Por que haveria "eu" de me preocupar com a equipa local da cidade (Belenenses) e os seus 1000 gatos pingados se este clube já foi completamente dizimado por investimento, acabou, foi fundado um novo clube e os seus 1000 gatos pingados estão de volta a apoiar o seu clube, e pelo meio ninguém fez absolutamente nada? Isto com todo o respeito por clubes como o Belenenses, o Boavista, o Leixões e mais alguns clubes centenários e com uma história interessante.
Defender os clubes da terrinha/clubes locais é defender adeptos dos 3 grandes que ao mesmo tempo apoiam esses clubes, mas apoiam esses clubes até esses clubes estiverem num patamar superior e defrontarem, lá está, esses mesmos 3 grandes. O Leixões, por exemplo, era muito mais acompanhado, muito maior como clube quando andava pela segunda divisão B. Vai se lá saber o porquê.
A ideia de reduzir drasticamente a primeira liga para 10, 12 clubes que seja é defender 90% dos adeptos que adoram futebol em Portugal. Manter 18, 16 equipas, até mesmo 14 equipas na primeira divisão é defender o primo do teu tio que é um adepto ferrenho do Boavista, mas fica-se por ai, porque não há mais ninguém. Um jogo da terceira divisão da Alemanha mete mais gente num estádio que um Braga x Rio Ave.
A ideia de criar uma elite do futebol português, elite mesmo, a 10 equipas, seria trazer muito mais receitas comerciais a um país, a um campeonato ao qual nenhum de nós tem culpa, que lá está, 90% dos adeptos em Portugal seja dos 3 grandes, ora se é assim, então adapte-te. Se o tal Boavista não se aguenta com um formato a 18 equipas que seja, então por que razão vou me preocupar com eles ao invés de melhorar as condições para criar mais receitas para as equipas que efetivamente podem ter 50% dos seus estádios que seja, cheios?
Num universo de 14M de portugueses, ignorando o facto de que apenas 10M gostam de futebol e acreditem, estou a exagerar já, que 4 milhões sejam do regime, que 2.5 milhões sejam do FC Porto, 2.5 milhões sejam do Sporte e o resto sejam de todos os outros clubes, sendo que esse 1M restante divide-se muito por Guimarães e Braga, aonde é que isto é sustentável?