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GUIA PRÁTICO PARA OS MITOS DO APITO DOURADO
1. O Apito Dourado representa os anos 80 e 90 do FC Porto
O processo Apito Dourado nasce em abril de 2004, em Gondomar, em torno do Gondomar SC, e nada tem a ver com o FC Porto. Apenas oito meses depois, e após muitas pressões, o FC Porto é envolvido. No que respeita ao FC Porto, o processo visou dois jogos, ambos da temporada 2003/04: FC Porto 2x0 Estrela da Amadora (24/01/2004); Beira-Mar 0x0 FC Porto (18/04/2004). Em nenhum dos casos há notícia de erros de arbitragem. O empate em Aveiro corresponde à 31ª jornada, a quatro jornadas do fim, quando o FC Porto já era praticamente campeão, e a semanas de chegar ao topo da Europa através da conquista da Liga dos Campeões.
2. O FC Porto foi acusado de corrupção
É mentira. O FC Porto (clube e SAD) nunca foi alvo de qualquer acusação no âmbito do processo Apito Dourado.
3. Pinto da Costa foi apanhado a escolher árbitros
O envolvimento do presidente do FC Porto no processo Apito Dourado decorre de um telefonema com presidente do Conselho de Arbitragem em que se estabelece um acordo para o árbitro da final da Taça de Portugal (2002/03). Foi esta a razão que levou o procurador Carlos Teixeira a pedir a detenção do presidente do FC Porto. No entanto, logo depois veio a saber-se que essa era a prática corrente em relação a todos os clubes nesta fase da competição. Segundo a edição de 08/09/2006 do jornal Público, na única escuta conhecida das muitas realizadas a Luís Filipe Vieira, o presidente do Benfica foi apanhado a escolher árbitro da meia-final da Taça de Portugal.
6. O processo nunca foi a julgamento
É mentira. O processo foi a julgamento, que decorreu no tribunal de Gondomar entre 11/02/2008 e 18/07/2008.
7. Não deu em nada. Safaram-se todos.
É mentira. Após o julgamento, foram condenadas 13 pessoas referentes ao corpo central do processo, nenhuma delas relacionada com o FC Porto ou com os jogos em que o FC Porto esteve envolvido.
8. Só não houve condenações porque as escutas telefónicas não foram validadas
É mentira. Todas as escutas telefónicas foram validadas no âmbito do processo Apito Dourado pelo juiz Pedro Miguel Vieira, a 06/03/2007. Nenhum incidente processual bloqueou a investigação do Ministério Público ou a capacidade de produzir prova em tribunal. Todas as decisões foram tomadas com base nos elementos recolhidos, incluindo as escutas telefónicas. Ou seja, as escutas telefónicas ao presidente do FC Porto não só foram validadas como contribuíram para a sua absolvição.
9. Só não houve condenações porque a investigação foi feita pela justiça do Porto
A 14/12/2006, o Procurador-Geral da República, numa decisão inédita na justiça portuguesa, entendeu mover o processo Apito Dourado para fora do seu âmbito territorial, do DIAP do Porto para o DIAP de Lisboa, e entregá-lo a uma equipa especial constituída para o caso, com o objetivo de formular acusação até ao final do ano. Maria José Morgado iniciou funções de coordenação a 02/01/2007. Foi com base no trabalho de investigação desta equipa especial que foi produzida a acusação.