Covid-19

Branco

Tribuna Presidencial
2 Julho 2007
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1
  • Junho/18
Devilelas disse:
Infelizmente, não me acredito. Se juntares os problemas de saúde crónicos (obesidade, etc) existente na população americana (propícios a consequências mais gravosas em caso de infecção), com um sistema de saúde incapaz de lidar com todos os que vão necessitar do mesmo (estamos a falar de um dos poucos paises desenvolvidos sem sistema de saúde unitário e abrangente para todos os cidadãos, mesmo depois do Obamacare), temo pelo pior.
Factores a que acresce o tempo perdido, a falta de liderança e coordenação (o que se tem visto são respostas isoladas, no estado de Nova Iorque e da Califórnia).
Por enquanto e numa comparação do rácio infecções confirmadas/mortes estão melhor que serviços de saúde de referência mundial como a Itália, a França e a Espanha.

Tens alguma razão quando referes que alguns dos problemas crónicos como a obesidade tornam o americano mais propenso, embora por outro lado também se pode dizer que os europeus são mais velhos.

É uma contabilidade que só vai dar para fazer quando a curva deles fizer a inflexão, mas por enquanto estão em vantagem em relação a outros países, não se estão a aguentar assim tão mal.
 

Jules Winnfield

Tribuna Presidencial
11 Abril 2016
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Se estamos 10 a 14 dias atrás da Itália, o não antecipar medidas e não observar as ocorrências, chama-se o quê?

Se Itália e Espanha pudessem voltar 10 a 14 dias atrás, mudavam alguma coisa?

 

Celta7

Tribuna Presidencial
9 Março 2012
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Branco disse:
No entanto e num país como Portugal a população de risco devem ser uns 15 a 20% da população, como é que consegues fazer uma quarentena agressiva o suficiente para estes não serem contaminadas pelo resto da população que estaria durante esse mês toda infectada ?
Só 15 a 20%?

Só Diabéticos são mais de 1 milhão de Portugueses. Hipertensos são 3 milhões. Ainda temos os doentes oncológicos, os idosos, etc...
 

Branco

Tribuna Presidencial
2 Julho 2007
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  • Junho/18
Di Charis disse:
O sistema de saúde deles é bem pior que o italiano,
É superior, isso é algo que muitos europeus e alguns americanos não percebem.

Uma coisa é o sistema de cobertura de saúde, em que sim, os americanos por não terem um sistema universal possuem um pior que por exemplo os europeus.

Outra coisa são os cuidados médicos presentes no sistema de saúde que possuem, são topo mundial.

O único problema aqui seria se quem está infectado não consegue ter acesso a esses tratamentos, eu penso que isso neste momento está a ser salvaguardado, se não estiver então sim o teu cenário confirma-se, mas se estiverem então eles terão uma taxa de mortalidade inferior a todos esses tão elogiados sistemas de saúde europeus.
 

Branco

Tribuna Presidencial
2 Julho 2007
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  • Junho/18
Celta7 disse:
Só 15 a 20%?

Só Diabéticos são mais de 1 milhão de Portugueses. Hipertensos são 3 milhões. Ainda temos os doentes oncológicos, os idosos, etc...
Exacto qualquer tentativa de contágio controlado em Portugal é uma fantasia, somos uma Itália em ponto pequeno em termos de população de risco.

Curiosamente o país perfeito para uma estratégia de contágio controlado é o Irão, creio que grande parte da população está abaixo dos 25 anos, se tivessem tido bom senso e isolado a população de risco, eram um dos poucos paises do mundo onde essa tinha sido uma opção válida.
 

Vlk

Tribuna Presidencial
3 Junho 2014
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Lisboa
Branco disse:
É superior, isso é algo que muitos europeus e alguns americanos não percebem.

Uma coisa é o sistema de cobertura de saúde, em que sim, os americanos por não terem um sistema universal possuem um pior que por exemplo os europeus.

Outra coisa são os cuidados médicos presentes no sistema de saúde que possuem, são topo mundial.

O único problema aqui seria se quem está infectado não consegue ter acesso a esses tratamentos, eu penso que isso neste momento está a ser salvaguardado, se não estiver então sim o teu cenário confirma-se, mas se estiverem então eles terão uma taxa de mortalidade inferior a todos esses tão elogiados sistemas de saúde europeus.
Estás a confundir conceitos. Um sistema de saúde engloba só por si a cobertura de toda a população, e só pode ser avaliado nessa base. E por muito bons hospitais que tenham, que obviamente têm dos melhores do mundo, vão ter sempre um sistema de saúde de merda pelo simples facto de não abrangerem o mesmo número de cidadãos que a maioria dos países ocidentais.

Se a taxa de mortalidade nos EUA for baixa é um excelente sinal para o resto do mundo.
 

Branco

Tribuna Presidencial
2 Julho 2007
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  • Junho/18
Vlk disse:
Estás a confundir conceitos. Um sistema de saúde engloba só por si a cobertura de toda a população, e só pode ser avaliado nessa base. E por muito bons hospitais que tenham, que obviamente têm dos melhores do mundo, vão ter sempre um sistema de saúde de merda pelo simples facto de não abrangerem o mesmo número de cidadãos que a maioria dos países ocidentais.

