Covid-19

Scissorhands

Superior
30 Outubro 2014
89
2
Matosinhos
Azul Invicto disse:
E onde anda o presidente dos abraços nesta altura em que os nossos líderes devem assumir exemplarmente as rédeas do país?
Se calhar está na altura de chamares o superventura ( ou os gajos do IL - grande indecisão deve ir nessa cabeça Pedroto )...o tel que no seu programa preconiza que se entregue à iniciativa privada ( e já agora liberal ) a gestão da saúde!
Já pensaste no que seria de nós, neste cenário, apenas ter os privados a quem recorrer?
 

Branco

Tribuna Presidencial
2 Julho 2007
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1
  • Junho/18
Scissorhands disse:
Se calhar está na altura de chamares o superventura ( ou os gajos do IL - grande indecisão deve ir nessa cabeça Pedroto )...o tel que no seu programa preconiza que se entregue à iniciativa privada ( e já agora liberal ) a gestão da saúde!
Já pensaste no que seria de nós, neste cenário, apenas ter os privados a quem recorrer?
Itália, Irão e China possuem maioritariamente sistemas públicos, no caso italiano era uma das referências mundiais, e no entanto é o que estamos a ver, não estou com isto a dizer que o privado é que nos salvava, só não percebo é esse tipo de criticas.
 
J

Jorge Pacino

Guest
Fátima disse:
Podia não ter desertado com medo de ser infectado
Então ia para a rua só porque sim? Fez ele muito bem em dar o exemplo do que é uma quarentena.

Podia ter feito uns vídeos para acalmar os portugueses? Talvez.

E se estivesse infectado também fazia muito bem em esconder isso...um líder não pode dar parte fraca nem alarmar a população nestes momentos.
Branco disse:
Sim, também acho que não havia nada para ele fazer, é uma situação que só pode ser bem (ou mal) gerida pelo governo.

E embora ache que se estão a atrasar em certas medidas, não tenho pelo menos até agora, uma opinião tão má assim de como o Costa está a gerir isto.

É preciso ter noção da enorme pressão em que ele está, pelo que pode (ou vai) acontecer à economia, algo que terá também um impacto calamitoso na população.
Eu acho que há piores, ele está a gerir isto como primeiro ministro de um país periférico. Mas não consigo conceber que certas medidas sejam tomadas com atraso. Independentemente de poder ter consequências económicas graves, são medidas inevitáveis a curto prazo(2, 3 dias). E estar à espera das ordens de cima ou do consenso partidário só vai agravar a situação e estamos perante um caso de saúde pública.

Mas claro, podia ser pior...
 

grandeporto

Tribuna Presidencial
25 Agosto 2006
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Gaia
Pavão disse:
Olá amigos...

Estou neste momento em Madrid,  no aeroporto, a regressar de Punta Cana.

Há uma semana quando parti haviam 6 casos confirmados em Portugal. Fomos para uma semana de férias convictos que seria a última hipotese de uma semana de normalidade em muito tempo... infelizmente,  todos os dias, acompanhava as noticias e o escalar do problema na europa.

Hoje regresso cheio de medo... nos ultimos dias de punta cana já chegaram turistas a tossir, tosse constante foi o que ouvi no voo para cá... viemos com mascaras postas e constantemente a desinfectar as mãos (temo que possa não chegar)
O voo foi estranho... silencioso, pesado, enterrompido constantemente por tossir de alguns passageiros, e medo... muito medo... as hospedeiras de luvas, máscaras e pânico nos rostos o tempo todo.

Chegado a Madrid é uma cidade fantasma... tudo fechado no aeroporto, nem comida se consegue comprar, pouca gente, muitas máscaras,  autoestradas vazias.

Irei estar em isolamento nos próximos 14 dias, assim me instruiu a minha entidade patronal, farei teletrabalho. Espero, por mim e pela minha mais que tudo, que estas férias de sonho não tenham agora um preço cruel a pagar.
--------------------

Força e corra tudo bem.
 

