Muitos anos a dormir.
O miúdo jogou no Infesta e depois foi para o Boavista onde esteve até aos juniores. Sempre teve qualidade acima da média, estava aqui ao lado, um talento em bruto fantástico para ser lapidado. Mas quem o veio buscar foi o Novara de Itália, o resto é história. Depois ainda tivemos a oportunidade de o ir buscar por empréstimo com opção de compra de 6,5M, preferimos manter o Herrera.
O Bruno Fernandes não é um caso isolado. O Bruno Fernandes é a regra. É a demonstração de um FC Porto que esteve durante anos completamente alheado da formação e dos jovens talentos, e preferia rechear-se de Djims, Kayembes e nigerianos desconhecidos e todos sabemos bem o porquê.
São tantos, os casos, e outro dos mais gritantes é Diogo Jota. Que jogando sempre no Paços um escalão acima da idade, brilhava sempre nos jogos contra o FC Porto, foram várias as oportunidades para contratar o jogador em troca de uma quantia irrisória e equipamento desportivo. Mas não. Não quisemos nada com o Diogo Jota. Esperamos que fosse apanhado pela rede do Mendes para contratar por empréstimo com uma opção de compra de 22M. Um insulto à inteligência dos portistas.
Este foi o valor que o FC Porto sempre deu à prospecção de talento jovem para a formação no próprio país e quem mais contribuiu para isso foi um senhor que hoje está em Paris, e que dava entrevistas a gabar-se do scouting mundialmente famoso do FC Porto, tudo a cobro do Presidente.
Felizmente, já vejo alguma coisa a mudar na formação e na forma como a abordamos, fiquei contente ao ver que contratamos vários jovens com muito potencial, principalmente o resgate do Fábio Silva ao Regime.