Despedidas do mundo dos vivos

Rabah Madjer

Tribuna
18 Julho 2006
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SM Feira, 1972
Isto é só uma opinião minha, mas não será de mau tom misturar o falecimento do sócio nº3 do Fc Porto António Santos Ferreira Silva , com o falecimento de outros individuos? Sempre vi este tópico referente ao falecimento de pessoas NÃO ligadas ao Fc Porto, certamente essas merecerão o devido destaque.
 
M

Mokiev

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Faleceu Joaquim Sequeira, treinador do Farense

O treinador do Farense, Joaquim Sequeira, de 60 anos, faleceu esta madrugada, vítima de doença súbita.

Antigo jogador do clube (defesa-central), tendo ajudado o Farense a subir da 3.ª à 1.ª Divisão em apenas duas épocas (68/69 e 69/70), Joaquim Sequeira viria depois a integrar várias equipas técnicas do Farense, sendo um dos adjuntos de Paco Fortes quando da melhor classificação de sempre dos algarvios (5.º lugar) e da ida à Taça UEFA, a meio da década de 90.

RTP
 
H

homem_do_norte

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Faleceu Bobby Farrell. Para quem não sabe quem é: A voz masculina e bailarino dos Boney M. Boa música!
 

Devenish

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11 Outubro 2006
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  • Reinaldo Teles
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Para mim inesquecível enquanto for vivo ou tiver lucidez
http://www.youtube.com/watch?v=Nm1g8FFRArc
 

Devenish

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Morreu hoje o pintor Malagatanga moçambicano. Faleceu em Matosinhos.

O pintor, de 74 anos, encontrava-se internado há vários dias naquele estabelecimento hospitalar.

Malangatana vendeu os primeiros quadros há 50 anos e com o dinheiro arranjou uma casa e foi buscar a família para Maputo. Meio século depois, morreu um homem do mundo, um amigo de Portugal e um dos moçambicanos mais famosos.

Malangatana Valente Ngwenya nasceu a 6 de junho de 1936 em Matalana, uma povoação do distrito de Marracuene, às portas da então Lourenço Marques, hoje Maputo. Foi pastor, aprendiz de curandeiro (tinha uma tia curandeira) e mainato (empregado doméstico).

A mãe bordava cabaças e afiava os dentes das jovens locais (uma moda da altura), o pai era mineiro na África do Sul. Com a mãe doente e um pai ausente, Malangatana foi viver com o tio paterno e estudou até à terceira classe. Aos 11 anos começou a trabalhar porque já era “adulto” e podia fazer tudo, de cuidador de meninos a apanha-bolas no clube de ténis.

Mais do que um pintor
Nos últimos 50 anos foi também muito mais do que pintor. Fez cerâmica, tapeçaria, gravura e escultura. Fez experiências com areia, conchas, pedras e raízes. Foi poeta, actor, dançarino, músico, dinamizador cultural, organizador de festivais, filantropo e até deputado, da FRELIMO, partido no poder em Moçambique desde a independência.

Ainda que o seu lado político seja o menos conhecido, Malangatana chegou a estar preso, pela PIDE, acusado de pertencer à então FRELIMO, sendo libertado ao fim de 18 meses, por não se provar qualquer vínculo à resistência colonial.

Na verdade Malangatana viveu parte da sua adolescência junto dos colonos portugueses, os mesmos que o iniciaram na pintura, primeiro o artista plástico e biólogo Augusto Cabral (morreu em 2006) e depois o arquitecto Pancho Guedes.

Augusto Cabral era sócio do Clube de Ténis, onde trabalhava um tio do pintor. “Um apanha-bolas nas partidas de ténis era um tal Malangatana Ngwenya (crocodilo), que, no fim de uma tarde de desporto, se acercou de mim para me pedir se, por acaso, eu não teria em casa um par de sapatilhas velhas que lhe desse”, contou Augusto Cabral em 1999.

