo democrático. Poderão inspirar maior envolvimento nos processos políticos por parte de públicos específicos e nem sempre devidamente representados. E constituem manifestações concretas do exercício de uma cidadania plena. Pessoalmente, alegro-me por ver uma cidadã que não só optou por estabelecer-se em Portugal como, indo mais além, tenta trazer as suas ideias para o debate político e influenciar a vida pública. Como Ossanda Liber, cuja resposta aqui destacada desafia as expectativas estabelecidas e complexifica a discussão. Ou como Joacine, que, por maior polémica que possa suscitar, trouxe os suas ideias para o debate político e fundamenta a sua acção no espaço democrático. O mesmo serve para filhos de imigrantes. A acção dessas pessoas revela interesse pela nação e é uma expressão objectiva de integração. E, neste caso, assinalo a iniciativa da deputada de conceder honras de Panteão a Aristides.

Talvez ache pouco saudar alguém pela participação política. Mas olhe que não, imagine que apenas se discutia política em fóruns de internet e ninguém assumia com coragem a participação em partidos e eleições ou o desempenho de cargos políticos. Há mérito em levar as convicções a esse ponto.



Estará relacionado com o motivo da abstenção do Chega, imagino, pois defende-se que há aspectos por estudar quanto a Aristides.
Não considero uma contribuição positiva uma intervenção que se fundamenta em criar divisões, seja de esquerda ou de direita, pouco me interessa se é de uma minoria ou não.
 

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  • Alfredo Quintana
Não considero uma contribuição positiva uma intervenção que se fundamenta em criar divisões, seja de esquerda ou de direita, pouco me interessa se é de uma minoria ou não.
Não acompanho, reconhecendo as posições polémicas e de alguma forma disruptivas, mas respeito a opinião. Não creio que seja uma ameaça à paz social. Julgo que o sistema é suficientemente amplo e maduro para acolher os temas que aborda.

... afinal, quais são os projectos de lei e as propostas da deputada que constituem inaceitáveis ataques à constituição ou que colocam em causa a democracia portuguesa? Compreendo que haja desconforto ao falar-se de temas sensíveis, de raça, do significado da história, dos símbolos e tal... mas não vejo nada de ilegítimo ou que seja necessário excluir do panorama político. Tão pouco noto impactos subversivos no tecido social instigados pela acção da deputada. Aliás, descontando o clamor das redes, porventura projectando mais o que se passa no outro lado do oceano do que realidade de cá, parece-me que o seu trabalho enquadra-se perfeitamente na espuma rotineira da política.

Realmente grave parece-me, por exemplo, esta posição: Chega exige perda de mandato de Joacine Katar Moreira (sapo.pt) , que é na prática uma pretensão de censura e de limitação da liberdade.
 
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Não acompanho, reconhecendo as posições polémicas e de alguma forma disruptivas, mas respeito a opinião. Não creio que seja uma ameaça à paz social. Julgo que o sistema é suficientemente amplo e maduro para acolher os temas que aborda.

... afinal, quais são os projectos de lei e as propostas da deputada que constituem inaceitáveis ataques à constituição ou que colocam em causa a democracia portuguesa? Compreendo que haja desconforto ao falar-se de temas sensíveis, de raça, do significado da história, dos símbolos e tal... mas não vejo nada de ilegítimo ou que seja necessário excluir do panorama político. Tão pouco noto impactos subversivos no tecido social instigados pela acção da deputada. Aliás, descontando o clamor das redes, porventura projectando mais o que se passa no outro lado do oceano do que realidade de cá, parece-me que o seu trabalho enquadra-se perfeitamente na espuma rotineira da política.

Realmente grave parece-me, por exemplo, esta posição: Chega exige perda de mandato de Joacine Katar Moreira (sapo.pt) , que é na prática uma pretensão de censura e de limitação da liberdade.
A isso chamo ironia, o fundamento desse projeto de lei também não punha em causa a constituição viria sim propor uma consequência para algo que no abstrato já é punível por si só como crime de ultraje de símbolos nacionais.

Não tenho desconforto com a minha história, simplesmente não gosto de adulterações de acordo com determinada agenda.
 

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A isso chamo ironia, o fundamento desse projeto de lei também não punha em causa a constituição viria sim propor uma consequência para algo que no abstrato já é punível por si só como crime de ultraje de símbolos nacionais.

