Não concordo contigo.
Deixa-me dizer-te uma coisa, independentemente da discussão sobre a imigração: todas as mulheres já sofreram, pelo menos uma vez na vida, alguma forma de abuso sexual, seja assédio, seja violação.
De facto, como o colega disse, a vasta maioria dos casos de abuso sexual não são reportados. Qual a razão? Na verdade, são várias.
Muitas vezes as mulheres têm vergonha. Outras vezes a polícia não quer saber. Noutras não existem provas.
Não existe qualquer evidência de que mulheres "independentes e empoderadas" reportem mais. Aliás, eu sei que não disseste de forma maliciosa, mas fora de contexto soa muito mal.
A Suécia está cheia de mulheres independentes e empoderadas. Não obstante, aplica-se exatamente o mesmo.
Este assunto é um tabu, mas devíamos questionar quantos homens na realidade podem ser potenciais violadores.
No caso Pelicot, quase uma centena de homens a violaram - bombeiros, polícias, professores, etc. Pessoas com profissões que, aos olhos da sociedade, possuem alguma dignidade e confiança. Vizinhos. Tudo isto numa terra pequena.
Em Portugal, temos 70 mil pessoas só num grupo, onde partilham fotos e vídeos sem consentimento (
https://www.publico.pt/2024/10/20/p...0-mil-pessoas-trocam-imagens-mulheres-2106021). Isso é só num grupo; podemos bem apontar para centenas de milhares.
E é bom lembrar que estes são países sem uma cultura de violação abrangente, ou melhor, aparentemente sem qualquer cultura desse tipo. O que esperar então de países onde esses abusos sexuais são aceites, generalizados e até legais?