O pintor iria “nascer” nessa noite, quando Malangatana foi a casa de Augusto Cabral e o viu a pintar um painel. “Ensine-me a pintar”, pediu. E Augusto Cabral deu-lhe tintas, pincéis e placas de contraplacado. “Agora pinta”, disse ao jovem, ao que este perguntou: “pinto o quê?”. “O que está dentro da tua cabeça”, respondeu Augusto Cabral.

O jovem viria a ter também o apoio de outro português, o arquiteto Pancho Guedes, que lhe disponibilizou um espaço na garagem de sua casa de Maputo e lhe comprava dois quadros por mês, a preços inflacionados. Em poucos meses Malangatana quis fazer uma exposição e foi, para espanto confesso de Augusto Cabral, um enorme sucesso.

Nas pinturas, nessa altura e sempre, Matalana, onde nasceu e cresceu e onde frequentou a escola da missão suíça de até à segunda classe. Menino pastor, agricultor, caçador de ratos com azagaia, viria a estudar só mais um ano. Fica-lhe Matalana no pincel, a opressão colonial, a guerra civil. A paz reflecte-se numa pintura mais otimista e nos últimos anos foi um carácter mais sensual que a caracterizou.

E sempre o quotidiano. “Há sempre um manancial de temas a abordar. São os acontecimentos do mundo, às vezes tristes, outras alegres, e eu não fico indiferente. Seja em Moçambique, ou noutra parte do mundo, a dor humana é a mesma\", disse numa entrevista à Lusa, ainda recentemente.

Já homem, com a pintura como profissão, confessou ao jornalista Machado da Graça que sentia grande aproximação com os artistas portugueses desde os anos 70, quando foi pela primeira a Portugal, como bolseiro da Gulbenkian.
 
H

homem_do_norte

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Muito sinceramente, este cenário só mostra a perversão do dito jet set português! É só fachada de estilo e educação!
Levaram demasiado a peito o CSI New York.
É sempre mau quando morre alguém, mas... sem comentários!
 
M

Mokiev

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Tb não gosto ou gostava da pessoa mas Não deixa de ser um ser humano que morre de uma forma escabrosa e de um crime horrendo...os nossos dias de facto estão lindos estão...
 

Devenish

Tribuna Presidencial
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  • Reinaldo Teles
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Lia algumas vezes as crónicas mundanas do Carlos Castro e falei com ele aí umas 3,4 vezes. Era um indivíduo que nunca escondeu as suas preferências sexuais mas no trato que tive com ele foi sempre impecável e nunca lhe notei aqueles tiques que se encontram em alguns homossexuais. Nunca me esqueci de uma frase sua que dizia + ou - isto \"eu não gosto de paneleiros e não os confundam com homossexuais\", acho que percebi onde ele queria chegar com esta frase embora não pertença ao \"meio\".
Este crime...só dá nas vistas porque se trata de uma figura conhecida, comprem o JN e vejam lá todos os dias crimes de várias latitudes e horrendos, infelizmente como diz o Mokiev isto está lindo está...
 
A

andrejohny

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Menos um paneleiro no Mundo, agora é completar o trabalho e enforcar o outro ....
 
M

Mokiev

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> andrejohny Comentou:

> Menos um paneleiro no Mundo, agora é completar o trabalho e enforcar o outro ....

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Não escrevas essas coisas, não ficam bem, seja o que for é um ser humano, temos ás vezes que ponderar aquilo que escrevemos, eu não gostava da pessoa, e nem por ser homossexual que isso pouco ou nada me importa, não gostava do tipo de trabalho que fazia, mas ao ver uma violência destas fico chocado e ninguém merece um fim assim, alias acho que quando vemos ou sabemos de coisas assim desumanas mesmo em relação a pessoas de quem não simpatizamos o nosso lado mais humano e sensível tende a vir ao de cima, não consigo ver estas coisas nem por raça, nem por credo, nem por orientação sexual, por nada, acredito que não fosse santo nenhum, para o caso não me importa, importa sim que foi vitima de um acto de violência completamente barbara ...