Scissorhands

Superior
30 Outubro 2014
89
2
Matosinhos
Branco disse:
Itália, Irão e China possuem maioritariamente sistemas públicos, no caso italiano era uma das referências mundiais, e no entanto é o que estamos a ver, não estou com isto a dizer que o privado é que nos salvava, só não percebo é esse tipo de criticas.
O que vês em Itália - o irão não discuto por razões óbvias e a China estará em recessão - não se deve ao sistema público. Uma coisa e o alastras da Pandemia outra e a forma como ela e tratada clinicamente.
Todavia, percebo o que dizes e concordo ainda mais quando dizes que não seria um sistema de gestão privada que nos salvaria. Aliás nenhum o fará per si, mas todos poderão contribuir para o tratamento clínico dos infectados.
 

dortmund

Tribuna
10 Março 2012
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  • André Villas-Boas
  • Alfredo Quintana
  • Jardel
Espero que os italianos aprendam connosco, a solução é proibir o consumo de álcool na via pública. 🥃
 

Dagerman

Tribuna
1 Abril 2015
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orlandomro disse:
Epa que exagero, parece que estamos num apocalipse zoombi.
Concordo com algumas das tuas ideias, mas  a nossa ultima hipotese parece-me exagerado, nao devemos facilitar mas tambem nao entremos em alarmismos
Mas acho que é caso para estar alarmado. Mesmo antes do covid-19, eu já estava muito pessimista em relação ao futuro da economia, que desde 2008 só sobrevive ligada à máquina das injecções de liquidez por parte dos bancos centrais. Sem essa injecção de biliões de euros/dólares/libras/ienes /yuans, e a descida das taxas de juros para níveis nunca vistos, o sistema financeiro já teria colapsado há muito. E se é óbvio que essa montanha de dívida nunca iria poder ser paga, não vejo muito bem como é que podemos repetir agora a dose. Que armas restam aos bancos centrais para combater a inevitável recessão? Lançar dinheiro de helicóptero para estimular o consumo? Mas consumo e quarentena são incompatíveis. E por quanto tempo é que o motor da economia pode aguentar esse sobreaquecimento sem gripar de vez?

Outro motivo de pessimismo é a cobardia dos governos, que ainda não perceberam que estamos numa situação de emergência muito pior do que uma III Guerra Mundial, porque pelo menos numa guerra a economia continua a funcionar (nem que seja só a produzir comida e armamento) e que as medidas deviam estar à altura da gravidade dessa emergência. Sem medidas de quarentena radical, o número de infectados em Portugal vai duplicar a cada cinco dias, o que significa que daqui a um mês e meio teremos... 400 000 infectados. Portanto, é evidente que a prioridade tem de ser estancar esta progressão seja lá como for, nem que seja preciso decretar a lei marcial. Fechar tudo excepto hospitais, farmácias e supermercados, impôr o racionamento como em tempo de guerra, porque isto tem de ser encarado como uma guerra.

Podemos não estar perante um cenário apocalíptico, mas tenho a certeza que depois disto nada voltará a ser como dantes. As cadeias de produção, fornecimento e distribuição globais, depois de quebradas, é muito difícil voltar a restaurá-las, porque ninguém expede um navio com mercadorias se não tiver confiança no sistema de pagamentos. O sistema financeiro é o oxigénio da nossa economia. Sem um sistema financeiro operacional, nada circula e portanto nada se produz. Há cem anos um vírus como este mataria muita gente, mas não causaria profundos abalos na economia, porque as economias eram mais fechadas, mais auto-suficientes e portanto mais resilientes. Há cem anos, 70% dos portugueses trabalhavam na agricultura, e portanto de fome não morríamos. Hoje importamos quase tudo, desde as sementes aos fertilizantes, passando pelos medicamentos, etc., etc. Ou seja, estamos muito mais dependentes do que no passado, e é essa interdependência de todas as economias o que torna tudo muito mais frágil e perigoso.