Se a taxa de mortalidade nos EUA for baixa é um excelente sinal para o resto do mundo.
Eu penso que não estás a perceber o que estou a tentar dizer, eu sou a favor de um sistema de cobertura universal de saúde, estou apenas a comentar uma situação especifica onde o conceito de universalidade de um sistema de saúde (ou de falta neste caso) pode não se aplicar da mesma forma por uma situação fora do normal.

Se neste momento, o governo dos EUA está de alguma forma a salvaguardar que as dezenas de milhões de pessoas que normalmente não possuem acesso a seguros de saúde, tenha para este caso concreto acesso aos mesmo serviços médicos de quem os possui, então o conceito de cobertura universal nesta situação especifica pode não se aplicar.

E por isso mesmo eu referi que nesse cenário a única coisa que conta é a qualidade dos serviços médicos, que nos EUA são topo mundial, e que se estiverem ao alcance de todos irão nesse país garantir uma taxa de mortalidade talvez até mais baixa que sistemas de saúde público europeus que são referência mundial.

Obviamente que se o governo dos EUA não tiver salvaguardo essa situação, o cenário é completamente diferente.
 

Jules Winnfield

Tribuna Presidencial
11 Abril 2016
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A região da lombardia, em Itália, é das mais ricas e desenvolvidas da Europa. Tem hospitais de topo mundial, com equipamentos e pessoal de primeira linha.
 

slowboy

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18 Julho 2006
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  • José Maria Pedroto
O primeiro caso de coronavirus confirmado nos USA foi a 20 de Janeiro. E não tem evoluido de forma tão trágica como aqui na Europa.

E se virem notícias americanas para além das conferências de impensa do Trump, há bastantes medidas de contenção e metigação.

Isto não é uma questão de sistema nacional de saúde. É uma questão de segurança nacional e de emergência.

Alguém acredita que os USA não vejam isto dessa forma neste momento?
Isto pode levar ao colapso da economia ocidental e do nosso modo de vida.
 

janine16

Bancada lateral
11 Maio 2018
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ixnay disse:
Precisamos de mais uns dias para confirmar, mas raios, eles estão em lockdown total e completo. Após fazer 14 dias tem que começar a baixar, é quase uma obrigatoriedade matemática.
O que é isso de lockdown total e completo?

É que as fábricas estavam a laborar, só ontem é que foi deliberado que fechavam, apenas as que fabricam bens essenciais continuam a laborar!
Aliás, essa foi uma das queixas dos especialistas chineses que estão em Itália.
 

PO

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24 Novembro 2013
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Branco disse:
Eu penso que não estás a perceber o que estou a tentar dizer, eu sou a favor de um sistema de cobertura universal de saúde, estou apenas a comentar uma situação especifica onde o conceito de universalidade de um sistema de saúde (ou de falta neste caso) pode não se aplicar da mesma forma por uma situação fora do normal.

Se neste momento, o governo dos EUA está de alguma forma a salvaguardar que as dezenas de milhões de pessoas que normalmente não possuem acesso a seguros de saúde, tenha para este caso concreto acesso aos mesmo serviços médicos de quem os possui, então o conceito de cobertura universal nesta situação especifica pode não se aplicar.

E por isso mesmo eu referi que nesse cenário a única coisa que conta é a qualidade dos serviços médicos, que nos EUA são topo mundial, e que se estiverem ao alcance de todos irão nesse país garantir uma taxa de mortalidade talvez até mais baixa que sistemas de saúde público europeus que são referência mundial.

Obviamente que se o governo dos EUA não tiver salvaguardo essa situação, o cenário é completamente diferente.
Teoricamente, sempre que uma pessoa precisa de tratamento urgente para sobreviver (leia-se neste exemplo ventiladores) os hospitais são obrigados a fazer o tratamento (mesmo que a pessoa não tenha como pagar). Duas perguntas vêm-me contudo à cabeça:

- Quantas pessoas terão a vida arruinada por receberem tratamento para o Covid e depois não terem como o pagar?

- Quando tiverem duas pessoas a precisar de um ventilador, o critério de decisão vai ser quem tenha seguro?
 

katatonia10

Tribuna Presidencial
1 Setembro 2013
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  • Kostadinov
  • Rui Filipe
Jules Winnfield disse:
A região da lombardia, em Itália, é das mais ricas e desenvolvidas da Europa. Tem hospitais de topo mundial, com equipamentos e pessoal de primeira linha.
podes ter o mais recente aston martin mas se tentares enfiar lá dentro um elefante inteiro e vivo ele não cabe.
 

Branco

Tribuna Presidencial
2 Julho 2007
21,250
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  • Junho/18
PO disse:
Teoricamente, sempre que uma pessoa precisa de tratamento urgente para sobreviver (leia-se neste exemplo ventiladores) os hospitais são obrigados a fazer o tratamento (mesmo que a pessoa não tenha como pagar). Duas perguntas vêm-me contudo à cabeça:

- Quantas pessoas terão a vida arruinada por receberem tratamento para o Covid e depois não terem como o pagar?

