Vou relembrar como funciona o processo democrático, apenas para aqueles que não o têm bem presente, que simplesmente o ignoram, ou que não gostam dessa coisa da democracia.
A direção do FC Porto foi julgada nas urnas pelo seu desempenho no clube nos pretéritos 4 anos e, por inerência de ser acionista, no desempenho da SAD.
Do julgamento eleitoral, e dos votos daqueles que quiseram lá ir, resultou a reeleição com 79% dos votos. Agora por extenso e com letras maiúsculas: SETENTA E NOVE PORCENTO DOS VOTOS!
Tal significa que foram reeleitos com uma esmagadora maioria dos votos para um novo mandato de 4 anos.
Assim, daqui a 4 anos serão novamente julgados pelo seu desempenho nos 4 anos que se seguem.
Logo, embora reconheça que seja frustrante, as análises recorrentes, recalcadas e recicladas ao passado recente, justas ou injustas, foram outorgadas eleitoralmente com aquilo que na gíria se chama de CHITO!
Se realmente há uma vontade genuína de alguns de melhorar a transparência, de acabar com a opacidade dos negócios, tome-se medida nas assembleias gerais do clube, e exija-se que o acionista FC POrto, como maior acionista, imponha regras de transparência na SAD. Por exemplo, alterações à estrutura de propriedade dos ativos do clube, nomeadamente passes de jogadores, têm de ser publicamente comunicadas e explicados os seus fundamentos.
Ou que, das empresas "parceiras", seja publicada a sua titularidade, quem nelas manda e quais os seus representantes.
É ali, nas assembleias gerais que se faz a democracia e se conseguem resultados de transparência.
Não é atrás de teclados a teclar ferozmente como compensação para a falta de coragem de ir aos locais próprios reclamar.