De acordo. O Malick é um realizador que gosto muito mas que me chateia, por vezes. Sinto sempre que ele tem algo importantíssimo para contar, apresenta uma fotografia ao nível de poucos, contudo, acabo alguns filmes e fico com a sensação que não consegui apanhar perfeitamente o que ele queria dizer/ele não conseguiu passar os seus pensamentos para a fita.Treinador de Bancada disse:Tecnicamente é um filme irrepreensível, fotografia, montagem, todos os planos meticulosamente filmados. No entanto acho que é um filme á Malick em que a forma de sobrepõe á substância. Embora entendo onde o cineasta pretendia chegar, a expurgação da dor e de um trauma, e o fim de um relacionamento, achei o enredo muito frágil e muito baseado pela trip de ácido visual que o filme é, bem personificado naquela seita.
Quanto ao filme sim, tens razão. Tecnicamente fabuloso, no que toca ao argumento, é um bocado previsível para onde a história vai. Excepto aqueles momentos absolutamente devastadores que nos rasgam o interior e que caem do céu. Assim de repente, não consigo me lembrar de muitos realizadores que consigam criar momentos tão fortes de forma tão imprevisível. É como se cada personagem andasse com uma bomba relógio sem que ninguém saiba quando vai explodir. Se é que vai.
Não é perfeito, mas até agora, é dos filmes que mais gostei de 2019.