Villas-Boas foi o arquétipo de várias das minhas preferências táticas, com o seu Porto 2010/11.
Luís André esteve mal ao prometer ficar na sua cadeira de sonho e, poucas semanas depois, mandando o fax para sair dela - o fax não é censurável, a promessa é.
Villas-Boas fez uma carreira acima do que lhe é reconhecido, não há muitos portugueses a vencer numa Rússia, que foram tão dominantes como aquele Porto, 3 empates e 0 derrotas no campeonato, e que tiveram sucesso num Marselha.
Luís André falhou no Chelsea, descalabro total, no Tottenham, contando com um Bale diabólico, incinerou 7 pontos sobre Wenger e falhou a Champions, contribuindo para a desconfiança dos tubarões nos portugueses, se bem que, a este ritmo, temo novo hiato desconfiado.
Villas-Boas ergueu-se contra um adversário capaz de tudo, como todos vimos, arriscando o seu bem-estar para salvar o bem-estar futuro do clube que ama, mostrando tomates de líder, daqueles de quilo e meio cada.
Luís André usou grande romantismo na gestão do mercado, falhando contratar jogadores à Porto, privilegiando os atributos atacantes, mas pouco aqueles que fazem um jogador à Porto.
Villas-Boas aprendeu, como os seres inteligentes, contratando Froholdt, Sainz, Bednarek, Costa, Rosário, ou seja, jogadores que, antes de tudo, têm intensidade e compromisso defensivo, mesmo sendo atacantes, médios ou defesas que também sabem atacar.
Luís André não devia ter-se assumido como favorito ao título de 2025, Villas-Boas é o favorito ao título de 2026.
E por que razão este é o melhor texto sobre o presidente do Porto?
Porque não é aquela coisa graxista, mas inteligente, pelo menos para o próprio, à LO, que exacerba as qualidades e apequena os defeitos.
No fundo, todos somos Luís André e Villas-Boas, só que uns exageram na dose de Luís André, e outros, como Villas-Boas, respondem mais pelo apelido.
Resta-me dar os parabéns e desejar longa vida ao homem que agiu em nosso benefício, no benefício dos portistas.