Espero bem estar completamente enganado em relação aos piores cenários.  Mas pensar que depois deste esforço de contenção do vírus a economia poderá voltar ao normal de 2019, parece-me completamente ilusório. Infelizmente, acho que entrámos num caminho que não tem retorno,  e numa nova fase da história da humanidade.
E como não tenho prazer nenhum em assustar as pessoas, não vou falar mais sobre este assunto. Desejo boa sorte a todos, e que aconteça um milagre qualquer, para que daqui a três meses estejamos todos a rirmo-nos da minha estupidez e alarmismo. Se esse "milagre" acontecer, prometo que altero o meu nick para Dagerman, o Idiota.
 

Azul Invicto

Arquibancada
23 Fevereiro 2020
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Scissorhands disse:
Se calhar está na altura de chamares o superventura ( ou os gajos do IL - grande indecisão deve ir nessa cabeça Pedroto )...o tel que no seu programa preconiza que se entregue à iniciativa privada ( e já agora liberal ) a gestão da saúde!
Já pensaste no que seria de nós, neste cenário, apenas ter os privados a quem recorrer?
O ventura, cotrim, rio, etc são os governantes eleitos pelo país? Escapou-me esse pormenor pelos vistos.

Quanto à iniciativa privada ando a tocar pouco nesse assunto mas se queres começar com essa conversa deixo-te estes links para veres


NHS and private hospitals join forces to fight coronavirus crisis
https://www.theguardian.com/world/2020/mar/14/coronavirus-nhs-private-hospitals-join-forces-academics-warn-over-strategy

Patients hit by coronavirus to be treated for free in private hospitals if NHS is overwhelmed
https://www.thesun.co.uk/news/11175912/free-treatment-private-hospitals/

sobre o Pedroto, não entendo porque trazem o mitico treinador do Porto para o assunto.
 

AdrianSmith

Tribuna
9 Junho 2019
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3,114
Mete-me nojo ver pessoas a tentar politizar casos destes.

Tanto de um lado como doutro.


Aliás, nesse capítulo e estranhamente o nosso parlamento está a dar uma lição a muita gente. tirando raras exceções temos visto uma solidariedade que é de aplaudir.


Enviado do meu iPhone usando o Tapatalk
 

Scissorhands

Superior
30 Outubro 2014
89
2
Matosinhos
Azul Invicto disse:
O ventura, cotrim, rio, etc são os governantes eleitos pelo país? Escapou-me esse pormenor pelos vistos.

Quanto à iniciativa privada ando a tocar pouco nesse assunto mas se queres começar com essa conversa deixo-te estes links para veres


https://www.theguardian.com/world/2020/mar/14/coronavirus-nhs-private-hospitals-join-forces-academics-warn-over-strategy

https://www.thesun.co.uk/news/11175912/free-treatment-private-hospitals/

sobre o Pedroto, não entendo porque trazem o mitico treinador do Porto para o assunto.
Pois! A isto e que se chama acertar em cheio!!
 

draco07

Arquibancada
11 Agosto 2017
418
166
Jorge Pacino disse:
O que é que o Marcelo podia fazer mais?
Podia não se ter escondido porque há muito boa gente que gostava de o ouvir nesta altura a dar uma mensagem ao povo. Por muito inútil que isso possa parecer. Uma pessoa que passa a vida na televisão e em tudo o que é sitio não dá a cara numa das maiores crises de saúde dos últimos tempos.
 

grandeporto

Tribuna Presidencial
25 Agosto 2006
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Gaia
O Brasil começou a ter casos 5 dias depois de nós, começou devagar, mas amanhã vai nos ultrapassar, está em 151.

O Brasil vai subir vertiginosamente. Outro caso muito perigoso é a India. Pelos vistos até no calor o virus progride bem.

