É surreal.
Estamos numa era tão perigosa que é realmente surreal, de repente o gajo tem queixas em entidades e é visto em todo lado como um praticante de violência doméstica, por ter pegado numa rapariga pelo pescoço e dar-lhe um beijo.
Ele mais que ninguém já está habituado a ser fodido sem qualquer nexo, quando viram que o gajo ia ganhar tinham de o queimar de alguma forma.
Atenção que eu acho , em relação ao Bruno, que ele tem transtornos de personalidade e há ali algumas coisas que não fazem sentido, já desde presidente do Sporting. Mas de ser um gajo estranho a Terrorista ou neste caso praticante de violência doméstica é esticar demasiado a corda..
Ele no máximo tem um bocado de narcisismo. De resto é vil tudo isto.
Eu coloco-me no lugar das pessoas. Eu já tive relações longas e intensas, com algumas discussões, nunca fui capaz de bater numa mulher ou sequer empurrar ou exercer algum tipo de violência.
Mas se calhar na visão deste gente pratiquei violência doméstica porque na verdade já ninguém sabe nada porque desvalorizamos os casos reais para deixar os limites sombrios e poder criar uma sociedade de confrontação e que afaste as pessoas no geral e os homens e mulheres em particular.
Um beijo é violência, um toque consentido entre dois adultos que gostam e sentem atracão entre si é violência, se calhar dar uma palmada no rabo da namorada na brincadeira vai passar brevemente a violências, uma conversa mais acesa ou seria entre um casal vai ser manipulação e violência psicológica.
E com tudo isto ainda se goza com mulheres, homens, pessoas que são vítimas sérias, que sofrem realmente. A criação de ruído estapafúrdio, da ignorância do seguidismo de modas da vontade de ser visto como moralmente superior para passear um ego de plástico faz um grande favor aos verdadeiros perpetradores. Porque no meio do ruído nada se percebe. Tudo se banaliza. Tudo se torna escravo do ego.
E nem vale a pena todos negarem porque não há defesa. Não se admite nada para lá do julgamento feito dentro das caixas de ressonância.
O pulso do povo cada vez está mais nas redes sociais. E quem controla as narrativas (completamente controladas por sectores extremos) controla o balanço do pêndulo.
Não é por um programa de merda do qual vi uma vez porque queria ver como ia acabar mais este episódio de intervenção dos guerreiros e seus carneiros.
E porque isto acontece cada vez mais num mundo real. E num mundo cada vez mais informatizado onde tudo circula nestes meios, onde são as redes, os soundbites, os "influenceiros", os twiterres que moldam as opiniões e que (des)educam as gerações (e as emburrecem e imbecilizam) e não as escolas e universidades (também já tomadas pelas primeiras gerações de docentes formados neste poço) este comboio parece não parar perante nada, não ter qualquer empatia pelos seres humanos, condicionar a nossa própria humanidade de uma forma que nos tira ou tenta tirar a essência de ser o que somos.
Sou um homem preocupado com estas coisas. Porque a sociedade é a minha casa. E eu gosto de viver num ambiente harmonioso, limpo, iluminado. Quando a minha casa começa a ter cada vez mais lixo, cantos escuros húmidos e pegajosos mau cheiro e um ambiente digno do sexto círculo do Inferno de Dante posso me começar a preocupar.
Eu até tenho medo num ambiente social de conversar com uma mulher de forma comum e natural. Ou de se estiver interessado na mesma o manifestar de uma forma natural, comum. Sei lá que tipo de acusação me pode chover, da pessoa se for alienada, de alguém de fora se for chalupa.
Porque depois de te atirarem a lama, mesmo que tido seja obviamente um disparate uma demência o que acontece é que já não te safas da guilhotina pública. Nunca mais a tua cabeça cola de volta e andarás sempre mesmo que de espinha direita, com ela debaixo do braço.
Que sociedade em canibalização acelerada. Vamos acabar todos comidos no caldeirão e alguém vai ter de carregar no botão de reset.