Vinha escrever algo parecido, é mais um resumo..opinativo.
Como se as contas bastassem/pudessem ser feitas com essa ligeireza.
Como se não existisse uma espécie de "efeito composto" semelhante ao que acontece nos juros, ao longo dos anos, época apos época,
Ano apos ano, época apos época, sem deixar sair jogadores no pico da sua valorização, a maior parte deles sendo possível, depois de retirar lucro desportivo, fazer mais valias financeiras, o prejuízo para o clube, a sua sustentabilidade e consequente enfraquecimento futuro, não se limita à conta simples "não vendi Herrera ou Brahimi (ou os outros todos) por X, tivemos prejuízo de X".
É um efeito acumulativo.
Durante anos, no reinado de quem se sabe, ao não se venderem os jogadores no seu pico de valorização, ficou ocupado um espaço no onze/plantel, constantemente, impedindo a renovação/aceleração do próximo activo a ser evoluído e valorizado.
Isto quando é feito num caso ou noutro, dá para gerir, quando foi feito, no nosso caso, em variadíssimos jogadores, época apos época, levando os activos até ao final dos seus contratos, não como excepção mas como regra, teve um efeito cumulativo de bola de neve cujo resultado foi o ponto a que se chegou.
A constante opção de não realizar mais valias, ou seja, de não ter dinheiro fresco a entrar, e ir renovando o plantel, foi diminuindo, ano após ano, a liquidez existente no clube, obrigando o mesmo a ser gerido constantemente e cada vez mais numa gerência de "calças na mão" (alo Diaz) em que se foi perdendo a margem de manobra e capacidade do clube de actuar no mercado, com as consequências que se sabe, tendo o plantel perdido qualidade paulatinamente numa trajetória descendente acelerada, visível a olho nu.