Dois casos bem martelados, a Turquia e a Rússia.

https://gisanddata.maps.arcgis.com/apps/opsdashboard/index.html#/bda7594740fd40299423467b48e9ecf6

 

ixnay

Tribuna
22 Julho 2006
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Dagerman disse:
Mas acho que é caso para estar alarmado. Mesmo antes do covid-19, eu já estava muito pessimista em relação ao futuro da economia, que desde 2008 só sobrevive ligada à máquina das injecções de liquidez por parte dos bancos centrais. Sem essa injecção de biliões de euros/dólares/libras/ienes /yuans, e a descida das taxas de juros para níveis nunca vistos, o sistema financeiro já teria colapsado há muito. E se é óbvio que essa montanha de dívida nunca iria poder ser paga, não vejo muito bem como é que podemos repetir agora a dose. Que armas restam aos bancos centrais para combater a inevitável recessão? Lançar dinheiro de helicóptero para estimular o consumo? Mas consumo e quarentena são incompatíveis. E por quanto tempo é que o motor da economia pode aguentar esse sobreaquecimento sem gripar de vez?

Outro motivo de pessimismo é a cobardia dos governos, que ainda não perceberam que estamos numa situação de emergência muito pior do que uma III Guerra Mundial, porque pelo menos numa guerra a economia continua a funcionar (nem que seja só a produzir comida e armamento) e que as medidas deviam estar à altura da gravidade dessa emergência. Sem medidas de quarentena radical, o número de infectados em Portugal vai duplicar a cada cinco dias, o que significa que daqui a um mês e meio teremos... 400 000 infectados. Portanto, é evidente que a prioridade tem de ser estancar esta progressão seja lá como for, nem que seja preciso decretar a lei marcial. Fechar tudo excepto hospitais, farmácias e supermercados, impôr o racionamento como em tempo de guerra, porque isto tem de ser encarado como uma guerra.

Podemos não estar perante um cenário apocalíptico, mas tenho a certeza que depois disto nada voltará a ser como dantes. As cadeias de produção, fornecimento e distribuição globais, depois de quebradas, é muito difícil voltar a restaurá-las, porque ninguém expede um navio com mercadorias se não tiver confiança no sistema de pagamentos. O sistema financeiro é o oxigénio da nossa economia. Sem um sistema financeiro operacional, nada circula e portanto nada se produz. Há cem anos um vírus como este mataria muita gente, mas não causaria profundos abalos na economia, porque as economias eram mais fechadas, mais auto-suficientes e portanto mais resilientes. Há cem anos, 70% dos portugueses trabalhavam na agricultura, e portanto de fome não morríamos. Hoje importamos quase tudo, desde as sementes aos fertilizantes, passando pelos medicamentos, etc., etc. Ou seja, estamos muito mais dependentes do que no passado, e é essa interdependência de todas as economias o que torna tudo muito mais frágil e perigoso.

Espero bem estar completamente enganado em relação aos piores cenários.  Mas pensar que depois deste esforço de contenção do vírus a economia poderá voltar ao normal de 2019, parece-me completamente ilusório. Infelizmente, acho que entrámos num caminho que não tem retorno,  e numa nova fase da história da humanidade.
E como não tenho prazer nenhum em assustar as pessoas, não vou falar mais sobre este assunto. Desejo boa sorte a todos, e que aconteça um milagre qualquer, para que daqui a três meses estejamos todos a rirmo-nos da minha estupidez e alarmismo. Se esse "milagre" acontecer, prometo que altero o meu nick para Dagerman, o Idiota.
Bom post!

Acho que tudo depende de encontrarmos uma vacina rapidamente para este vírus. Se conseguirmos algo até ao final do ano, creio que se ultrapassará esta crise.

Se isso não acontecer, terá que haver necessariamente uma injeção brutal (e continua) de dinheiro a nível global. Enquanto o consumo estiver restrito, isso não causará muitos problemas, mas a longo prazo pode ser absolutamente catastrófico.