Não tenho desconforto com a minha história, simplesmente não gosto de adulterações de acordo com determinada agenda.
Não enquadraria a discussão sobre o significado dos "símbolos nacionais" na categoria criminal do ultraje. Até porque os símbolos nacionais, agora sem aspas, são definidos por lei, dela não constando referência a monumentos ou quadros. Parece-me em todo o caso excessivo seguir por esse caminho e pretender imputar à deputada uma interpretação do género. Gravíssimo sim, diria, é a tentativa de silenciá-la. Embora não me surpreenda, vindo de quem já propôs que a deputada fosse "devolvida ao seu país de origem". Ironia?... talvez algo mais sinistro.
 
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Não enquadraria a discussão sobre o significado dos "símbolos nacionais" na categoria criminal do ultraje. Até porque os símbolos nacionais, agora sem aspas, são definidos por lei, dela não constando referência a monumentos ou a quadros. Parece-me em todo o caso excessivo seguir por esse caminho.
E o que diz a proposta de lei? Pela noticia não sei qual é o teor concreto, mas deduzo que haja uma inclusão de tal.

Excessivo ou não é discutível. Na mesma senda de ser enquadrado como uma "pretensão de censura e de limitação da liberdade" ou antes uma responsabilidade adicional por quem, como reflexo do seu cargo deve ter especialmente um respeito pela história e símbolos de um país que, na minha opinião, não pode ser avaliada com os padrões de visão atuais.
 

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  • Alfredo Quintana
E o que diz a proposta de lei? Pela noticia não sei qual é o teor concreto, mas deduzo que haja uma inclusão de tal.

Excessivo ou não é discutível. Na mesma senda de ser enquadrado como uma "pretensão de censura e de limitação da liberdade" ou antes uma responsabilidade adicional por quem, como reflexo do seu cargo deve ter especialmente um respeito pela história e símbolos de um país que, na minha opinião, não pode ser avaliada com os padrões de visão atuais.
Discutir a história, o significado de monumentos, pinturas, obras que representam tempos passados... é perfeitamente normal e comum em muitas sociedades. Anormal será a imposição de um pensamento único sobre a história nacional e os artefactos/património produzido em contextos específicos, representando realidades distintas das de hoje. O tal respeito pela história e pelos símbolos jamais poderá ser invocado para silenciar aqueles que sobre ela e eles pretendem discutir e apresentar interpretações divergentes, mesmo que radicadas nos valores actuais. Numa república soviética sim, talvez faça sentido a adopção de uma narrativa oficial e uma atitude reverencial face aos símbolos e iconografia nacional. Na democracia portuguesa, não creio.

... mas, sincera e pessoalmente, não me parece coisa tão grave ou lesiva ou inusitada... que justifique reacções particularmente fortes.
 
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Discutir a história, o significado de monumentos, pinturas, obras que representam tempos passados... é perfeitamente normal e comum em muitas sociedades. Anormal será a imposição de um pensamento único sobre a história nacional e os artefactos/património produzido em contextos específicos, representando realidades distintas das de hoje. O tal respeito pela história e pelos símbolos jamais poderá ser invocado para silenciar aqueles que sobre ela e eles pretendem discutir e apresentar interpretações divergentes, mesmo que radicadas nos valores actuais. Numa república soviética sim, talvez faça sentido a adopção de uma narrativa oficial e uma atitude reverencial face aos símbolos e iconografia nacional. Na democracia portuguesa, não creio.
Não há discussão quando o objetivo não é debater o passado, mas sim tentar apagar. A historia não se apaga, foi o que foi para o bem e para o mal.
 
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Não há discussão quando o objetivo não é debater o passado, mas sim tentar apagar. A historia não se apaga, foi o que foi para o bem e para o mal.
Não se apaga nem deve constituir tabu: recorda-se, discute-se, de preferência observando diferentes ângulos e intervenientes, reflecte-se sobre ela e enquadra-se se necessário. Qualquer sociedade madura deve conseguir fazê-lo.

