Uma grande parte de AL não é de investidores individuais mas de fundos de investimento.
O estado deve sempre governar em função dos interesses da maioria e não de interesses particulares. E essa maioria não são os senhorios, mas os que ganham o salário mínimo e não têm condições para uma vida minimamente digna porque lhes pedem 700 ou 800 euros de renda ou 170 mil euros pela merda dum T1. Não estamos a falar de defender "desfavorecidos", mas de defender trabalhadores pobres. Esta situação calamitosa a que a habitação chegou não é saudável nem sustentável nem patriótica. A brutal inflacção dos preços das casas só surgiu porque o governo PS criou condições para ela. Mas essas condições, que se calhar faziam sentido em 2012, hoje já não fazem.
O PS não tem muito que fazer a não ser fazer oposição responsável, que nada tem a ver com "passar tudo e mais alguma coisa", para isso é que existe diálogo, mas também uma percepção de que não se tem a posição de força.Mas como disse há dias, que o PS ajude, e acelere se possível, a implementação de todas as medidas do partido que ganhou; que ajude a que elas entrem todas em funcionamento o mais rapidamente possível, para que os resultados fiquem à vista o quanto antes...
Verdade. Mas mesmo nessa fatia dos fundos de investimento, que foram criados por pessoas, investidores que querem mais da vida.
Não fiques com a ideia de que eu sou "contra os patrões". Tenho plena consciência de que é muito mais fácil ser empregado do que patrão. Dá muito menos dores de cabeça. Mas tal como há empregados sem valor, também há patrões que na verdade nasceram para empregados e não sabem.
Um T2 comum,200 mil euros? Onde se encontra essa pechincha?
Os senhorios são a minoria porque a vida é mesmo assim, se todos fossem ricos na verdade eram todos pobres.
Gondomar, ainda há, embora cada vez menos.
Posso estar enganado, mas não é essa a leitura que faço. A entrada em massa de brasileiros só aconteceu porque de repente havia falta de mão de obra nas fábricas, na agricultura ou na hotelaria. E porquê? Porque os jovens portugueses deixaram de ter condições para viver em Portugal, se uma casa que antes se alugava por 400 euros hoje se aluga por 800. Alternativa? Ir ser pobre para França ou UK. E se há dez anos se podia alugar uma casa por 400 e hoje só por 800, é porque onde antes chegavam 11M de turistas por ano hoje chegam 27M.
Compreendo o teu ponto de vista, e sei perfeitamente que é nessa lógica que são atribuídos. Simplesmente não consigo concordar...
Estas últimas chegadas de brasileiros, na sua maioria, já são de gente com outro estatuto. Formados, com posses. De um modo geral, obviamente.
Percebo isso. E tenho na família exemplos de pessoas assim, que se sacrificaram e endividaram para recuperar casas velhas e hoje as pôr a render como AL.
Não acho que sejam coisas comparáveis. Aí também acontece o contrário, tens um tasco numa zona morta e de repente abrem uma via porreira ao lado. Sai-te o jackpot. São acasos que acabam por influenciar de forma indireta.
O Lucas Pires é dos melhores políticos que já andaram por aqui. Pena ter morrido tão novo, não tenho dúvidas de que teria sido uma das figuras mais marcantes do século XXI em Portugal. Um europeísta convicto, que defendia o estado atual da UE ainda antes de se preconizar algo semelhante.
Neste ponto vamos ter de concordar em discordar. Não tem a ver com famílias desfavorecidas, tem a ver com trabalhadores que por causa das distorções do mercado imobiliário não conseguem viver no seu país a não ser dividindo um apartamento com não sei quantas pessoas. Isso é degradante. Antes dos interesses dos senhorios e dos turistas estão os interesses dos trabalhadores portugueses. Os turistas que vão para hóteis, e se não têm dinheiro para isso, que fiquem em casa, e os senhorios que ponham as casas a preços menos extorsionários, e se isso não lhes pagar as contas, que tal arranjarem um emprego? Chama-me comunista, que já me chamaram coisas piores.
Por acaso, meu caro Tails, imagino-te mesmo como um nobre descendente daquelas famílias endinheiradas, quiçá da Foz.Sim, o defeito é certamente meu por usar o cérebro e citar apenas coisas factuais e não de matéria de opinião
Bem sei que vai contra a "imparcialidade" reinante por aqui, mas paciência.
Quanto à calma, estas completamente enganado (tu e a personagem imparcial, spinner de categoria Z).
As politicas de quem ganhou, nem tinha nada que te dizer mas posso faze-lo sem qualquer problema, beneficiam mais a mim e aos meus, do que propriamente as politicas sociais do PS..sou é um gajo que, primeiro, gosta e percebe um bocado de historia, segundo, gosta de viver numa sociedade o mais justa e equitativa possível, apenas e só.
Mas como disse há dias, que o PS ajude, e acelere se possível, a implementação de todas as medidas do partido que ganhou; que ajude a que elas entrem todas em funcionamento o mais rapidamente possível, para que os resultados fiquem à vista o quanto antes...
Não te chamo nada porque respeito a tua opinião.Neste ponto vamos ter de concordar em discordar. Não tem a ver com famílias desfavorecidas, tem a ver com trabalhadores que por causa das distorções do mercado imobiliário não conseguem viver no seu país a não ser dividindo um apartamento com não sei quantas pessoas. Isso é degradante. Antes dos interesses dos senhorios e dos turistas estão os interesses dos trabalhadores portugueses. Os turistas que vão para hóteis, e se não têm dinheiro para isso, que fiquem em casa, e os senhorios que ponham as casas a preços menos extorsionários, e se isso não lhes pagar as contas, que tal arranjarem um emprego? Chama-me comunista, que já me chamaram coisas piores.
Não tem assim tanto tempo, eram principalmente imigrantes de outras regiões que bazaram dali, nem a maioria deles se naturalizaram. E repara, tens zonas contiguas a essas, as Avenidas novas, onde vivem as pessoas de classes mais altas e a votação do chega foi ainda mais baixa.
Não me estava a referir a indostânicos em particular mas a zonas onde houve grande entrada de imigração nos últimos anos, coisa que não houve no Martim Moniz, uma vez que eles já lá estavam há anos.