De qualquer forma acho que os países vão chegar a um ponto em que vão ter que ceder e abrir a infeção a toda a gente, enquanto se protege mais a população com mais de 70 anos. O segredo será conseguir esbater o período de alastramento da doença para que o SNS se possa reforçar. Terá que haver um investimento brutal no SNS nos próximos meses.

Entretanto a grande maioria das pessoas ganhará imunidade e os casos graves serão tratados com menos stress hospitalar.
 

MiguelDeco

Tribuna Presidencial
2 Setembro 2013
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  • Hulk
  • Alfredo Quintana
Drago93 disse:
Mulher do Arteta

«Perante as circunstâncias em que estamos agora, sinto a responsabilidade de partilhar a nossa situação. Quero agradecer a todos as mensagens, os emails, as chamadas. Têm sido incríveis», começou por dizer Lorena, através da rede social Instagram.

«O meu marido está a sentir-se bem, ele está bem. É verdade que tem sintomas do vírus, mas são sintomas que nunca o impediriam de ir trabalhar numa condição normal. Tomaria Ibuprofeno ou paracetamol e iria trabalhar, por isso não parece nada de maior. Alguma febre e dores de cabeça, mas é só. É esta a nossa experiência. Os nossos filhos e eu estamos perfeitamente bem», contou, considerando ainda:

«Aparentemente, o vírus não é letal. Pode ser para algumas pessoas, mas a maioria vai passar por isso com sintomas leves. Talvez algumas pessoas tenham mais sintomas que outras, mas não será nada realmente mau. A verdade é que, aparentemente, é um novo vírus, ninguém tem anticorpos para combatê-lo, logo seremos infetados se estivermos expostos.»
Mais uma irresponsável... a tentar acalmar a população.. nem uma referência à liquidificacao dos pulmões.. nem uma desconfiança do n de mortes em Portugal.. esta não deve ter noção do fim do mundo que isto será...
 

grandeporto

Tribuna Presidencial
25 Agosto 2006
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Gaia
Dagerman disse:
Mas acho que é caso para estar alarmado. Mesmo antes do covid-19, eu já estava muito pessimista em relação ao futuro da economia, que desde 2008 só sobrevive ligada à máquina das injecções de liquidez por parte dos bancos centrais. Sem essa injecção de biliões de euros/dólares/libras/ienes /yuans, e a descida das taxas de juros para níveis nunca vistos, o sistema financeiro já teria colapsado há muito. E se é óbvio que essa montanha de dívida nunca iria poder ser paga, não vejo muito bem como é que podemos repetir agora a dose. Que armas restam aos bancos centrais para combater a inevitável recessão? Lançar dinheiro de helicóptero para estimular o consumo? Mas consumo e quarentena são incompatíveis. E por quanto tempo é que o motor da economia pode aguentar esse sobreaquecimento sem gripar de vez?

Outro motivo de pessimismo é a cobardia dos governos, que ainda não perceberam que estamos numa situação de emergência muito pior do que uma III Guerra Mundial, porque pelo menos numa guerra a economia continua a funcionar (nem que seja só a produzir comida e armamento) e que as medidas deviam estar à altura da gravidade dessa emergência. Sem medidas de quarentena radical, o número de infectados em Portugal vai duplicar a cada cinco dias, o que significa que daqui a um mês e meio teremos... 400 000 infectados. Portanto, é evidente que a prioridade tem de ser estancar esta progressão seja lá como for, nem que seja preciso decretar a lei marcial. Fechar tudo excepto hospitais, farmácias e supermercados, impôr o racionamento como em tempo de guerra, porque isto tem de ser encarado como uma guerra.