- Quando tiverem duas pessoas a precisar de um ventilador, o critério de decisão vai ser quem tenha seguro?
Não acredito que a questão do seguro pese na decisão sobre o ventilador, e nem sei se no caso deles terão decisões dessas a tomar (talvez no caso de Nova York, veremos).

Quanto ao resto percebo o que dizes mas isso está para além da crise imediata em si, como é uma situação excepcional talvez essas despesas sejam aceitas pelo medicare americano, mas isto sou eu a especular.
 

ixnay

Tribuna
22 Julho 2006
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janine16 disse:
O que é isso de lockdown total e completo?

É que as fábricas estavam a laborar, só ontem é que foi deliberado que fechavam, apenas as que fabricam bens essenciais continuam a laborar!
Aliás, essa foi uma das queixas dos especialistas chineses que estão em Itália.
No sentido que a grande maioria dos cidadãos não pode sair à rua, a não ser para trabalhar ou ir às compras. Se saírem apanham multa.

Agora ficou ainda mais forte, mas terá que haver uma reflexão no número de infectados após os 14 dias do primeiro lockdown.
 

Mr.Ribeiro 46

Tribuna Presidencial
26 Julho 2016
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Branco disse:
Eu percebo o que estás a tentar dizer, no entanto é muito complicado implementar uma politica prática nesses moldes.

A única forma que vejo de algo assim funcionar, seria se o governo obrigasse pessoas de uma certa idade a fazer quarentena completamente isoladas, assim como também outras pessoas com condições que favorecem a doença.

Depois era incentivar todo o resto a contrair a doença e em 1 mês tinhas a situação praticamente resolvida.

No entanto e num país como Portugal a população de risco devem ser uns 15 a 20% da população, como é que consegues fazer uma quarentena agressiva o suficiente para estes não serem contaminadas pelo resto da população que estaria durante esse mês toda infectada ?
Em teoria, exatamente da mesma forma que se anda a pedir quarentenas totais para todos. Policias e militares a vigiar e a coagi-los a ficarem. Mas aí é que está, quarentena de qualquer forma devia ser a última hipótese. Não algo que se faz logo de início porque "mais vale exagerar do que fazer a menos".

Jules Winnfield disse:
O futuro não existe quando morres! Se tiveres um futuro pior terás, mas viverás!

Há espaço no mundo para todos, para os que vivem ‘bem’ e os que vivem ‘mal’.

Nem todos vivem o dia a dia como se fosse o último!
A esmagadora maioria das pessoas vai sobreviver a isto. Gostava era de ver que decisões tomarias quando te confrontassem com os números de mortes por gripe sazonal. Também metias tudo de quarentena aí?


Filipe01 disse:
Quem morrer nao terá futuro.

E alguém quer ter sangue nas mãos pelas erradas decisões que tomou? Olha, eu não.

E nós ainda estamos numa face em que se pode fazer algo, para ganharmos algum Tempo. Tempo para preparar planos de mitigação, tempo para comprar equipamentos, tempo para dar formação, tempo para descobrir algo k ajude a minimizar a situação.

Se reparares em não critiquei a atual situação, agora, sei que a situação é totalmente nova e crítica e estão milhares de vidas em jogo.

E sei que enquanto o número de mortes estiver a aumentar, maior será o medo e a economia com ou sem quarentena só irá cair.

Qual a palavra de 2008? Confiança, sem ela, nada feito.
Essa 1ª pergunta é o grande problema disto. Ninguém quer ter sangue nas mãos. Daí os exageros que se têm verificado nas medidas de vários países. E isto vai levar a mais sangue e sofrimento nos próximos anos.
Isto porque corremos o risco de entrar numa grave crise que vai levar a que haja mais gente sem grandes condições de vida e que vai ter dificuldade a ter acesso a bons cuidados médicos.
Já escrevi isto vez após vez cá, mas escrevo de novo: as medidas tomadas de momento cá chegam perfeitamente para controlar a pandemia. O que é preciso agora fazer é com o governo e médicos: fornecer material adequado aos médicos (há uns tempos eram cerca de 90 infetados, imagine-se quantos são agora), ir melhorando as condições dos hospitais em geral e começar a testar medicamentos para tratar pessoas.
Dava jeito também que os elementos da comunicação social não se focassem só no negativo e deixassem de contribuir para a histeria, mas pedir isso a essa escumalha é capaz de ser demasiado.
 

janine16

Bancada lateral
11 Maio 2018
907
520
ixnay disse:
No sentido que a grande maioria dos cidadãos não pode sair à rua, a não ser para trabalhar ou ir às compras. Se saírem apanham multa.

Agora ficou ainda mais forte, mas terá que haver uma reflexão no número de infectados após os 14 dias do primeiro lockdown.
Então não é total e muito menos completo. Isso fizeram os chineses que sacrificaram a economia e fecharam tudo.
 

Jules Winnfield

Tribuna Presidencial
11 Abril 2016
17,906
9,420
É preciso colocar na cabeça de muitos que o covid19 é um vírus onde não existe qualquer profilaxia.

Este vírus não é a gripe sazonal.