Resumindo e concluindo, regressando ao início, acho positivo que pessoas de diferentes grupos étnicos, religiosos, socioeconómicos, ... de pertenças minoritárias ou tradicionalmente afastadas dos centros de poder... encontrem o seu espaço na política portuguesa e tragam as suas ideias para o debate. Mesmo que incómodas e polémicas, contando que se inserem no plano democrático. Não enquadraria a acção de Joacine noutros termos. Desconhecia a candidatura independente de Ossanda Liber e alegro-me por ela. Nem que seja por aspectos formais da nossa democracia, que em boa hora deu um passo atrás quanto às regras que penalizavam severamente candidaturas independentes e que permite a cidadãos nascidos noutros países concorrer a cargos políticos (ou seja, que possam ter uma cidadania total).
 
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Mas lá está, é o exemplo da sobreposição de uma realidade estranha, a norte-americana, ao contexto político português. Ben Shapiros, Rosies O'Donnells, antifas e coisas que tais. Uma certa direita que continue a fazer política de rede social, americana em terras nacionais, ao invés de se focar em questões reais como a pobreza e as suas solucções... e em breve descobrirá se, em Portugal, há ou não público suficiente para essas rábulas.

... em concreto, abordando o que se discutia: não há destruição de património, a história não está em risco de ser apagada, não há movimentos subversivos ou violentos inspirados ou apoiados pela deputada... não há nada que atente à democracia, por maiores pruridos (... não creio que sejam significativos fora de certos meios e contextos) que os temas possam suscitar. Mas há notícias sobre uma tentativa de silenciamento. Não gosto da postura, das convicções e dos temas que tal pessoa aborda, cancele-se a pessoa. Onde já vi isto. Cancel culture e snowflakes, numa terminologia apropriada à "polarização americanizada" da política.

Num país com uma demografia cada vez mais urbana, mais heterogénea, com valores humanistas e progressistas entre as novas gerações... pessoalmente não auguro grande futuro a uma certa forma de fazer política. Tão pouco me parece brilhante a ideia de transpor uma determinada atitude política forasteira para a realidade interna.
 
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wolfheart

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Quando se chega ao ponto de querer remover uma estátua do Winston Churchill está tudo dito, sobre ao que isto chegou. Até os indivíduos que se foram por em frente á estátua no intuito de a proteger contra vandalismo, foram apelidados de Nazis... Até dá vontade de chorar. O homem que mais combateu o nazismo foi Churchill...isto é ridiculo.
 

Czarli9

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Quando se chega ao ponto de querer remover uma estátua do Winston Churchill está tudo dito, sobre ao que isto chegou. Até os indivíduos que se foram por em frente á estátua no intuito de a proteger contra vandalismo, foram apelidados de Nazis... Até dá vontade de chorar. O homem que mais combateu o nazismo foi Churchill...isto é ridiculo.
Temos uma estátua de Winston Churchill em Portugal? 😳
 

wolfheart

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Temos uma estátua de Winston Churchill em Portugal? 😳
A transposição dos USA para fora, feitas por imbecis como alguns que andam por aqui, infelizmente, são feitas para todo lado e os UK não foram imunes. Tens cá o monumento dos descobrimentos se é necessária a equivalência. Porque imbecis a julgar actos com 400 anos com pensamentos sociais totalmente diferentes, são actos de imbecilidade. Quiçá alguns que se acham iluminados hoje, não vão ser julgados pelo mesmo prisma.
 

Czarli9

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A transposição dos USA para fora, feitas por imbecis como alguns que andam por aqui, infelizmente, são feitas para todo lado e os UK não foram imunes. Tens cá o monumento dos descobrimentos se é necessária a equivalência. Porque imbecis a julgar actos com 400 anos com pensamentos sociais totalmente diferentes, são actos de imbecilidade. Quiçá alguns que se acham iluminados hoje, não vão ser julgados pelo mesmo prisma.
Se aconteceu em Portugal, estás no tópico certo, se aconteceu fora, tens o respectivo tópico.
 

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Se aconteceu em Portugal, estás no tópico certo, se aconteceu fora, tens o respectivo tópico.
Atras estavam a falar de Ben Shapiros e Rosie O donnels... estava a acompanhar as menções ás transposições que costumam haver dos estados unidos para fora. Desampara-me a loja. Gosto de sexo oral mas não quando me é efetuado por pessoas do mesmo sexo. E não curto stalkers.