Podemos não estar perante um cenário apocalíptico, mas tenho a certeza que depois disto nada voltará a ser como dantes. As cadeias de produção, fornecimento e distribuição globais, depois de quebradas, é muito difícil voltar a restaurá-las, porque ninguém expede um navio com mercadorias se não tiver confiança no sistema de pagamentos. O sistema financeiro é o oxigénio da nossa economia. Sem um sistema financeiro operacional, nada circula e portanto nada se produz. Há cem anos um vírus como este mataria muita gente, mas não causaria profundos abalos na economia, porque as economias eram mais fechadas, mais auto-suficientes e portanto mais resilientes. Há cem anos, 70% dos portugueses trabalhavam na agricultura, e portanto de fome não morríamos. Hoje importamos quase tudo, desde as sementes aos fertilizantes, passando pelos medicamentos, etc., etc. Ou seja, estamos muito mais dependentes do que no passado, e é essa interdependência de todas as economias o que torna tudo muito mais frágil e perigoso.

Espero bem estar completamente enganado em relação aos piores cenários.  Mas pensar que depois deste esforço de contenção do vírus a economia poderá voltar ao normal de 2019, parece-me completamente ilusório. Infelizmente, acho que entrámos num caminho que não tem retorno,  e numa nova fase da história da humanidade.
E como não tenho prazer nenhum em assustar as pessoas, não vou falar mais sobre este assunto. Desejo boa sorte a todos, e que aconteça um milagre qualquer, para que daqui a três meses estejamos todos a rirmo-nos da minha estupidez e alarmismo. Se esse "milagre" acontecer, prometo que altero o meu nick para Dagerman, o Idiota.
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E o problema não é só a Economia, o problema vai ser político, o virus vai limpar vidas e vai limpar muitos politicos.

E temo que o Ocidente caía debaixo da alçada dos Chineses e debaixo dos populismos.

A Europa para subsisitir à esfera global nao pode ser cada um para o seu lado. Houve indecisão, lentidão e erros muitos erros. O tempo do virus foi muto rápido enquanto o tempo dos politicos foi muito lento.

 

jaco250

Tribuna Presidencial
1 Dezembro 2015
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  • Pinto da Costa
MiguelDeco disse:
Mais uma irresponsável... a tentar acalmar a população.. nem uma referência à liquidificacao dos pulmões.. nem uma desconfiança do n de mortes em Portugal.. esta não deve ter noção do fim do mundo que isto será...
Ouvi na tvi24 um testemunho de um positivo, que pediu para fazer o teste porque esteve com infectados italianos. Apesar de ter acusado teve zero sintomas e está de quarentena apenas.

Ainda disse que outro familiar tinha sintomas, esteve um dia acamado mas passou logo. Acabou por nem fazer o teste.
 

Celta7

Tribuna Presidencial
9 Março 2012
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MiguelDeco disse:
Mais uma irresponsável... a tentar acalmar a população.. nem uma referência à liquidificacao dos pulmões.. nem uma desconfiança do n de mortes em Portugal.. esta não deve ter noção do fim do mundo que isto será...
Se há País onde a população esteve bem calma foi no País do marido dela. Dia 8 ainda se faziam gigantescas concentrações de pessoas.

E correu tudo tão bem.
 

Mr.Ribeiro 46

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26 Julho 2016
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Dagerman disse:
Mas acho que é caso para estar alarmado. Mesmo antes do covid-19, eu já estava muito pessimista em relação ao futuro da economia, que desde 2008 só sobrevive ligada à máquina das injecções de liquidez por parte dos bancos centrais. Sem essa injecção de biliões de euros/dólares/libras/ienes /yuans, e a descida das taxas de juros para níveis nunca vistos, o sistema financeiro já teria colapsado há muito. E se é óbvio que essa montanha de dívida nunca iria poder ser paga, não vejo muito bem como é que podemos repetir agora a dose. Que armas restam aos bancos centrais para combater a inevitável recessão? Lançar dinheiro de helicóptero para estimular o consumo? Mas consumo e quarentena são incompatíveis. E por quanto tempo é que o motor da economia pode aguentar esse sobreaquecimento sem gripar de vez?

