MiguelDeco disse:
Não foi isso que eu disse. O que eu disse é que um caso que já de si configurava um caso de terrorismo, tendo em conta que teve a anuência do presidente ainda o torna mais grave. E estamos a falar em termos daquilo que a lei refere e que é o meu entendimento (que pode estar errado).
Segundo, o facto de terem morrido ou não pessoas não interfere na avaliação daquilo que é terrorismo ou não. Pode interferir na graduação da gravidade, mas a intenção em si é suficiente para a condição per si. Senão vejamos, num caso de homicídio onde a vítima não morresse a acusação deixaria de ser homicídio (mesmo que na forma tentada) e passaria apenas a agressão simples?. Porque senão fica a questão. Se tivesse morrido algum jogador já teria sido terrorismo? Ou perguntando de outra forma, caso exista um atentado onde não existam vítima mortais deixa de ser terrorismo só porque não morreu ninguém?.
Eu sinceramente não consigo ver a diferença nos dois casos de claques que vocês falam, para mim são casos similares tirando a intervenção do presidente da associação. Agora o que me espanta é que perante um caso destes exista, mais uma vez, a "clubização" em torno desta discussão. E seja terrorismo, seja tentativa de homicídio, falamos de um caso muito grave que alguns de vocês relativizam.. e isso é um caminho perigoso.
Eu acho que por ter a anuência do presidente até torna o caso menos grave, pois deixa de haver o crime de invasão de propriedade privada (pois o "dono" concordou). Isso só torna o caso mais grave... para o bruno carvalho...
Correcto. O morrer pessoas influi na graduação da gravidade.
O que interfere na graduação do acto em si são as premissas (volto a frisar). De certeza que em todas as provas que sejam recolhidas em nenhuma encontrarás que o objectivo seria ferir/matar alguém. Já no exemplo terrorista que falas, mesmo que não haja casualidades,... há a intenção/premissa de causar o maior numero de danos possível (pode é ser um acto falhado)
O que deves encontrar como provas é a intenção de um grupo de invadir a academia e "apertar" os jogadores. Algo infelizmente que não é incomum. Ainda há uns meses aconteceu em Guimarães, tenho ideia que os SD já fizeram há muitos anos, etc. O que aconteceu é que se descontrolou e aconteceram incidentes - e é sobre isso que devem ser julgados. Se fosse só por invadir a academia e intimidar jogadores, talvez nem sequer houvesse intervenção policial/judicial.
Eu não dei o exemplo do hotel para defender a juve leo lol. Quero lá saber deles. Usei sim para mostrar a incoerencia das forças judiciais e políticas neste país tendo em conta casos semelhantes, e que estão a extrapolar (para terrorismo) e tentar fazer dele um exemplo, quando fecham os olhos e banalizam tudo o resto (posso falar do hotel, daquele arrastão na praia de carcavelos, etc)