Outro motivo de pessimismo é a cobardia dos governos, que ainda não perceberam que estamos numa situação de emergência muito pior do que uma III Guerra Mundial, porque pelo menos numa guerra a economia continua a funcionar (nem que seja só a produzir comida e armamento) e que as medidas deviam estar à altura da gravidade dessa emergência. Sem medidas de quarentena radical, o número de infectados em Portugal vai duplicar a cada cinco dias, o que significa que daqui a um mês e meio teremos... 400 000 infectados. Portanto, é evidente que a prioridade tem de ser estancar esta progressão seja lá como for, nem que seja preciso decretar a lei marcial. Fechar tudo excepto hospitais, farmácias e supermercados, impôr o racionamento como em tempo de guerra, porque isto tem de ser encarado como uma guerra.

Podemos não estar perante um cenário apocalíptico, mas tenho a certeza que depois disto nada voltará a ser como dantes. As cadeias de produção, fornecimento e distribuição globais, depois de quebradas, é muito difícil voltar a restaurá-las, porque ninguém expede um navio com mercadorias se não tiver confiança no sistema de pagamentos. O sistema financeiro é o oxigénio da nossa economia. Sem um sistema financeiro operacional, nada circula e portanto nada se produz. Há cem anos um vírus como este mataria muita gente, mas não causaria profundos abalos na economia, porque as economias eram mais fechadas, mais auto-suficientes e portanto mais resilientes. Há cem anos, 70% dos portugueses trabalhavam na agricultura, e portanto de fome não morríamos. Hoje importamos quase tudo, desde as sementes aos fertilizantes, passando pelos medicamentos, etc., etc. Ou seja, estamos muito mais dependentes do que no passado, e é essa interdependência de todas as economias o que torna tudo muito mais frágil e perigoso.

Espero bem estar completamente enganado em relação aos piores cenários.  Mas pensar que depois deste esforço de contenção do vírus a economia poderá voltar ao normal de 2019, parece-me completamente ilusório. Infelizmente, acho que entrámos num caminho que não tem retorno,  e numa nova fase da história da humanidade.
E como não tenho prazer nenhum em assustar as pessoas, não vou falar mais sobre este assunto. Desejo boa sorte a todos, e que aconteça um milagre qualquer, para que daqui a três meses estejamos todos a rirmo-nos da minha estupidez e alarmismo. Se esse "milagre" acontecer, prometo que altero o meu nick para Dagerman, o Idiota.
Não falo muito sobre a parte económica mas estás claramente a exagerar na parte a negrito.
Não há qualquer país com esse tipo de evolução nos infetados e não faltam exemplos de países a conseguirem controlar a pandemia sem precisarem de quarentenas totais.
Quarentenas totais são para quem andou a fazer cagada durante mais de um mês e andam agora no desespero.
 

jaco250

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1 Dezembro 2015
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grandeporto disse:
--------------------------

E o problema não é só a Economia, o problema vai ser político, o virus vai limpar vidas e vai limpar muitos politicos.

E temo que o Ocidente caía debaixo da alçada dos Chineses e debaixo dos populismos.

A Europa para subsisitir à esfera global nao pode ser cada um para o seu lado. Houve indecisão, lentidão e erros muitos erros. O tempo do virus foi muto rápido enquanto o tempo dos politicos foi muito lento.
Temo que isto dite o fim da UE... afinal de contas quando confrontados com um problema foi cada um por si.
 

Mr.Ribeiro 46

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26 Julho 2016
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grandeporto disse:
O Brasil começou a ter casos 5 dias depois de nós, começou devagar, mas amanhã vai nos ultrapassar, está em 151.

O Brasil vai subir vertiginosamente. Outro caso muito perigoso é a India. Pelos vistos até no calor o virus progride bem.

Dois casos bem martelados, a Turquia e a Rússia.

https://gisanddata.maps.arcgis.com/apps/opsdashboard/index.html#/bda7594740fd40299423467b48e9ecf6
Casos confirmados teve no dia 26 de Fevereiro, ou seja, 5 dias antes não depois.
E os países com calor até se têm dado relativamente bem.